O MA55ACRE de Condá


Um jogo histórico, digno de ser escrito com letras douradas em um raro papiro egípcio. Um feito absurdo que será lembrado mesmo que se passem centenas de anos e do qual todas as minhas gerações de descendentes irão se vangloriar.

O dia (noite) em que uma cidade inteira entrou em campo de mãos dadas com os seus jogadores e mostrou para o Brasil inteiro que não existe "campo neutro" em Chapecó, que aqui quem manda é única e exclusivamente a Nossa Associação.

A nossa vitória começou a ser escrita após a derrota para o Palmeiras, aonde muitos criticavam e poucos apoiavam. Então o clube, durante a semana inteira, buscou atrair o torcedor para próximo de si, a começar pelo treino de quarta-feira com milhares de crianças nas arquibancadas e ontem com a carreata realizada durante a tarde.

Era um cenário perfeito para reafirmar nossa identidade futebolística, representada pela Associação Chapecoense de Futebol, chutando para bem longe a herança maldita do grenal. Então os verdadeiros torcedores abraçaram a Chape, literalmente.

A entrada em campo já era um prenúncio da batalha que estava por vir, aonde os jogadores posicionais para o hino, observavam as fileiras de soldados em posição de combate nas arquibancadas do Índio Condá, o qual por sua vez estava prestes a ser desperto com toda a sua força.

A Chapecoense entrou bem postada em campo, atenta, com todos os mecanismos sensoriais ligados, e quando teve a oportunidade não perdoou. Jussandro, nosso novo lateral esquerdo, cruzou a bola na área e Diones chegou fuzilando, sem chances para Dida. A porteira estava aberta e por onde passa um boi passa uma boiada.

O primeiro gol já poderia ter saído minutos antes em bela cabeçada de Leandro, porém a bola bateu no braço de Dida e foi para escanteio.

O Internacional desfilava em campo usando um salto mais alto que as torres de iluminação do estádio, então em uma cobrança de falta de Meza a bola sobrou limpa para Leandro só tocar na saída de Dida.

Ao final do primeiro tempo, a Chape já tirava o Inter para dançar e no começo do segundo tempo não foi diferente. Em uma triangulação fantástica, Tiago Luis alçou a bola na área para a cabeçada de Camilo que passou próxima da meta, ainda não era o terceiro.

Mas ele veio através de três toques: Meza-Camilo-Leandro para o fundo da rede e delírio geral da torcida. E se a essa altura já eram ouvidos gritos de Olé, Olé, Chape, Chape, quando o Diones fez o quarto aí o jogo já estava virando treino. Em bela cobrança de falta de Camilo, o nosso volante goleador foi as redes pela segunda vez.

O Inter tentava, tentava e nada. Para a esperança colorada Nilmar fez sua re-estréia, mas foi como se não estivesse em campo e demonstrou que só tem fama mesmo, pois o futebol ainda não está com ele.

Jogo vai, jogo vem e eis que em mais uma falha da zaga colorada Diones chapelou Dida que no auge de sua senilidade cometeu penâlti. Cartão vermelho pra ele e Rafael Moura no gol, igual a Chape 5 x 0 Inter.

A Chape venceu por 5, mas poderia ser por 6, 7, pois o jogo estava fluindo tão bem que se tivesse mais alguns minutos o massacre seria ainda maior.

Um prêmio àqueles que acreditam nesse grupo, na permanência na Série A e principalmente são torcedores de verdade da Chape, não desistindo nunca nem mesmo nas horas mais difíceis.

Que venha a próxima guerra e o Espírito de Condá esteja conosco!

Foto: www.chapemultimidia.com.br

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Autor: Unknown

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