Com a conquista de ontem, o Galo se torna o maior campeão do novo Mineirão, com 4 títulos. (Foto: Superesportes) |
O jogo
Mesmo com o Mineirão cheio de cruzeirenses, o Galo parecia estar no Independência. Marcava firme e era perigosíssimo nos contra-ataques. Se não tivesse perdido tantos gols, poderia ter sido uma goleada alvinegra.
Logo aos 12', o Galo quase abriu o placar com Marcos Rocha. Luan deu passe para Rocha sair na cara do gol, mas Fábio pegou. No rebote, Tardelli mandou para fora.
Aos 31 minutos, o susto: Luan tentou cruzamento pela esquerda, e na corrida, torceu o joelho e teve que abandonar a partida. Fiquei extremamente triste por ele, pois sabia da sua vontade de disputar esse clássico.
Com a entrada de Maicosuel, nada mudou. O Galo seguiu criando chances, e Dátolo perdeu um gol feito. No rebote do goleiro Fábio, o argentino recebeu, dominou, e com o gol quase vazio, chutou para fora.
O gol veio nos acréscimos. Dátolo jogou na área, e Tardelli, sozinho, desviou para marcar o gol do título do Galo. Festa da minoria alvinegra.
A única chance do Cruzeiro na primeira etapa, foi com Ricardo Goulart. O atacante recebeu um lançamento de Fábio, mas pegou mal na bola.
O gol do título, marcado por Tardelli. (Foto: @GaloNews_) |
No segundo tempo, a torcida azul ressuscitou e cantou, para apoiar o time que também estava morto. O Cruzeiro tinha a posse de bola, mas não sabia como chegar ao gol, e o badalado quarteto ofensivo celeste foi anulado pela defesa atleticana.
O Galo, por sua vez, não tinha a menor pressa, e tocava a bola lentamente. Mas ainda era perigoso. Maicosuel, quase fora do campo, recebeu cruzamento de Douglas Santos e cabeceou para fora. No lance seguinte, Dátolo cobrou falta e acertou o travessão de Fábio.
Para esquentar um pouco mais o clássico, Leandro Donizete foi expulso e ainda deu um tapa em Dagoberto. Uma confusão entre os jogadores começou, mas logo foi apartada pelos policiais.
Após o apito final, foi só festa: Os jogadores cantavam junto com a torcida a famosa música "Maria, Eu Sei Que Você Treme", paródia da música argentina "Decime Que Se Siente".
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Destaques da partida
Tardelli - Não poderia ser outro além dele a fazer o gol do título. Ele nasceu para fazer gol no Cruzeiro. Dos 110 gols marcados com a camisa do Galo, 9 foram contra o Cruzeiro. Um dos maiores ídolos da nossa história recente.
Jemerson - Mais uma vez, o jovem zagueiro do Galo mostrou tranquilidade. Tinha calma nas saídas de bola e anulou os principais jogadores do Cruzeiro. Grande revelação da base atleticana.
Leandro Donizete - Foi bem na partida, mas se destacou mesmo por ter dado um "tapinha" na cara de Dagoberto. Assim como Tardelli, ele sabe jogar um clássico. Faz falta, provoca o adversário, catimba... Ganhou ainda mais crédito com a torcida do Galo.
Levir Culpi - Obviamente, ele não foi o destaque só nesse jogo. Mas a conquista de ontem serviu para vingar uma Copa do Brasil que ele perdeu para o próprio Cruzeiro, quando dirigia o São Paulo, em 2000. Grande treinador e excelente pessoa. Se ficar para o ano que vem, brigaremos por títulos importantes novamente.
Com a vitória, o Galo encerra o ano de 2014 invicto frente ao Cruzeiro. Foram 7 jogos: 3 empates e 4 vitórias atleticanas. No geral, são 487 jogos e 198 vitórias atleticanas, contra 161 triunfos do Cruzeiro.
A freguesia continua! Abraços!
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