| Foto: Divulgação/Google |
Ser o craque do Palmeiras no ano centenário do clube? Não, é melhor jogar do outro lado do muro, no São Paulo. Foi o que decidiu Alan Kardec diante das propostas dos dois clubes. O negócio ainda não foi confirmado oficialmente pelo Tricolor por conta dos exames que ainda devem ser feitos, mas já foi admitido pelo presidente são-paulino, Carlos Miguel Aidar, e informado pelo presidente palmeirense, Paulo Nobre.
O interesse do São Paulo já era especulado desde quando o Palmeiras encontrava dificuldades para prorrogar o contrato de Kardec, negociando com o Benfica, clube do atleta. Sem atender as exigências do atacante, a diretoria alviverde adiou cada vez mais o acordo entre as partes (até chegou a recuar o valor em cerca de 20 mil reais mensais na proposta que até então estava aceita), o que gerou a oportunidade para os são-paulinos entrarem no negócio.
Assim, ocorreu a negociação entre São Paulo e Benfica. O clube do Morumbi chegou nos 14 milhões de reais (4,5 milhões de euros) exigidos pelos portugueses e acertou a questão salarial (350 mil reais por mês, conforme divulgado) com o Kardec - foi o suficiente para levar o jogador. O Tricolor ainda pediu para os lisboetas a anulação do empréstimo do atacante, já que, com este terminando apenas em junho, Alan Kardec poderia fazer os 7 jogos no Brasileirão pelo Palmeiras e impedir qualquer transferência para outro clube brasileiro.
Não vejo nenhum ponto negativo na contratação do Kardec. Talvez o valor exagerado, mas não acho que a diretoria cometeria uma loucura com um dinheiro que não tenha. Aidar chega contratando um nome de respeito e, de certa forma, conquista boa parte da torcida. Muricy conhece o Kardec (com quem chegou a jogar de meia no Santos), e a posição em que o atacante jogará é problema do treinador. Um problema bom, inclusive. Nós, torcedores, devemos apenas ficar satisfeitos com os reforços chegando, melhorando todo o nosso elenco. O presidente ainda deve contratar mais, principalmente defensores, durante a Copa.
Antiético? Acho meio irônico essa ofensa vindo de um clube que negociou com treinadores enquanto Gilson Kleina exercia a função. Negociamos com o jogador e seu verdadeiro dono, pagamos o que ambos queriam e, logicamente, compramos o atleta.
Menos Ademílsons, menos dependência do Luís Fabiano (que agora terá que jogar de verdade), mais qualidade no ataque. Kardec ao menos acerta pênaltis e tem a bênção de Deus, o que já lhe dá credencial de titular incontestável.
Seja bem-vindo, AK! Espero que se dê bem com o Lucas Evangelista e vista a camisa 47.
Diogo Magri
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