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| (Foto: Filipe Aurélio / C11) |
Criciúma, sul de Santa Catarina, um estado com muito pouco prestigio no futebol brasileiro, mas então o que torna uma torcida de um time pequeno, de uma cidade menor ainda tão apaixonado? O fato desse time representar seu povo? Levar o nome da cidade por todo o Brasil? Representar um estado inteiro? Acho que esses são alguns motivos.
Somos o menor time da primeira divisão, o que tem a menor receita, em uma região onde beira míseros 450 mil habitantes (carece de fontes). Na série A, somente dois times são do interior, a Ponte Preta (cuja sua sede é em Campinas, onde Campinas tem 1,081 milhões de habitantes, quase o triplo da região de Criciúma), mas enfim, temos uma média de 12.273 torcedores por jogo, na frente de grandes clubes, com grandes torcidas. Então surge "desculpas" dos invejosos "Á, mas a cidade é pequena, não tem muito o que fazer a galera vai para o estádio" Bom, ingresso a 120 reais, plano de sócio 100 reais, nem todo mundo tem condições.
Comecei a acompanhar o Criciúma entre 2002 e 2003, claro que antes, ia ao estádio com pai, tios, avô. Nessa época que começou a despertar a verdadeira paixão, de ir no estádio até mesmo sozinho, de ir na torcida, de ficar roco de tanto cantar, nessa época se via bastante gente com camisa de outros clubes dentro do estádio (os famosos Mistos), no sistema de som do estádio o locutor falava os placares da rodada, e muita gente comemorava gols de Flamengo, Corinthinas, Internacional, Grêmio...(geralmente eram os mais velhos), e o resto da torcida vaiava essas pessoas. E o tempo foi passando.. De 2009 pra cá, que essa torcida mostrou ser muito apaixonada, justo no ano de maior dificuldade da história do clube, ano em que escapou de cair para a série D, e por pouco de fechar as portas. No ano seguinte 2010, os torcedores com o orgulho ferido, mas com a vontade de voltar a voltar a ser "grande" com muita luta da torcida, muitos protestos, consegue enfim fazer o então presidente renunciar. Nesse ano o clube termina o catarinense na 8º colocação.
Antes do começo da Série C de 2010, Antenor Angeloni assume pela segunda vez o cargo de presidente do Criciúma e com a meta de tornar o tricolor predestinado novamente grande. Naquele ano a frase "Vamos subir, Tigre!", ecoava dentro do estádio, em todos os jogos, o acesso à Série B, no Heriberto Hülse com 19 mil torcedores. O dia 23 de outubro de 2010 ficará marcado na história do clube. Em 2011 o orgulho do torcedor voltava à tona. Em 2011 foi vice campeão estadual, brigou quase o campeonato da serie B daquele ano, por uma vaga no G4, mas pipocou nas últimas rodadas e terminou na 14ª posição, mas a torcida não desistiu, em 2012 fez mais um campeonato catarinense vergonhoso, terminando o campeonato catarinense na 7ª posição. A então "parceria" com jogadores do Eduardo Uram, tem fim. A diretoria monta um time às pressas para a série B, e surpreende a todos, até mesmo o presidente. No dia 17 de novembro de 2012, empatou em 0 a 0 com o Atlético-PR e conseguiu o acesso à elite do futebol brasileiro diante de 19.743 torcedores que fizeram do Majestoso um caldeirão em todos os jogos. Termina o campeonato na 2ª posição, garante seu retorno a elite. Em 3 anos, o clube saiu do buraco, hoje figura entre o maiores times do Brasil! A torcida continua dando seu show, sendo elogiada Brasil a fora.
Meu nome é Filipe Aurélio, a partir de hoje estarei aqui para trazer notícias sobre o time de Santa Catarina, nesse primeiro texto, tentei explicar o que é torcer para o Criciúma, mas não entenderam muita coisa não é? É assim "Você nunca vai entender o que é nossa paixão, não pedimos nada em troca está dentro do coração"
Quem quiser trocar uma ideia, criticar, ou até sugerir, segue meus contatos:
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Twitter: @FilipeCarvoeiro

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