[Taticando] Esquemas para 2015, goleiros linha, líberos, alas e outras dúvidas esclarecidas


Durante todo o ano de 2014 falamos muito sobre tática no C11. Copa do Mundo, campeonatos estaduais, nacional, Libertadores, Sul-Americana e muitas teorias que ajudaram todos nós a elevarmos nosso conhecimento. No último post da temporada, alguns amigos e colunistas do site passaram questionamentos a serem respondidos. Vamos a eles. 

Kayo Lopes: Quais serão os esquemas em evidência para 2015? 

- Acredito que pouco deve mudar. Formatações como 4-1-4-1, com um bom preenchimento no meio-campo vem aparecendo mais. Esquemas com três zagueiros, cada vez mais sumidos, deve seguir a rota de desaparecimento. Times com três volantes e losango encaixando marcação em trio de meios também devem ser menos usados.
O 4-1-4-1 do Inter. Esquema que vem aparecendo e deve ganhar mais espaço na próxima temporada. | Reprodução: TV Globo 

Filipe Capuano: Por que os líberos saíram de moda? 

- Os líberos não saíram de moda, eles evoluíram. Hoje o grande exemplo disso é Xabi Alonso. Se antes, eles saíam do meio da defesa e armavam o jogo como Beckenbauer, hoje eles jogam mais à frente, recuam e chegam à frente. Ditam o ritmo com passes longos e curtos, controlam jogo e posse. São termômetros.
Xabi Alonso recuam entre os zagueiros para fazer a saída de bola do Bayern. É ele quem arma o time, dita o ritmo e controla a posse. | Reprodução: Sky Sports.

Felipe Henriques: O esquema utilizado por Juan Carlos Osório no Atlético Nacional poderia ser bem sucedido no futebol brasileiro?

- Juan Carlos Osório usa um esquema parecido com o que Guardiola vem implantando no Bayern. Porém, também passeia entre o 4-3-1-2 e o 4-2-3-1. É um técnico muito bom e com conceitos muito modernos. Trazendo para cá, a implementação do 3-3-1-3 (até a nomenclatura é complicada) é possível, mas levaria tempo e trabalho para a adaptação ocorrer. O esquema exige valorização da posse como principal arma e, por aqui, os times têm pouca paciência com a bola no pé. Querem queimar logo. Tudo depende de uma evolução, em todos os sentidos. Ótima pergunta, a propósito.
O 3-3-1-3 do Atlético Nacional. Preenchimento do campo, força pelos lados e valorização da posse! Vinga no Brasil? | Reprodução: Fox Sports.

João Rafael: Será mais comum a participação de goleiros com os pés dentro do Brasil, ou o país continuará atrasado?

- Ótima pergunta. Com o Rogério Ceni já era esperado que essa evolução aparecesse, mas como ela não veio, esperamos que Neuer puxe essa fila. Porque não há mais espaço para o goleiro que "apenas" defende e quebre a bola. Hoje todos participam e o jogo é muito mais intenso, exigindo bom passe de todos. A participação do goleiro, como saída de bola será muito bem-vinda e vem dando certo. É um homem a mais para armar o time.
Neuer saindo quase no campo para armar o Bayern. | Reprodução 1.

Victor Formaggini: Por que o Lucas Lima melhorou tanto com a chegada de Robinho no Santos? 

- Acredito que não seja tanto por posicionamento, mas talvez por uma questão de confiança. Assim com Ganso, que mudou sua posição no meio-campo do São Paulo, mas também cresceu porque tinha Kaká ao seu lado. Jogadores com grande currículo, fazem os "menores" crescerem. Confiança. 

Extra: Tem como usar três zagueiros e jogar sem alas?

- Até então ninguém testou, acredito que seja inviável, mas não impossível. Alas ajudam no ataque, volumam o meio-campo e ainda fazem linha de cinco na defesa. Esvaziar o lado do campo é um grande erro, pois hoje a maioria dos times têm homens de velocidade naquele setor. Prova disso é o 4-2-2-2 que saiu de linha, pois enchia o meio e largava o lado do campo a própria sorte. 

E essas foram as perguntas e respostas.

Em 2015 estaremos juntos, com mais ideias, mais explicação e um debate ainda maior. Sempre para crescermos e descobrirmos coisas juntos. Obrigado a todos que acompanharam a coluna. Boas festa e até 2015, ceonzeiros!

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Autor: Unknown

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