Rotatividade não atrapalha defesa atleticana

[Foto por: ig esportes]

Boa tarde, amigos atleticanos. Estamos vivendo algo dentro de campo que é extremamente contrário as consequências conquistadas dentro dele. Tivemos uma série de jogadores do nosso sistema defensivo afastados por lesões e, diferente do que se imaginava, que no caso é uma fragilidade maior no mesmo, ele vem mantendo-se intacto. Nas últimas três partidas, por exemplo, não sofremos nenhum gol. E, em todas disputadas na temporada, que no caso foram sete, sofremos gols em apenas três. Estes que foram: um contra o nacional (2 a 1 para nós), dois para o Tombense (2 a 0 para eles) e dois para o Tupi (2 a 0 para eles).


E esses números, sinceramente, me agradam. Gosto de saber que existe uma rotatividade no sistema defensivo e que esta rotatividade não vem trazendo consequências negativas, mas sim positivas. Independente de quem entra, a qualidade do futebol não é muito alterada. Claro, que tem as diferenças de se jogar com as torres gêmeas (Réver e Leonardo Silva) e a de se jogar com Leonardo Silva e Otamendi, mas ambas conseguem proporcionar uma segurança muito grande para nós torcedores. Eu poderia ter citado outras possibilidades de duplas de zaga, mas me mantive nas que são sem sombra de dúvidas as mais queridas pela torcida atleticana. 

Esta força defensiva, por sua vez, não aconteceu da noite para dia. É uma filosofia de Paulo Autuori que, diferente de Cuca, nosso ex treinador, mantém os olhos mais voltados para a parte de trás do que para a parte da frente. Cuca mantinha o estilo "bagunça organizada" em que o Galo atacava mais e, consequentemente, abria mais espaços para contra-ataque. Com o Paulo, o time não ataca com tanta força, mas também não toma a mesma quantidade de gols que tomava antes. É o que a maioria das mídias noticiou: o Atlético é hoje um dos times com a menor média de gols tomadas do país. Inclusive, Victor, que está na disputa para ir para a Copa do Mundo, é o goleiro, em média, menos vazado na temporada até aqui. 

Para mim, no entanto, não sei dizer se isto é bom ou ruim. Eu gostei de ver o Corinthians jogando de modo defensivo a duas temporadas atrás, quando marcava um gol por partida ou no máximo dois, mas não tomava quase nenhum. Tanto é que venceu a Libertadores da América tomando uma quantidade de gols extremamente baixa. A defesa é o grande ataque de um time. E gostei também de ver o Chelsea atuar contra o Barcelona, na Liga dos Campeões vencida por eles recentemente de modo defensivo. Conseguiram aguentar os ataques e, quando tiveram a chance, marcaram. Venceram a competição e foram vices do mundo. Algo bom, no geral, não? Já a parte ofensiva, também é boa. O Santos de Neymar, por exemplo, era uma força ofensiva extramente qualificada. Com Robinho e Ganso metiam seis, oito, dez. Mas tomavam três, quatro, cinco. Isto, no caso deles, não mudava em nada. Se tomar um gol e marcar dois acontecia sempre, pouco se importava o sistema defensivo. 

Por isso eu digo: só o tempo dirá se a filosofia de Paulo gerará frutos. Quanto aos gols tomados, ela vem gerando. Claro, precisa melhorar muito, mas aos poucos vai ficando legal. Só espero que fique legal logo. 

Por: Natal Neto [@naatalneto]
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Autor: Unknown

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