Recorde, sonho e alegria: Flu detona o Goiás fora de casa

Nelson Perez/Fluminense F.C

O Fluminense foi até Goiânia enfrentar a equipe do Goiás pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. E para quem se acostumou a ver o time amarelar nas horas boas neste ano, certamente está delirando de alegria e com a esperança novamente em alta. O placar de 2x0 colocou o tricolor de vez na briga por uma vaga na Libertadores, o que já parecia ilusão há quatro rodadas.

Imprevisível é realmente a cara do time que eu torço. É a palavra que combina com nossas cores. Se está previsível, está errado. O desejo do torcedor no início do campeonato, com toda turbulência que havia, era não passar novamente por tudo que passou em 2013. Com o decorrer das rodadas, falou-se em Libertadores e até título, de tão bem que estávamos. O choque de realidade machucou ao vir e quando a razão já falava mais alto que a emoção, quando o previsível começava a assombrar o tricolor, o imprevisível pediu licença e aqui estamos, novamente sonhando em disputar o torneio mais importante do continente. 

Nosso histórico fora de casa no Brasileirão não é dos mais favoráveis, então havia um receio quanto a partida, mesmo embalado de três vitórias. Dentro de campo, conseguimos eliminar esse receio, impondo nosso ritmo e atacando o Goiás nos minutos iniciais. Antes de abrir o placar, levamos um susto em contra-ataque do adversário, que perdeu a chance de sair na frente com Bruno Mineiro. Preenchendo o campo do Goiás, o Flu fez 1x0 em troca de passes que levou Jean a ser decisivo no lance. Começou no meio de campo e recebeu de Conca na área, para achar Fred, livre. O vice-artilheiro do campeonato apenas escorou e calou o vazio Serra Dourada. Nosso camisa 9 chegou a marca de 100 gols pelo Brasileirão de pontos corridos. 

Como nada é perfeito, a partir do gol, o Flu recuou. E além de sofrer inúmeros ataques perigosos do Goiás, o time não possuía uma arma verdadeiramente eficiente para o contra-ataque. Foi no primeiro e no segundo tempo, quase por inteiro, amarrando a partida e tentando administrar o resultado. Por sorte e eficiência, conseguimos vencer e ainda ampliar no final, fechando o caixão, com Conca e assistência de Chiquinho. O G4 é sonho e até o fechamento da rodada, realidade. 

Fred comemora seu centésimo gol no Brasileirão por pontos corridos. (Imagem/LancePress)

No jogo de ontem, Cristóvão não complicou nossa vida e não fez besteira, apesar de colocar o gênio e craque Kenedy em campo. Inclusive, para não ser injusto, o rapaz começou a jogada do segundo gol. O time em geral, com exceção de Walter, foi bem. Destaque para Cavalieri e Guilherme Mattis. Nas substituições: Jean por Diguinho, Walter por Sóbis e Fred por Kenedy. 

Nos últimos dez jogos entre Fluminense e Goiás, contando com esse triunfo, foram seis vitórias nossas, dois empates e duas derrotas. Um legítimo freguês, certo? Mais ou menos. As duas vitórias alviverdes foram tão amargas quanto as seis vitórias saborosas. Fomos eliminados na Copa do Brasil 2013 e na Sulamericana 2014 de forma humilhante para o Goiás. Torneio mata-mata sempre dói, principalmente quando envolve vaga em Libertadores. O certo é, que assim como no ano passado, repetimos a façanha de em quatro jogos, vencer três e perder um. 

O time engatou e se achou novamente. Na reta final, isso é benéfico e decisivo demais. Nossa tabela daqui pra frente é muito boa, por sinal. Melhor do que a dos concorrentes. Falarei sobre isso, em breve. Começaram as contas e aquele sorriso de canto de boca. Na cabeça do tricolor, aquela taça pesada que coloca um clube sul-americano no topo da América do Sul. É possível chegar lá. Voltou a ser. Ainda bem.

O tricolor se encontra em terceiro e se beneficiou do empate do Corinthians com o Coritiba. Esse último citado, será o nosso próximo adversário, no Couto Pereira, sábado, às 19h30.

Antes de encerrar, um agradecimento ao marketing do Goiás, que já prevendo o gol de número 100 de Fred no Brasileirão, colocou seu goleiro com a camisa de três dígitos nas costas. Só faltou a legenda: "Debaixo dessas traves, o recorde."

Alô, América do Sul?
Saudações tricolores!

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Autor: Clayton Mello

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