O que ficou do clássico

Um desabafo de um torcedor do Náutico chamou a atenção no Arruda (Foto: Divulgação / Facebook)
O Clássico das Emoções de número 500 não foi tão emblemático como a torcida esperava e tão histórico quanto a marca alcançada. O empate sem gols foi brochante para ambas as equipes, especialmente para o Santa Cruz, que era teoricamente o favorito para o duelo e jogava diante de seus torcedores. Notou-se certa evolução no time do Náutico, principalmente no setor defensivo, com a estreia do experiente zagueiro Luiz Alberto, mas faltou o principal: a bola na rede.

O tabu de não vencer o rival tricolor no Estádio do Arruda desde 2009 continua de pé e a fatídica marca de jogos sem conquistar uma vitória sequer em pleno início de 2014 chegou ao número seis. Tais estatísticas marcam negativamente o início da "Era Lisca" no Timbu, tudo isto depois de a equipe quebrar um tabu muito mais desestimulante: o de não derrotar o arquirrival Sport na Ilha do Retiro desde 2004.

Mesmo com a fase turbulenta, o "doido" ressalta a evolução demonstrada pelos jogadores na partida desta quarta-feira (19) e procura levantar o astral de seus comandados. Uma ótima estratégia frente a um elenco drasticamente renovado.

É normal que haja pressão por parte dos adeptos, como a foto que ilustra esta postagem. O clube não vê uma taça de uma competição de futebol profissional entrar em sua sala de troféus há quase 10 anos. O Clube Náutico Capibaribe é uma instituição mais que centenária e possui uma torcida presente. Quem não aguenta essa pressão tem mais é que se retirar dos Aflitos.

Além dos títulos, os alvirrubros querem de volta o orgulho de serem torcedores do time das seis estrelas. Para isto é preciso que sejam representados dentro de campo por verdadeiros timbus, e não por ratos, como foi exaustivamente visto no ano passado. Se o atual plantel atenderá a tais pedidos, isto só o tempo nos responderá. Esperamos que a resposta seja positiva.
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Autor: Luís Francisco Prates

Náutico, Borussia Mönchengladbach e Benfica. Pernambucano, 20 anos, cristão e estudante de Jornalismo.
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