Um pós jogo para cada tempo

Henrique 1 x 2 Henrique. (Foto: globoesporte.com)
Salve, salve nação palestrina que acompanha o nosso querido C11. Depois de quase três meses voltamos ao Pacaembu. Após a pausa para a Copa do Mundo ao meio de duas partidas no interior do Estado, o "Porcoembu" teve Palmeiras em Campo e teve o argentino Ricardo Gareca estreando diante a nação alviverde.

 Depois da derrota contra o Santos o adversário era o líder Cruzeiro. E tendo visto o desabafo por todo o futebol (ou a falta de futebol) apresentado na Vila Belmiro quinta, temíamos o pior nesse domingo. O jogo era com o atual campeão e líder do Brasileirão até o então.

Tendo visto o que aconteceu no Paca ontem, me lembrei do pós jogo no qual escrevi após a derrota por 4 a 2 do Palmeiras diante o Flamengo, ainda na terceira rodada. Naquele pós jogo reclamava do péssimo futebol apresentando pelo Palmeiras no segundo tempo e que se o jogo tivesse apenas os 45 minutos inicias tudo seria diferente. Aconteceu de novo, mas dessa vez ao inverso.

Sendo assim, vamos a um dois em um. Dois pós, uma para o primeiro tempo e outro para o segundo.

1º Tempo

Com um time em reformulação e ainda uma incógnita nesse Campeonato, tudo o que o Palmeiras menos precisava era enfrentar um time embalado e com Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro & Cia.

E parece que o Palmeiras queria fazer cosplay de Seleção Brasileira, só faltava vestir a camisa amarela pra completar a bagunça. Sem dois reforços capitais: o coringa Marcelo Oliveira e o médio volante e único isento de criticas na pífia atuação contra as sardinhas, Wesley. Parecia mesmo que queríamos imitar a seleção de Luis Felipe Scolari na Copa do Mundo, até no número de desfalques e posição no qual os mesmo ocupavam na equipe. Wesley era o craque, no caso o Neymar palmeirense. Já Oliveira figuraria como um Thiago Silva, por sua colocação defensiva e espírito de raça e liderança. Claro, que tudo isso com todo o respeito da comparação e destacando que é uma pura analogia.

Aí o palmeirense pensa: só faltava sofrer uma sequencia de gols em poucos minutos. Dito e feito! Claro, não foram cinco em quinze minutos, mas foram dois em dez minutos que reforçaram a minha colocação no último texto. Lúcio na Vila Belmiro não mudaria caralhas nenhuma na perdida defesa palmeirense. Tóbio ainda precisa se adaptar defensivamente, seguro na saída de bola, mas ainda a quem no seu espaço de marcação defensivo. Já estava perdido quinta feira com Wellington a seu lado e com Lúcio nesse domingo continuou, até porquê o companheiro de defesa mudou e o caso Tóbio é mais um no qual temos que esperar e termos bastante paciência, pois depende da bendita da adaptação.

Enfim, o primeiro gol foi criado de uma disputa de bola no meio campo no qual Marquinhos (aquele mesmo que veio para o Verdão como craque em 2009 após se destacar no Vitória, foi uma bosta no Palmeiras, rodou pelo Flamengo onde continuo bosta, voltou para o Vitória ano passado onde fez um bom Brasileirão e teve uma nova chance esse ano com a camisa da Raposa) ganhou e desceu em linha lateral, ele cruzou baixo e o artilheiro do campeonato sozinho. Como pode deixar um jogador como Ricardo Goulart sozinho, meu Senhor? Cruzeiro 1 a 0.

O Palmeiras sentiu, assim como a seleção sentiu e em poucos minutos já estava sofrendo o segundo. Um replay do gol do Bruno Uvini na Vila Belmiro, quinta. Uma bola alçada no meio da área e dessa vez o zagueiro que nos vazou foi Manoel, que cabeceou pra baixo e matou o goleiro Fábio. Cruzeiro 2 a 0.

E para coroar o terror do primeiro tempo o Palmeiras perdeu um jogador por contusão. Eguren sentiu a coxa e o pior não foi a sua ausência e sim quem iria entrar. Felipe MeneZzZzZzZzZzZzZzes. Ahhhhhhhhhh, agora lascou- se.

Na única chance clara que tivemos na primeira etapa, a mesma foi o reflexo que fomos nos últimos 135 minutos em que tivemos em campo. Chute pro gol e Fábio cresceu, no rebote o centro avante Henrique, que fazia gol de tudo e qualquer jeito antes da Copa pegou de primeira na pequena área e... ISOLOU!

O problema era crônico, técnico, era a falta de futebol proveniente de um Palmeiras versão Século XXI, mas também a falta de sorte que sempre pena a nos perseguir.

Enfim, final do primeiro tempo (graças a Deus). Palmeiras 0 x 2 Cruzeiro.

2º Tempo

A postura do Palmeiras mudou antes mesmo de entrarmos em campo para os 45 minutos finais. A torcida que geralmente é impaciente nas derrotas e que curte bastante cobrar as negatividades do time em campo, ao invés de xingar o Palmeiras na volta ao gramado, cantou o incentivo ao clube, algo que se estendeu até o final da partida.

Parece que finalmente  a "Turma do Amendoim" entendeu o que é deixar o trabalho fluir e não pressionar pela vitória a qualquer custo.

E o Palmeiras entendeu o recado, mudou a postura e foi atrás do que parecia impossível. Bater de frente com o Cruzeiro com o jogo mesmo já estando dois passos atrás no resultado.

Foi bonito, foi. Foi intenso foi. Até o Felipe Menezes (sim, sem os ZzZzZzZzZ) jogou... e bem. Isso é verdadeiro, mas sincero.

Tanto que logo aos 9 minutos da etapa final o Palmeiras diminuiu. Felipe MenOzil cobrou falta no meio da área e o zagueiro argentino Fernando Tóbio (o mesmo que precisa melhorar seu posicionamento defensivo) emendou um chute de primeira no fundo do gol de Fábio (do Cruzeiro). Palmeiras 1 x 2 Cruzeiro.

E os sintomas da reação estavam se aflorando. Ricardo Gareca promoveu a estreia do atacante Pablo Mouche que deu mais espírito de breu e garra para o Palmeiras buscar. Tanto que aos 16 minutos após uma boa troca de passe Henrique saiu na cara do gol e Fábio (do Cruzeiro) fez boa defesa.

Nosso volume aumentou e buscamos piamento o resultado até o final.

Perdemos? Sim, perdemos. O jogo terminou mesmo 2 a 1 para os mineiros, mas fui injusto. Um 2 a 2, nivelando o volume de jogo das duas equipes durante cada tempo do jogo seria ideal para uma boa e movimentada partida que foi.

O próximo é fora de casa, será a primeira viagem que Gareca irá fazer e não será pelo Brasileirão. Copa do Brasile a competição tiro curto é a última esperança de título no centenário do Palmeiras e vaga na Libertadores 2015. A partida será contra um pequeno Avaí e a vitória munida de um bom futebol será fundamental para enfrentarmos o clássico contra o Corinthians no próximo domingo.

Que continuemos com o mesmo espírito no qual terminamos a partida contra o Cruzeiro. E que possamos voltar a nos reencontrar com as vitórias, mas para isso ainda precisamos de um copo bem cheio de paciência.

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Autor: fábio

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