O que a confiança não faz em um time?

Deusvânio apontando o rei das cabeçadas sortudas (Foto: Ivan Storti / Santos FC)

É, realmente, essa tal confiança faz milagres. Com ela, muitos jogadores progrediram. Sem ela, muitos regrediram. O Santos encontra-se atualmente com muita confiança, assim, consequentemente, iludindo seus torcedores. Ontem, na Vila Belmiro, contra o Bahia, vencemos pelo placar de 1 a 0 e conquistamos o sétimo lugar do Brasileirão, frente à oitava colocação, que acostumávamos amargar no final da competição. Com 42 pontos somados, estamos com quatro pontos de diferença do tão aclamado G4 e para se livrar da zona de rebaixamento. Deixo a ilusão tomar conta ou não?

Com confiança, eles foram os melhores:

Vladimir – O chama-gol representou novamente e quebrou nossas expectativas. Muito seguro na meta, atento nas jogadas e “pidão” à la David Braz – exigindo bom desempenho dos defensores. Eu sempre esperei muito dele, principalmente pelo estilo Fábio Costa (com humor). Com a lesão do Aranha, o grande zoeiro “Vladmito” vem se desatacando (ou não fazendo besteira) no gol.

Lucas Lima – Não pode ser avaliado, pois sempre surpreende. Hors concours no Reus brasileiro.

Geuvânio – A confiança trouxe de volta (até melhor) o nosso menino que anda torto. Do seu jeitinho diagonal, Deusvânio fez um excelente primeiro tempo, com exceção dos erros no último passe, que, com acerto, renderia no mínimo quatro gols para o Peixe. No segundo tempo, caiu, assim como Patito e Damião, o que não pode acontecer. 

Patito – Com cualidad, é outro nível. Apesar de ser jogador de um tempo só, Patrício Rodriguez (sim, esse é o nome dele) rende muito mais que Thiago Ribeiro, Rildo e até Gabriel.

Damião – Em espera para ser convocado para a seleção, o pangaré do forró, o mito dos chutes fracos, o cabeceador sortudo, nosso bigode grosso representou (!!!!!!!!!!!) a camisa 9 e deixou o dele. Fez um excelente primeiro tempo, o melhor (sim, não tô zoando), assim já podendo valer 2% do valor investido. Mas chegou o segundo tempo e já mostrou quem é de verdade, assim deixando as esperanças correrem pelo ralo. Ei, Laor, xinga mais que está pouco!

Sem confiança, ele está perdendo o espaço:
Gabriel perdendo um gol feito (Foto: Ivan Storti / SantosFC)

Gabriel – Com uma força do técnico, também da torcida, o menino Gabigol, artilheiro do Santos na temporada, não é mais o mesmo. Claro que a saída do Oswaldo de Oliveira colaborou com o desempenho, a manutenção do Damião também, além da falta de punheta/mulher. O futebol continua o mesmo, mas o que falta são os gols. Enquanto não tiver sequência em sua posição, não terão gols e mais uma joia que perderemos de graça. Aliás, vale mais um “medalhão” de 42 milhões, do que uma joia, com 18 anos, de sei lá quantos 100 milhões. Sorte que é novo e talvez recupere a confiança.

Inclusive, ainda no assunto Gabriel, o zagueirão “capitão” Edu Dracena resolveu virar “menininha de rede social” e dar indiretas ao garoto. Ao sair de campo, disse que não pode ter vaidade para fazer gol. Não pode mesmo, isso é fato. Mas o que o câncer que deixa as (e)bolas nas costas está falando? No mínimo, em prol do elenco unido, tem que representar a camisa, a faixa, e ser um pouco mais inteligente ao dar declarações. Claro que pode ser além do Gabriel, mas, pelo momento, pelos gols perdidos e passes não dados, estava de fato comprovado que era contra o menino. Edu Dracena vs. Meninos da Vila, nunca desconfiei.

Falta Oswaldia&Alegria, mas até que está bom:
Enderson Moreira e, ao fundo, Gílson Kleina, técnico do Bahia (Foto: Ivan Storti / SantosFC)

Enderson Moreira, dentro das limitações, tem feito um bom trabalho. A ideia do rodízio no elenco foi interessante, apesar de um pouco injusto com alguns da base. Quem entra bem, tem que jogar mais. Quem entra mal, tem que jogar menos. Essa é a ideia, e ele segue – principalmente com Damião, Cicinho, Thiago Ribeiro e outros queridinhos da diretoria. O seu 4-1-4-1 ainda não funcionou, pois não há preparo. Sempre usa nos finais de jogos, e sempre o Santos recua, assim levando uma fucking pressão. Se é para sofrer, que mantenha o 4-2-3-1 e fiquemos mais tranquilos. Se realmente vingar, a pré-temporada de 2015 será produtiva para os jogos do Campeonato Paulista, Copa do Brasil/Sul-Americana ou Libertadores, além do Campeonato Brasileiro. Por enquanto, em seu comando, Endeshow (ou Endersono) tem a melhor campanha do segundo turno com 5 vitórias (7 no comando), 1 empate e 2 derrotas.

O Santos é de lua, por isso não podemos acreditar. 

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Autor: Kayo Lopes

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