[Especial: Brasileirão 2015] O começo de um 6-3-3

O São Paulo conquistou três títulos do Campeonato Brasileiro no Século XX, cada um em uma década diferente. O primeiro em 1977, o segundo em 1986 e o terceiro em 1991. Veja agora como foi o trajeto percorrido pelo Soberano durante os seus três primeiros títulos do Brasileirão.

1977


Começamos falando do título de 1977. A equipe do Tricolor daquele ano não era uma das cotadas ao título. No Paulistão, foi apenas a terceira colocada e outras equipes vinham se preparando melhor para a competição nacional. A base do time era formada por Darío Pereyra, Serginho e outros.

O regulamento da competição separava as equipes em 6 grupos. O Tricolor ficou no grupo B e se classificou sem dificuldades, em segundo, atrás do rival Palmeiras. A partir daí a dificuldade dos jogos eram maior. Na segunda fase, os times eram novamente divididos em grupos. O São Paulo enfrentou Corinthians, Internacional e outros, se classificando em segundo, atrás do rival. Na terceira e última fase de grupos, nos classificamos em primeiro, surpreendendo a muitos.

Na semifinal, o Tricolor não encontrou dificuldades e passou pelo Operário por 3 a 1 no placar agregado. E a final seria contra o time que teve a melhor campanha até ali, o Atlético-MG, que buscaria o seu segundo título.

O jogo tinha clima de tensão, pois os melhores jogadores das duas equipes estavam suspensos. Serginho Chulapa, do São Paulo, e Reinaldo, do Atlético. Os jogos da final foram disputados no Morumbi, e a volta no Mineirão. Os dois terminaram empatados, as cobranças de pênaltis decidiram o campeão.

O São Paulo ficou muito perto de perder a taça. Joãozinho Paulista, do Galo, tinha a bola do título nas mãos, mas o grande goleiro Waldir Peres defendeu a cobrança. Uma grande reviravolta. Depois, Márcio era quem precisava deixar o Galo na disputa, porém Waldir Peres apareceu novamente e defendeu. O São Paulo era o Campeão Brasileiro de 1977!

O time da final: Waldir Peres; Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor; Chicão (capitão), Teodoro (Peres) e Darío Pereyra; Viana (Neca), Mirandinha e Zé Sergio. Técnico: Rubens Minelli.

1986



A década de 80 foi fantástica para o São Paulo Futebol Clube. Em 1986, o time era um dos grandes favoritos ao título do Campeonato Brasileiro. Liderado por Gilmar, Dario Pereyra, Pita, Müller, Careca e outros, o time havia de fazer uma grande campanha naquele ano.

Uma das mais bagunçadas de todos os anos, a competição daquele ano também começava na fase de grupos. O Tricolor enfrentou Internacional, Fluminense, Sport, Coritiba, Ceará e outros.Foi o líder do grupo, sem perder nenhuma partida. 

Na segunda fase, novamente em uma fase de grupos, caímos junto de Palmeiras, Santos e Botafogo. Com apenas duas derrotas, nos classificamos para as oitavas-de-final em segundo lugar.

Nas oitavas, o time teve dificuldades na primeira partida contra o Inter de Limeira, perdendo por 2 a 1. Porém, no Morumbi, revertemos o placar com uma vitória de 3 a 0. A partir daí o Tricolor não perderia mais até o título.

O Fluminense era o adversário das quartas. Na ida (o único jogo em que Careca não marcou), o São Paulo venceu por 2 a 0 e encaminhou sua classificação. Na volta, mais uma vitória, agora por 2 a 1. Nas semifinais, o América-RJ, que havia eliminado o Corinthians, tinha a missão de repetir a façanha contra o Tricolor. Em casa, ganhamos por 1 a 0. Um resultado perigoso, mas fora de casa seguramos o empate por 1 a 1. A final estava próxima.

O adversário era o Guarani, que tinha uma grande equipe naquele ano, liderados pelo grande Evair. E justamente ele quem abriu o placar no primeiro jogo da decisão, no Morumbi. Três minutos depois, o decisivo Careca empatou a partida, que terminou assim. 

A volta, no Brinco de Ouro, foi um dos melhores jogos da história do São Paulo. Nelsinho marcou contra logo aos 2 minutos, colocando o Guarani na frente. Aos 9, Ricardo Rocha também marcou contra, e empatou o jogo para o Tricolor. A partida foi tensa até o fim dos 90 minutos. Na prorrogação, Pita colocou o São Paulo na frente.

Pouca emoção nesse jogo? Aos 97, Boiadeiro empatou o jogo para o Guarani e levou o Brinco de Ouro a baixo. A pressão seria grande para o Tricolor a partir daí. E aos 110 (!!!), João Paulo virou o jogo para a equipe de Campinas. Parecia estar tudo perdido, até aos 119, quando ele, Careca, empatou o jogo em um gol sofrido, de cabeça! Um dos títulos mais emocionantes da história.

1991



Talvez o melhor time da história do clube, o ano de 1991 foi especial para todo são-paulino. Depois de dois vices seguidos, o time do Mestre Telê Santana entrou decidido a ganhar aquele título. Cafu, Leonardo, Raí e Müller. Era um timaço!

O Campeonato Brasileiro daquele ano foi formado por 20 clubes, que se enfrentavam em um turno. Os 4 melhores jogariam a semifinal. O São Paulo ficou em primeiro, com 26 pontos, liderando apenas 6 rodadas. O segundo, o terceiro e o quarto ficaram com 26, 24, e 24, respectivamente. A disputa era sensacional!

A semifinal foi contra o Atlético-MG, nosso velho “freguês” em finais de Brasileirão. No Morumbi, empatamos por 1 a 1. No Mineirão, seguramos o Galo e o jogo terminou empatado por 0 a 0. Em caso de empate no agregado, o regulamento classificava quem havia tido a melhor campanha.

O Bragantino foi o adversário da final. A torcida lotou o Morumbi no jogo de ida e vencemos por 1 a 0, com gol de Mário Tilico, que havia entrado no lugar do machucado Elivélton. Predestinado.

Na volta, em Bragança Paulista, o time da casa não conseguiu produzir muito. O São Paulo comandou as ações e o jogo terminou empatado em 0 a 0. Era o terceiro título Nacional do Tricolor Paulista, que logo mais viria a ser campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes.

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Este foi o primeiro texto da série que relembra os títulos do Campeonato Brasileiro do São Paulo. O que achou? A publicação foi feita pelo convidado Caio Coutinho, torcedor fanático do São Paulo. Gostaria de conversar mais sobre o tema com ele? Encontre-o pelo Twitter!

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Autor: Unknown

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