Mato sem cachorro

Os três pontos passaram bem perto das mãos do América-RN nesta noite no Independência. O duelo diante do outro América, dono da casa, mineiro, foi marcado pela boa presença de ambas as equipes em campo e pela vitória dos donos da casa por 2 a 1.

O América potiguar abriu a contagem logo no início do jogo, com o estreante Emerson. Depois disso, algo que é natural aconteceu. Os donos da casa acordaram e vieram com tudo para reverter a situação. No entanto, diferente do acontecera durante toda a Série B, o América de Natal suportou muito bem todas as investidas do xará mineiro. Firme, bem postado e com saídas razoáveis no contra-ataque, os potiguares estavam confortáveis no jogo. Lógico, impossível não associar a boa partida ao resultado da última rodada diante do Vasco. A palavra que definia a partida do América de Natal, até então, era confiança.

Porém, após uma sequência de três faltas duras, o volante Neto, do América-RN, talvez o melhor do time nos últimos jogos, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. O América revivia a situação que ocorreu diante de Luverdense e Bragantino, ficando com um jogador a menos ainda na primeira etapa. Mesmo com 10, o América de Natal segurou bem a equipe mineira, que começara a ficar inquieta com as sucessivas tentativas falhas de empatar a partida. 

Foto: Reprodução / Premiere FC)

O segundo tempo seguiu o mesmo script do primeiro, com cerca de 30 minutos de pressão alviverde e defesa alvirrubra. O jogo tornou-se ataque contra defesa. Roberto Fernandes apostou na defesa para segurar os três pontos, colocando quase todos atrás da linha da bola e com pouca liberdade para sair. Aos 35, mesmo com toda defesa do América-RN, saiu o empate. Gilson marcou. 

A situação do América-RN no jogo foi totalmente diferente do que deveria ser. Jogar com 10 é extremamente complicado, e mesmo com empenho é praticamente impossível segurar uma partida intensa como pede essa reta final de Série B. A virada seria iminente, como foi. O América estava no mato sem cachorro.

Fica difícil apontar Neto como vilão da partida. Lógico, sua sequência de faltas merecia ser combatida pelo árbitro. A expulsão foi justa e o erro está no jogador, que poderia ter evitado as faltas naquele momento do jogo. Neto errou. O América-RN, mesmo valente, sucumbiu diante do xará muito mais qualificado. Todavia, não posso dizer que foi um jogo ruim dos potiguares. A partida foi intensa e decidida pela questão numérica. Restam, agora, seis jogos. O América precisa vencer quatro e torcer contra os demais.

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Autor: Sérgio Ricardo Jr.

Sérgio Ricardo Jr. é acadêmico em Jornalismo pela UFRN e colaborador do C11 desde 2014.
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