Todos sabemos que o brasileiro é apaixonado pela Copa Libertadores da América, mas uma coisa fica na cabeça de muitos. A história da competição a maioria sabe mas, e o troféu? Como surgiu o mais cobiçado troféu do futebol sul americano? Esse troféu, tem uma história muito rica e muitas estrelas do futebol, já o ergueram.
Mas é triste saber que quase nada existe hoje, sobre as primeiras taças em disputa. É difícil mesmo qualquer dado sobre o troféu ou mesmo sobre suas réplicas.
O TROFÉU
Brasões das repúblicas da América do Sul
O troféu da Libertadores da América, foi confeccionado, em Lima, no Peru, no ano de 1959, pela Platería Camusso. Seu design foi desenvolvido por Alberto de Gásperi e executado pelo ourives Carlo Mario Camusso. É feita em prata 925, a mais pura e pesa 10.025 quilos e toda distribuída em 63 centímetros, com o boneco feito em bronze e base em madeira de cedro, com 35 centímetros, chegando a aproximadamente 99 centímetros, de altura a atual.
O troféu inicialmente não possuía a base, a primeira vez que a utilizou foi em 1962, quando o Santos venceu na época a primeira base tinha espaço, para seis plaquinhas, mas logo foi substituída por uma outra onde caberiam dezoito plaquinhas, no máximo. A Conmebol estabeleceu que o clube campeão três vezes consecutivas, teria a posse em definitivo do troféu, em 68, 69 e 70, o Estudiantes de La Plata conseguiu o feito, assim a primeira taça Libertadores foi entregue em definitivo. Em 72 ,73 e 74 o também argentino Independiente, conseguiu o mesmo feito e desde então nunca mais ocorreu. Nos dois primeiros troféus estava escrito em sua faixa central do globo: "Campeonato de Campeones de Sudamerica" e o terceiro mudaram para: "Copa Libertadores".
No globo da taça, estão desenhados os brasões republicanos dos países Sul-Americanos e embaixo da faixa que divide o globo, um mapa da América do Sul e dentro do mapa a inscrição C.S.F.
Primeira taça conquistada pelo Estudiantes, da Argentina.
A base do troféu ao longo dos anos, sofreu várias alterações, muitas delas feitas pelos próprios clubes. A cada disputa é colocada uma nova plaquinha, com isso quando era totalmente preenchido, trocavam por uma maior, como em 1983, em 1995 quando o Grêmio levou o título o espaço já estava quase cheio.
Taça conquistada pelo Grêmio, com orelhas antigas e pouco espaço na base.
Já foram feitas tantas bagunças com a base, que alguns títulos como os do São Paulo foram unificados, colocando as plaquinhas lado a lado.
Em 2004 a base foi trocada novamente. O campeão desse mesmo ano, o Once Caldas, da Colômbia, destruiu o troféu, que era entregue desde a década de 70. “Pensei que a taça era compacta, mas estava toda remendada com um cabo e cola. De repente, enquanto estava com ela nas mãos, a bola se abriu e caiu no chão. Eu arrebentei a taça”, admitiu o atacante Henry Alcázar, em entrevista à revista Soho, da Colômbia. Assim foi necessária outra reforma bizarra na taça, já que o mesmo fica com o clube por cerca de um ano e depois é devolvido à Conmebol, que da ao clube uma réplica menor. A empresa responsável por esta reforma, foi a chilena Alzaimagen LTDA, que colocou o boneco, agora canhoto e outras orelhas, com uma especie de degraus.
Taça conquistada pelo São Paulo, em 2005, com orelhas novas e jogador canhoto.
Em 2009, a Conmebol refez totalmente o troféu, com plaquinhas padronizadas e nova base. Do troféu original nada restou, para as comemorações em campo na final, foi feita uma réplica que logo após a comemoração é recolhida, sendo entregue outra definitiva ao clube.
A taça em 2009: homenagem aos líderes da independência na América do Sul
Outra curiosidade é que, em quatro anos, o boneco caiu em três (2009, 2010, 2012), durante a comemoração.
Taça conquistada pelo Corinthians, em 2012 sem o boneco de bronze.
Desde 2006, a taça mais desejada pelos clubes sul-americanos é fabricada em Porto Alegre pelo empresário Nilmar Tomasi, que as confecciona em bronze e banha com prata. Ele também é o responsável pela taça principal e pelas plaquinhas de campeão. A atual base do troféu, tem capacidade para receber plaquinhas de campeão até 2024, a produção de uma peça leva no mínimo 45 dias e tem custo aproximado de R$ 15 mil reais.
Taça conquistada pelo Internacional, em 2010, totalmente padronizada
AS RÉPLICAS
Quanto as replicas existem várias, pois os clubes resolvem fazer cada uma do seu jeito e não no formato padrão. Não respeitando o formato do troféu no momento da conquista. Exemplo as do Cruzeiro, feitas com plaquinhas até 76/97, mas com a base maior igual a taça pós 2004.
O Santos possui duas taças, ainda sem base e uma do título de 2011, além da réplica igual a taça vencida pelo Estudiantes de La Plata.
Taças conquistadas pelo Santos, referentes a 1962 3 1963.
Boca Juniors
Colo-Colo
Peñarol
Taça conquistada pelo Atlético-MG, em 2013. Último a levantar o troféu.
Bom amigos, apesar de muito pouco se saber sobre o troféu da Libertadores, já temos uma noção de sua história tão rica e tão deixada de lado pela Conmebol. Abraços e até a próxima.
Todo material utilizado, foi retirado de sites relacionados à Copa Libertadores da América, site oficial da Conmebol, Google Imagens e redes sociais, nas páginas de clubes campeões.
Por: @AndersonCEC_

















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