A primeira batalha da guerra

Bem, chegamos à final. O que, para mim, era quase impossível, há anos atrás. Sempre tinha um Brasiliense ou um Goiás para atrapalhar. Mas hoje, não. Agora somos muito mais fortes. Matamos cada gigante que veio no caminho. Passamos por Palmeiras, Corinthians e Flamengo. Agora resta apenas um. Justamente o nosso maior rival.  Eles têm a técnica, o elenco recheado, e uma campanha impecável no campeonato nacional. Nós temos raça, suor e amor a camisa, e, acima de tudo, perseverança. A torcida e os jogadores não deixaram e nem vão deixar de acreditar no impossível. 

Aos jogadores que vão nos representar nas duas batalhas contra o Cruzeiro: EU CONFIO EM VOCÊS! (Até mesmo em você, Maicosuel)

Carlos e Tardelli calando o Mineirão, no último clássico.

Semana pré-clássico

Na semana que antecede o clássico, tivemos mais notícias de fora de campo, do que de dentro das quatro linhas. Criou-se uma grande polêmica a respeito dos ingressos para a primeira partida. Além dos preços abusivos (de 200 a 400 reais), houve um imbróglio entre as duas diretorias sobre a presença da torcida visitante. Em reunião, ficou acordado que o time visitante teria direito de receber 10% da carga total dos ingressos.. Mas o Galo disponibilizou apenas 8% e a diretoria azul desistiu das cotas. Ou seja, clássico com torcida única. Mas no Mineirão, a expectativa é de 90% de cruzeirenses e 10% de atleticanos.

Além disso, ontem, a Justiça Federal solicitou o pedido de bloqueio da renda do primeiro jogo entre Atlético x Cruzeiro, por causa de outros processos em que o clube é alvo. Apesar da assessoria do Galo ter informado que o pronunciamento oficial só sairia na quinta-feira, o presidente Alexandre Kalil já se manifestou no Twitter: "Coitado do babaca! Acha que bloqueou a renda do Atlético. KKKKKKK!!"

Já dentro de campo, o clima é outro. Os jogadores estavam descontraídos, nem parece que tem uma final para disputar. Levir Culpi fechou o treinamento, mas a escalação não deve ser diferente da que atuou contra o Flamengo, na semi-final. Resta apenas a dúvida de quem será o volante de ofício, se é Leandro Donizete ou Josué. Já que o jogo é em casa e precisamos fazer um bom resultado, melhor o Donizete. Josué, pela idade, é lento e cadencia mais o jogo.

Independência ou Mineirão?

Eu ainda não tinha tocado nesse assunto. Independência ou Mineirão? Uns gostariam de dois jogos no Gigante da Pampulha, pela renda maior, mais torcedores presentes e a queda do gol fora de casa, como critério de desempate. Além de ter sido o palco das épicas goleadas sobre Corinthians e Flamengo. Eu, particularmente, prefiro o Independência. Pois esse é o tipo de jogo em que o adversário não pode ter o mínimo de vantagem, e o Cruzeiro, por mandar seus jogos no Mineirão, conhece muito bem o estádio, e seu estilo de jogo é feito para lá. Já no Independência, o Cruzeiro ficará mais acanhado, pois o Galo sabe como jogar ali. Além de ter uma torcida gritando de maneira infernal nos ouvidos dos jogadores. 23 mil pessoas cantando juntas fazem qualquer um tremer.

Apesar dos preços dos ingressos estarem altíssimos, acredito em estádio lotado hoje à noite. Cante até a sua voz acabar, torcedor. Os guerreiros alvinegros precisam de você.

Abraço!

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Autor: Anônimo