Foto: UOL Esporte |
Minha história com o Palmeiras começou no dia 14 de Novembro de 1997, na verdade um pouco antes disso, nove meses antes, quando começava o planejamento para a minha existência. E sim, este texto não tem introdução, pois história de torcedor do Palmeiras se introduz com o próprio amor ao Palmeiras.
Filho de pai corintiano e mãe são paulina, vi na amizade com o meu vô (palmeirense) a necessidade de torcer para o time de Palestra Itália. Seu Jorge contava para mim histórias sobre a época áurea do clube, sobre a "era Parmalat", títulos, academia, enfim. A Libertadores de 1999, assim como a Copa do Brasil de 1998 e a Copa dos Campeões de 2000 estiveram presente quando eu já estava vivo, porém pela minha pouca idade admito não ter visto, assim como o nosso primeiro rebaixamento, em 2002. Tinha apenas 5 anos, nem senti.
Para falar a verdade, assisto futebol desde 2005. Ah 2005, gambazada campeã brasileira, tricoletes campeã continental e mundial. Depois me dizem que eu sou pé frio e eu não acredito.
Enfim, acompanho o Palmeiras a nove anos e nunca tive uma alegria plena com o Verdão. Ok, ganhamos o Paulistinha de 2008 e a Copa do Brasil de 2012, dois torneios decadentes e o último ofuscado por um rebaixamento doloroso, e esse sim eu senti, e como.
E o que não vivi de títulos, vivi de crises. Inúmeras, tanto que até desisti de contar. Mustafá Contursi, Affonso Della Mônica e mais recentemente Luiz Gonzaga Beluzzo, Arnaldo Tirone e o atual Paulo Nobre. Presidentes que ajudaram a desgraçar o Palmeiras. O último, um sopro de esperança diante todo o estigma de velhos engravatados que sentavam na mesa diretória do Verdão.
Junto com Nobre veio uma tal juventude e José Carlos Brunoro, o cara da era Parmalat. Mudança? Tudo na mesma. Continuamos estagnados, e o pior é o ano do nosso centenário.
É incrível como sempre começamos o campeonato ou a temporada voando e vamos nos desgastando com o decorrer do mesmo, vamos perdendo a força que nos era peculiar no tempo do meu avô e tudo aquilo que o Seu Jorge viu o vou vendo ao revés. Dá vontade de desistir muitas vezes, mas somos tomados por um sentimento palmeirense que corrói o nosso corpo e nos faz torcer e vibrar diante o nosso alviverde inteiro.
Seja dentro ou fora de casa, no Pacaembu, Palestra Itália, Morumbi ou na puta que pariu, somos Palmeiras. Hoje, se passamos por uma "crise crônica", sofremos, e como sofremos. Não sei se essa fase vai passar tão cedo, parece até que não, porém quem disse que ser Palmeiras é só viver de glórias?
Repito, este ano é o mais importante de nossas vidas como torcedores, era para estarmos disputando títulos, lutando pelo topo, encantando nossa torcida, resgatando esse sentimento de ser palmeirense que cada dia mais vai se perdendo. Mas o que vemos é totalmente diferente. Estamos a um ponto da zona do rebaixamento, vemos a labareda do Z4 cada vez mais empurrando nós para o fundo do poço e ao mesmo tempo vemos todo mundo lá dentro fazer vistas cegas.
Oito jogos sem vencer e um clássico batendo em nossa porta. Caso se não vencermos o São Paulo, neste domingo, vamos chegar a nona partida sem vencer e igualar nosso maior jejum de vitórias na história do Brasileirão, e sabe qual foi o ano de tal jejum? 2002. E sabe o que aconteceu em 2002? Caímos para a segundona.
É foda. Te amar é foda. Ser palmeirense é sofrer e aguentar calado o sarro dos adversários, pois sabemos que tudo o que eles falarem não vai ser de todo errado.
Ai meu Palmeiras. Como eu odeio te amar.
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