(reprodução ig.com) |
Começa hoje a retrospectiva 2014
do C11 – São Paulo! Um ano que variou em diversos momentos, alternando entre a
expectativa e a desilusão, entre o apático e o convincente. Com tanto conteúdo,
cada um dos nossos escritores fez um texto sobre uma determinada competição da
temporada, em uma espécie de “texto triplo”, começando pelo Paulistão.
~•~
Nos parágrafos abaixo, Caio Coutinho irá nos fazer relembrar de como foi a competição, com os resultados e tudo o que aconteceu na competição.
Olá, leitores! A temporada de 2014
já está acabando e o C11 - São Paulo preparou uma retrospectiva do ano do
Tricolor. Um ano de reformulação após o péssimo 2013. Nesta edição, falaremos
do Campeonato Paulista de 2014.
A base do time na competição foi:
Rogério Ceni, Douglas, Antônio Carlos, Rodrigo Caio, Álvaro Pereira (Reinaldo);
Wellington, Souza, Ganso; Osvaldo, Ademilson (Pabón), Luís Faibano. Não muito
diferente daquele time que quase caiu para a Série B em 2013, o São Paulo foi
muito irregular no Paulistão deste ano, variando entre bons e maus momentos.
A estreia veio com derrota para o
Bragantino, por 2 a 0. Depois, uma goleada contra o Mogi Mirim no Morumbi, por
4 a 0 - resultado que não mostrou o que foi o jogo. Na terceira e na quarta
rodada, vitórias sobre o Oeste e Rio Claro - aonde a equipe mostrou algumas
evoluções.
Com 3 vitórias e 1 derrota em 4
jogos, o Tricolor faria o seu primeiro clássico do ano, contra o Palmeiras. Em
uma atuação apática, vimos o rival fazer 2 a 0, e vencer merecidamente. Na
sexta rodada, uma vitória contra o Paulista, e na sétima, uma derrota contra
"o carrasco" Ponte Preta.
A partir daí, o primeiro jejum de
vitórias do ano. Três empates seguidos, contra Portuguesa, São Bernardo e
Santos. Nestes jogos, Ganso foi um dos mais criticados e chegou a ficar no
banco em algumas ocasiões. Na décima primeira rodada, tiramos o peso das costas
contra o XV de Piracicaba. E foi sofrido! 3 a 1, de virada, com direito à boa
atuação do criticado Paulo Henrique Ganso. Na décima segunda, vitória fácil
contra o Audax, por 4 a 0.
E veio o Corinthians! No terceiro
clássico do ano, o time entrou pressionado por uma vitória, mesmo jogando fora
de casa. Tinha tudo pra dar errado, pois Antônio Carlos conseguiu a façanha de
marcar DOIS gols contras, mas Rodrigo Caio garantiu a vitória no final.
Chegamos na décima quarta rodada
classificados, e o rival Corinthians precisava de uma vitória Tricolor contra o
Ituano, no Morumbi, o que não aconteceu. O jogo gerou muitas polêmicas sobre
uma possível "entregada". Na décima quinta e última rodada, ganhamos
do Botafogo-SP, por 2 a 0, com o time reserva.
Chegaram as fases finais. Tínhamos
tudo pra vencer a Penapolense, time da quarta divisão, no Morumbi. Nesse jogo,
reencontramos o "São Paulo apático", que não conseguiu marcar gols e
saiu eliminado nos pênaltis. Uma nova eliminação para um time do interior, e
mais pressão sobre o técnico Muricy e os jogadores...
Nem tudo foi ruim no Paulistão 2014,
além da vitória contra o Corinthians, surgiram Boschilia e Ewandro, grandes
talentos da base. Souza se encaixou no time e nos livramos do fraco Jadson. Em
resumo, o Campeonato serviu para que Muricy formasse uma equipe melhor para o
Brasileirão do mesmo ano.
~•~
Agora
é a minha vez. Eu, Allan Jones irei apresentar
meu ponto de vista sobre o desempenho Tricolor na competição.
O
ano de 2013 acabou melhor do que pareceu. Sim, o time brigou pra não cair
durante quase todo o Brasileirão, mas a virada de ano, mesmo sem muitas
mudanças no time nos dava a esperança que, contra adversários mais fracos, o
time poderia ser melhor construído para as competições que viriam pela frente e
quem sabe, mostrar o futebol apresentado nas últimas rodadas, que nos livrou do
rebaixamento, graças à boas atuações do time.
Porém
logo na estreia as coisas pareciam que não iriam mudar tanto. O Bragantino, que
ainda iria dar muitas dores de cabeça ao São Paulo venceu por 2 a 0 já na
primeira partida do ano, contra um time apático e fraco, visivelmente precisando
de reforços.
Na
terceira rodada, um importante reforço apareceu. Um uruguaio raçudo e que logo
conquistou a torcida, Álvaro Pereira chegou a ser visto praticamente como um Deus
atuando pela lateral esquerda. Em sua estreia contra o Oeste, o camisa 6 deu
até assistência, assumindo assim a vaga de titular. Enquanto muitos o
consideravam como o melhor do país em sua posição, hoje, 10 meses depois de sua
estreia, podemos perceber que a exaltação foi monstruosa. Ainda assim, ele é um
bom jogador.
Alguns
dias depois, outro reforço foi anunciado para o Brasileirão. A troca entre
Corinthians e São Paulo que envolveu Pato e Jadson levantou diversas questões sobre
quem ganhou na transação. Enquanto o ex-camisa 10 Tricolor que vinha de altos e
baixos em suas últimas aparições se mostrava (segundo a torcida) como a peça
que faltava no meio-de-campo corintiano, Pato chegou em baixa, após diversos
questionamentos sobre sua vontade em campo. O fato é que o atacante só pode
estrear na Copa do Brasil.
Voltando
a falar da competição, os clássicos foram um mix de emoções. Primeiro uma
derrota por 2 a 0 para o Palmeiras no Pacaembu, naquele polêmico jogo em que
Rogério Ceni tentou esticar a perna pra que Valdívia caísse, num momento até
mesmo cômico. Depois, m empate extremamente chato contra o Santos, em um 0 a 0.
Por fim, finalmente uma vitória. Contra o Corinthians no Pacaembu, o folclórico
jogo em que o zagueiro-artilheiro Antonio Carlos anotou dois gols contra. Mesmo
assim, a vitória veio, com um 3 a 2.
Já
na 14ª rodada, o polêmico jogo contra o Ituano no Morumbi. Naquele cenário, se
o São Paulo perdesse para o galo, o Corinthians estaria eliminado da
competição. E a derrota se confirmou, com o 1 a 0 para o Galo, que futuramente
viria a ser campeão estadual. Todas as acusações de uma possível entrega pelo
lado do São Paulo viriam a ser feitas, mas os corintianos esquecem que no mesmo
dia, eles empataram por 0 a 0 contra a Penapolense.
A campanha da primeira fase foi encerrada contra o Botafogo-SP, que vencemos por 2 a 0 com os reservas e já nos focávamos para as fases finais da competição. Era a hora de focar nas fases finais e o adversário era a Penapolense. Aí veio aquele desastre. No Morumbi, uma eliminação para um time da quarta divisão, algo inadmissível que se tornou o pesadelo de muitos.
Toda a competição foi inútil? De certa forma não. O nível técnico do Campeonato Paulista é baixíssimo, com times fracos e mal localizado no calendário "maravilhoso" da CBF. Acontece que ainda achamos pontos positivos, pois o time começou a ser formado já nessa época do ano, além de fazer todos os tipos de testes. Sendo assim, apesar do resultado negativo, o saldo não foi dos piores, haja vista que nenhum dos grandes do estado se sagrou campeão então a competição foi negativa para todos. Mas para o Tricolor, talvez o saldo tenha sido menos negativo que o esperado.
A campanha da primeira fase foi encerrada contra o Botafogo-SP, que vencemos por 2 a 0 com os reservas e já nos focávamos para as fases finais da competição. Era a hora de focar nas fases finais e o adversário era a Penapolense. Aí veio aquele desastre. No Morumbi, uma eliminação para um time da quarta divisão, algo inadmissível que se tornou o pesadelo de muitos.
Toda a competição foi inútil? De certa forma não. O nível técnico do Campeonato Paulista é baixíssimo, com times fracos e mal localizado no calendário "maravilhoso" da CBF. Acontece que ainda achamos pontos positivos, pois o time começou a ser formado já nessa época do ano, além de fazer todos os tipos de testes. Sendo assim, apesar do resultado negativo, o saldo não foi dos piores, haja vista que nenhum dos grandes do estado se sagrou campeão então a competição foi negativa para todos. Mas para o Tricolor, talvez o saldo tenha sido menos negativo que o esperado.
~•~
Por fim, é a hora de Victor Castro encerrar o texto, com a sua visão do campeonato.
No primeiro Paulistão disputado nesse formato maluco, o São
Paulo repetiu o que vinha fazendo nos últimos anos: classificou-se na fase de
grupos e foi eliminado no mata-mata – dessa vez, ao menos, não foi contra o
Santos. No fundo o campeonato não vale muita coisa, mas seria bom voltar a
conquistá-lo depois de tanto tempo na ‘fila’, já que fomos campeões paulistas
pela última vez em 2005.
A campanha da primeira fase foi razoável – 8 vitórias, 3
empates e 4 derrotas – e ainda tivemos o prazer de provocar a eliminação do
Corinthians, naquela derrota para o Ituano em uma tarde chuvosa no Morumbi.
Quem diria que o mesmo Ituano seria campeão passando por cima de Palmeiras e
Santos no mata-mata?
Falando em mata-mata, fomos eliminados logo de cara contra o
Penapolense. Pois é. Felizmente, esse foi um dos três únicos jogos aos quais
não fui em 2014. A eliminação foi vergonhosa e mostrou, novamente, que é muito
desvantajoso usar os titulares nas partidas do Paulistão. É um desgaste
desnecessário.
Para a alegria de todos nós, a diretoria parece ter
finalmente entendido isso e decidiu que usará jogadores sub-20 como base do
estadual de 2015. Uma medida inteligente, que poupará os titulares e dará tempo
de jogo à molecada. Se com o time principal o título não vinha, quem sabe assim
a gente consegue... Mas se não vier, sem problemas: o que realmente importa no
ano que vem é a Libertadores.
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