Rei, pássaro e pedra: trio foi alicerce do incontestável título do América-RN

Craque da competição, Arthur Maia finaliza na decisão (Foto: Fabiano O.)

Um rei, um pássaro e uma pedra. Estamos falando sim de futebol. E de futebol bem jogado, futebol que por muitas vezes fugiu à essência natural no Rio Grande do Norte. Já vi campeão no futebol potiguar jogando feio, bonito e eficiente. Confesso nunca ter visto, até hoje, um time ganhar de forma indiscutível unindo as três formas de jogo. Até hoje. O América rompeu os paradigmas e fez nascer um título plurilateral.

O grupo inteiro foi importante, meu destaque para Arthur Maia, Max e Adriano Pardal não tem muito a ver como sendo apenas os três merecedores de tal apontamento. Falo, simplesmente, de alicerce. Base. Chão sólido. Fabinho, Leandro Sena (sim, Leandro Sena), Oliveira Canindé, Márcio Passos e Edson Rocha são os pilares. Título é como engenharia, você constrói. Gustavo Carvalho construiu com material de excelente qualidade. 

Não vou entrar muito em detalhes do jogo, que não foi tão legal, e até de certa forma, pensando na sequência, preocupa. Final, como se diz, não se joga, se ganha. Eu, como torcedor, não analiso, torço. E foi o que fiz. O 0 a 0 murcho não condiz com a campanha rubra, mas foi suficiente. E isso é o que importa. O Globo foi valente, destaco, quebrou expectativas e mostrou-se competitivo. 

Ao pássaro, Pardal, minha surpreendente afeição. Primeiro turno irreparável e surpreendente.

Ao Rei Arthur, Maia, meu obrigado. Você sarou uma ferida que estava latente no corpo de todo americano.

E a pedra, Max, minha lembrança eterna e consolidação definitiva na história do clube mais vermelho do mundo. 

Aos pilares e demais, digo que vocês foram fantásticos. A torcida, que lotou esse estádio que é pequeno perto de nossa grandeza, digo que estamos na briga. E que Natal sentiu falta da gente, e não o contrário. 

O título do Campeonato Potiguar 2014 tem base, pilares e glória. A Arena das Dunas está testada e aprovada. A FIFA que me perdoe, mas nem precisa mais ter Copa em Natal. O estádio, considerado elefante branco pelos sulistas, não necessariamente foi feito para a Copa. Foi feito, ao meu ver, para Natal. E Natal, como o Rio Grande do Norte inteiro hoje, pertence ao América.

We are the champions!

Por: Sérgio Ricardo Jr.
Twitter: @sergioricardorn

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Autor: Sérgio Ricardo Jr.

Sérgio Ricardo Jr. é acadêmico em Jornalismo pela UFRN e colaborador do C11 desde 2014.
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