2014, ano do Centenário, volta à elite do Brasileiro, elenco recheado, com Henrique, Kardec, Valdivia, Prass, Wesley, Leandro, além deles, as chegadas de Bruno Cesar, Lucio e Victorino, a inauguração da Arena, animaram o otimista torcedor palmeirense. O centenário tinha tudo para ser memorável, mas terminou sendo mais um ano para ser esquecido.
O Palmeiras fez um ótimo Paulistão, se classificou antecipadamente para a segunda fase, era o favorito ao lado do Santos. Eliminou o Bragantino e foi enfrentar o Ituano, novamente, como favorito, mas acabou eliminado pelo campeão.
Veio então o Brasileirão, e a torcida se dividia entre o otimismo e pessimismo. Mas o que o torcedor viu, foi um time medíocre, fraco e sem alma. Kardec foi embora após a ridícula negociação de Paulo Nobre, a torcida ficou puta, e a revolta tomou conta da torcida. Dali em diante não houve mais paz. A lesão de Fernando Prass na terceira rodada parecia avisar que aquele Brasileiro seria sofrido, e foi. Derrotas, muita pressão pra cima de Gilson Kleina, que foi demitido em maio, após perder para o Sampaio Corrêa na Copa do Brasil. Alberto Valentim assumiu a equipe e foi até bem, mas o Palmeiras já tinha o substituto para o "pós-Copa", era o argentino Ricardo Gareca.
Gareca veio com bom status, após belas campanhas com o Vélez Sársfield. A pedidos do treinador, também chegaram Mouche, Cristaldo, Tobio e Allione. A esperança alviverde estava reacendendo.
- Mateus Moreira
- Copa do Brasil: A Copa do Brasil não foi uma boa competição para o Verdão no ano de seu Centenário. Na primeira fase, passamos sem dificuldades pelo Vilhena (RO). Vencemos o jogo de ida por 1x0 e no Pacaembu vencemos por 2x0. Já na 2ª fase passamos um susto ao sermos derrotados pelo Sampaio Correa (MA) por 2x1 em São Luís. Estávamos perdendo por 2x0 mas conseguimos diminuir, foi uma partida muito ruim para o nosso lado. Em São Paulo não pipocamos e espantamos a zebra: vitória por 3x0.
Na 3ª fase enfrentamos o Avaí (SC), o técnico já era o argentino Ricardo Gareca. Na partida de ida superamos o Leão por 2x0 com uma exibição surpreendente de Felipe Menezes, que marcou os dois gols da partida e foi um dos melhores em campo. Na volta, administramos o resultado numa partida sonolenta e vencemos os visitantes por 1x0, gol marcado por Pablo Mouche.
Nas oitavas de final, onde entraram os times que estavam na Libertadores, vimos que nosso time não iria mesmo engrenar nessa temporada: Foram duas derrotas para o Atlético (MG): uma por 1x0 (ainda com Gareca) e a outra por 2x0 - já com Dorival Júnior no comando. A decepção e frustração só não foi maior porque pelo menos a partir de então estaríamos focados única e exclusivamente na fuga contra o rebaixamento pelo Brasileirão.
- Ricardo Gareca e o Brasileirão Pós Copa: O técnico argentino Ricardo Gareca padeceu com o elenco fraco e limitado que esteve à sua disposição enquanto ele estava no comando. Gareca não pode contar com Valdivia, Fernando Prass e Wesley e o time amargou várias derrotas, vexames, atuações medíocres e decepcionantes. A primeira partida oficial de Gareca no banco foi no clássico no dia 17 de julho, contra o Santos: 2x0 pro Alvinegro (10ª rodada do Brasileiro). Depois somamos mais duas derrotas diante do Cruzeiro e do Corinthians, o primeiro ponto veio somente na 4ª partida num empate sem sal contra o Bahia no Pacaembu.
- Copa Euroamericana, Ronaldinho Gaúcho e o Centenário: Uma das pouquíssimas alegrias do argentino com o Verdão foi na Copa Euroamericana, quando o Palmeiras derrotou a Fiorentina (ITA) no Pacaembu por 2x1 numa atuação até convincente onde até o jogador Wesley deu o ar da graça e jogou a sua melhor partida do ano. Curiosamente o zagueiro uruguaio Victorino também estava disponível e finalmente jogou, aliás foi o seu primeiro jogo oficial pelo Palmeiras onde marcou seu primeiro gol e também saiu de campo "campeão" pois o clube ergueu o troféu Julio Botelho.
A outra alegria creio que tenha sido a saída do Palmeiras da zona do rebaixamento há poucos dias do time comemorar o Centenário. Em 23 de agosto o Verdão venceu o Coritiba por 1x0 e passou o Centenário fora da faixa vermelha da tabela. (Ufa!). Em compensação, um dos pontos mais vexatórios ocorreu no dia do Centenário: Ronaldinho Gaúcho não viria mesmo para o Palmeiras! Ele preferiu ir para o México, depois de mais uma novela sem final feliz com o clube paulista.
- Os argentinos: Ricardo Gareca indicou vários argentinos, porém Lucas Pratto foi um dos mais esperados e não apareceu por aqui, pelo contrário, vieram: Fernando Tobio (zagueiro), Agustín Allione (meia), Pablo Mouche (atacante) e Jonathan Cristaldo (atacante). Devido às fracas atuações de toda a equipe, a imprensa colocou a culpa nos argentinos e mais uma vez sobrou pro técnico.
- Demissão de Gareca: No dia 30 de agosto fomos derrotados de maneira imbecil após uma falha do goleiro Fábio e, após mais um inexplicável fiasco, desta vez a diretoria resolveu demitir Gareca. O Internacional superou o Verdão por 1x0 no Pacaembu pela 18ª rodada do Brasileirão e acabava ali o sonho do gringo brilhar como técnico no Brasil. Ele teve 7 derrotas, 1 empate e somente uma vitória pelo Brasileirão. No total foram 13 jogos, 4 vitórias, 1 empate e 8 derrotas. Pelo menos a torcida do Palmeiras soube reconhecer que o técnico argentino não era o maior culpado pelo fracasso da equipe.
- A chegada de Dorival Júnior: Dorival chegou para dar um pouco mais de tranquilidade ao elenco mas no primeiro jogo já perdeu pro Atlético-MG por 2x0 e o time paulista foi eliminado da Copa do Brasil. O ponto alto de Dorival no Palmeiras foi após a derrota sofrida pelo humilhante placar de 6x0 para o Goiás, no Serra Dourada. Deola era o goleiro e ajudou com suas falhas a afundar mais ainda o time naquela partida. Era a 23ª rodada e o Palmeiras foi para a lanterna do campeonato. Após esse desastre, o Verdão venceu 4 dos seus 5 próximos jogos e essa boa sequência foi o que realmente salvou o time da queda. Superamos o Vitória, a Chapecoense, o Botafogo e o Grêmio e perdemos pro Figueirense. Apesar dessa boa fase foram passando as rodadas e o time não reagiu como o esperado.
- Rodrigo Carvalho
E como de praxe: se não é sofrido, não é Palmeiras. Sufoco por sufoco, resistimos. Da 30ª rodada até o final, brigamos para não cair. Cada jogo era uma final e para nos salvarmos, precisávamos de um milagre divino, como classificava a imprensa (gambá).
Foram 8 rodadas de sofrimento até o alívio. Sabemos que não foi mérito nosso permanecer na Série A. O Palmeiras perdeu 4 pontos em jogos decisivos, nos últimos minutos contra Cruzeiro e Corinthians e após a 33ª rodada, todo jogo virou um sofrimento. Perdemos para Atlético-MG, São Paulo, Sport, Coritiba e Internacional.
Vale lembrar que dia 29/11 foi um dia histórico para o Palmeiras. Mesmo com a derrota em campo para o Internacional, o clube teve a primeira eleição direta para presidente. Naquela ocasião, Paulo Nobre foi reeleito, com promessas de um time competitivo e mudanças no segundo mandato.
Chegamos na última rodada precisando de uma vitória, resultado que nos mantinha na primeira divisão. Graças a tropeços de Bahia e Vitória, o empate arrancado em casa contra o Atlético-PR nos salvou do terceiro rebaixamento.
Após se salvar do rebaixamento, as mudanças já começaram. De cara, José Carlos Brunoro, Omar Feitosa e Dorival Júnior foram demitidos de seus cargos. Era o reinício de um clube apequenado. Para o lugar deles, foram contratados Cícero Souza e Oswaldo de Oliveira. É possível que Alexandre Mattos assuma a direção de futebol a partir de janeiro.
Além disso, o Palmeiras já foi atrás de reforços, dispensando e vendendo outros jogadores, aqueles lixos que quase nos rebaixaram. Diogo, Deola, Victorino, Juninho, Wendel, Eguren, Wesley, Washington, Bruno César, Bernardo, Diogo, Henrique e Marcelo Oliveira não defendem mais o Palmeiras.
Com as saídas, já chegaram Lucas, Victor Hugo, Zé Roberto, Amaral, Gabriel, Andrei Girotto e Leandro. Esperamos que 2015 seja um ano glorioso para o Palmeiras e para todos que acompanharam o C11-Palmeiras durante 2014. Siamo noi!
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