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| Foto: AFP |
Se todo time que chega em uma semifinal de mata-mata está apenas a uma travessia de alcançar a grande final, a nossa desmoronou ontem. O empate por 1x1 contra a Ponte, em Mogi Mirim, não foi o suficiente para nos classificarmos devido à derrota por 3x1 em casa. Parabéns aos campineiros que serão os representantes brasileiros na final da Copa Sul-Americana 2013.
Muricy Ramalho veio com um time diferente do primeiro jogo e com um discurso pronto - iríamos atacar, iríamos correr atrás do resultado, mas com organização. Para tentar fazer o milagre, os escalados foram Ceni, Paulo Miranda, Rodrigo Caio, Antônio Carlos, Douglas, Denílson, Maicon, Ganso, Reinaldo, Ademílson e Aloísio.
O que se viu nos primeiros minutos foi exatamente o que Muricy tinha em mente. O Tricolor dominava o jogo, atacava, mas sem nenhum tipo de desespero. Nos primeiros minutos, boas chances foram criadas na falta cobrada por Ceni e em um chute de Ganso dentro da área. Mas o início promissor não se concretizou. O tempo foi passando, a Ponte foi jogando (brilhantemente) em cima da vantagem; Ademílson, Maicon e Aloísio, quando conseguiam algum espaço, chutavam pra fora. Nada bom, nenhuma chance realmente boa.
Como se já não estivesse ruim, o banho de água fria veio no finalzinho do primeiro tempo: Uendel chegou pela esquerda, passando por Paulo Miranda (como sempre) e cruzou para Elias. Rodrigo Caio salvou uma, salvou duas, mas na terceira o meia ponte-pretano abriu o placar. O 1x0 só mostrava que a noite, de novo, não seria nossa.
O primeiro tempo começou da forma mais desanimada possível. Vieram Welliton e Luis Fabiano, o que acrescentou, tardiamente, uma presença mais ofensiva da equipe. Mais tarde, quando todos já estavam ou dormindo ou assistindo a emocionante final da Copa do Brasil, Luis Fabiano (artilheiro dos gols importantes) empatou o jogo. Porém, se não tinham feito ainda, não seria agora que virariam. Final: 1x1.
Não, não teremos notas. Destaco Rodrigo Caio, pelas divididas e belos desarmes que fez (além de ter brincado de goleiro no gol deles); Douglas, por pelo menos tentar fazer algo; Ganso, que me impressiona com o seu talento, mas é um oásis no 11 titular; e Luis Fabiano (sim!), que demonstrou uma vontade que não via no camisa 9 desde aquela tentativa de chute lá na Argentina na final da Sulamericana passada contra o Tigre.
Se tem uma notícia boa é que 2013 acabou. As maiores glórias do ano foram ter passado da fase de grupos da Libertadores, ter escapado do rebaixamento, ter trazido um técnico que é ídolo aqui, recuperar (ao menos por uns 3 meses) um craque e colocar uma excelente promessa no time titular (Rodrigo Caio). Talvez tenha sido o pior ano da história do clube - foi certamente em comparação com os que eu vi - mas não quero pesquisar números e temporadas passadas para descobrir se teve algum elenco que conseguiu ser pior do que esse. E começamos o ano recém-campeões, com uma equipe valorizada e um dinheiro bom vindo da venda do Lucas, o que só deixa explícita a péssima administração feita nos corredores do clube ao longo dos duros meses.
Muricy salvou o time: fez Ganso voltar a jogar e recuperou o psicológico de todos, conseguindo com que o time demonstrasse ao menos vontade, se superando (o jogo contra o Cruzeiro foi uma prova disso) o suficiente para escapar da degola no final. Acabou o ano e, agora, o pensamento está em 2014. Que venha a renovação da diretoria inteira em abril mas, antes disso, precisamos de reforços agora. Aloísio tem raça, corre, mas não tem 50% da qualidade do Luis Fabiano - não podemos depender dele na frente. Luis, aliás, que pode estar de saída; assim como Osvaldo, Jádson e Fabrício. Que venham jogadores, em quantidade e qualidade, para substituí-los e, mais que isso, reforçar o grupo. 2013 provou que nosso elenco não é bom, não é do tamanho do São Paulo. No ano que vem, sem Libertadores, tomara que a história seja outra.
Vem logo, 2014!
Parabéns para a gigante Ponte Preta. Que nos represente muito bem na final.
Já curtiu e seguiu o Tricolor?
Diogo Magri
Autor: Diogo Magri
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