Um jogo histórico, digno de ser escrito com letras douradas em um raro papiro egípcio. Um feito absurdo que será lembrado mesmo que se passem centenas de anos e do qual todas as minhas gerações de descendentes irão se vangloriar.
O dia (noite) em que uma cidade inteira entrou em campo de mãos dadas com os seus jogadores e mostrou para o Brasil inteiro que não existe "campo neutro" em Chapecó, que aqui quem manda é única e exclusivamente a Nossa Associação.
A nossa vitória começou a ser escrita após a derrota para o Palmeiras, aonde muitos criticavam e poucos apoiavam. Então o clube, durante a semana inteira, buscou atrair o torcedor para próximo de si, a começar pelo treino de quarta-feira com milhares de crianças nas arquibancadas e ontem com a carreata realizada durante a tarde.
Era um cenário perfeito para reafirmar nossa identidade futebolística, representada pela Associação Chapecoense de Futebol, chutando para bem longe a herança maldita do grenal. Então os verdadeiros torcedores abraçaram a Chape, literalmente.
A entrada em campo já era um prenúncio da batalha que estava por vir, aonde os jogadores posicionais para o hino, observavam as fileiras de soldados em posição de combate nas arquibancadas do Índio Condá, o qual por sua vez estava prestes a ser desperto com toda a sua força.
A Chapecoense entrou bem postada em campo, atenta, com todos os mecanismos sensoriais ligados, e quando teve a oportunidade não perdoou. Jussandro, nosso novo lateral esquerdo, cruzou a bola na área e Diones chegou fuzilando, sem chances para Dida. A porteira estava aberta e por onde passa um boi passa uma boiada.
O primeiro gol já poderia ter saído minutos antes em bela cabeçada de Leandro, porém a bola bateu no braço de Dida e foi para escanteio.
O Internacional desfilava em campo usando um salto mais alto que as torres de iluminação do estádio, então em uma cobrança de falta de Meza a bola sobrou limpa para Leandro só tocar na saída de Dida.
Ao final do primeiro tempo, a Chape já tirava o Inter para dançar e no começo do segundo tempo não foi diferente. Em uma triangulação fantástica, Tiago Luis alçou a bola na área para a cabeçada de Camilo que passou próxima da meta, ainda não era o terceiro.
Mas ele veio através de três toques: Meza-Camilo-Leandro para o fundo da rede e delírio geral da torcida. E se a essa altura já eram ouvidos gritos de Olé, Olé, Chape, Chape, quando o Diones fez o quarto aí o jogo já estava virando treino. Em bela cobrança de falta de Camilo, o nosso volante goleador foi as redes pela segunda vez.
O Inter tentava, tentava e nada. Para a esperança colorada Nilmar fez sua re-estréia, mas foi como se não estivesse em campo e demonstrou que só tem fama mesmo, pois o futebol ainda não está com ele.
Jogo vai, jogo vem e eis que em mais uma falha da zaga colorada Diones chapelou Dida que no auge de sua senilidade cometeu penâlti. Cartão vermelho pra ele e Rafael Moura no gol, igual a Chape 5 x 0 Inter.
A Chape venceu por 5, mas poderia ser por 6, 7, pois o jogo estava fluindo tão bem que se tivesse mais alguns minutos o massacre seria ainda maior.
Um prêmio àqueles que acreditam nesse grupo, na permanência na Série A e principalmente são torcedores de verdade da Chape, não desistindo nunca nem mesmo nas horas mais difíceis.
Que venha a próxima guerra e o Espírito de Condá esteja conosco!
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