[Especial: Brasileirão 2015] A segunda Academia e a Era Parmalat

5º título do Palmeiras no Campeonato Brasileiro veio em 1972 e contou com a chamada “Segunda Academia”, que, assim como a primeira, ensinou aos outros times como se jogava e era sem dúvidas um time bonito de se ver. A torcida, a exemplo do time, estava acostumada com vitória e ambos não se contentavam com derrotas, daí a cobrança e a importância que veio dos anos anteriores da chamada “Primeira Academia”.


A "Segunda Academia"

O Brasileirão de 72 foi disputado por 26 clubes e a fase inicial foi dividida em 4 grupos: 2 com 6 equipes e 2 com 7 equipes. Nessa primeira fase, os 4 melhores clubes de cada chave avançam à fase seguinte. A 2ª fase era composta por 4 grupos com 4 clubes cada, avançando o campeão de cada chave. A semifinal foi em jogo único e com vantagem aos clubes de melhor campanha, tendo esses a vantagem do empate. A decisão também foi em partida única. 

O Palmeiras superou São Paulo, Coritiba e América-RJ na 2ª fase e terminou na liderança e foi para a semifinal. Em 20 de dezembro, o Verdão empatou com o Internacional no Pacaembu por 1x1 e jogaria a final contra o Botafogo, que na outra semifinal eliminou o Corinthians ao vencê-lo por 2x1 no Maracanã. Aí veio a decisão: ao Verdão, bastava somente empatar, mas foi um jogo duro, assim como na semifinal contra a equipe gaúcha. Porém jogando com o regulamento embaixo do braço e por ter melhor campanha, o Palmeiras apenas empatou sem gols com o Botafogo e ergueu mais um taça, tornando-se pentacampeão brasileiro! Essa partida ocorreu no estádio do Morumbi, em 23 de dezembro. O público foi de 58.287 torcedores


Ao todo, o Verdão disputou 30 jogos, sendo 16 vitórias, 10 empates e 4 derrotas. Leão, Luis Pereira, Dudu, Leivinha, Ademir da Guia, César Maluco e companhia fizeram parte daquela tão marcante Segunda Academia que, no ano seguinte, continuou dando alegria ao Alviverde Imponente e com um título nacional em cima de um grande rival...

E esse rival foi o São Paulo Futebol Clube. O Tricolor do Morumbi não conseguiu parar Ademir da Guia e sua Academia e amargou o vice-campeonato naquela edição do Brasileiro. O torneio teve um número bem maior de clubes participantes devido a pressão da ditadura militar para incluir mais e mais equipes, abolindo a segunda divisão naquele ano - ou seja, a política controversa querendo dar uma resposta mediante da paixão nacional, o futebol. Mediante tudo isso, vale ressaltar que somente em 1973 é que houve o primeiro caso de doping do futebol brasileiro, sendo do atacante Campos, do Atlético-MG.

Na primeira fase, vinte dos quarenta clubes avançavam após o fim dos dois turnos. Na segunda fase, havia dois grupos com 10 clubes cada, classificando-se os dois melhores de cada chave. A fase final era disputada em turno único e o time de melhor aproveitamento sairia campeão do torneio. O Palmeiras foi o clube de melhor campanha na primeira fase: (28 jogos, 18 vitórias, 7 empates e 3 derrotas).

O Alviverde terminou essa fase com 43 pontos somados e saldo de 23 gols positivos. Na 2ª fase, ele continuou avassalador e ficou invicto em sua chave: (9 jogos, 5 vitórias, 4 empates e nenhuma derrota). Terminou em 1º novamente e o Internacional foi o segundo colocado; São Paulo e Cruzeiro se classificaram na outra chave. No quadrangular final, o Verdão não foi alcançado e ficou com o troféu. O São Paulo bem que tentou mas ficou com o 2º lugar, seguido de Cruzeiro e Internacional. O Palmeiras venceu o Cruzeiro por 1x0 em Belo Horizonte, o Internacional por 1x0 no Morumbi e empatou em 0x0 com o São Paulo no Morumbi. O Alviverde foi o clube que menos perdeu, apenas 3 derrotas sofridas e o que mais venceu, com 25 triunfos. E com esta campanha, o Palmeiras era novamente campeão brasileiro. O seu sexto título na história.

[VÍDEO] Palmeiras bicampeão brasileiro (1972/1973)


Era Parmalat e o fim do Jejum

Após acabar com o jejum de títulos no Paulistão de 93, com a épica goleada na decisão por 4x0 em cima do arquirrival Corinthians, o Palmeiras estava disposto também a sair da fila de títulos no Brasileirão. Era a fase da Parmalat, que para muitos foi a melhor fase da história do Verdão. Aquele esquadrão era temido e respeitado por todos, dava gosto ver o Palmeiras desfilar nos gramados brasileiros na década de 90! Saudades daquela época...

Naquele ano, foram 32 clubes participantes num campeonato disputado entre 4 de setembro de 9 de dezembro. Havia 20 anos de fila e eis que a estrela de Edmundo e Evair fizeram o Alviverde brilhar novamente. Seria essa a Terceira Academia? Olha que a comparação não era à toa. Tínhamos realmente um time fantástico, estrelado, de colocar medo nos adversários: Edmundo, Zinho, Roberto Carlos, Mazinho, Evair... o time era o dos sonhos de qualquer torcedor brasileiro e, sim, fez história, uma bela história.

O Campeonato teve 4 fases e foi dividido em dois grupos de 16 clubes cada, classificando-se os 8 melhores de cada para a segunda fase. Nessa etapa, eram 16 equipes divididas em dois grupos de 8 clubes e os 2 melhores de cada grupos avançavam à próxima fase. Na semifinal, o Palmeiras, vinte anos depois, não deixou o São Paulo ser campeão e tratou de despachar o rival, indo com tudo para a decisão contra o surpreendente Vitória-BA. O jogo de ida foi truncado, mas o Verdão conseguiu se impor e saímos de Salvador com uma vitória pelo placar mínimo na Fonte Nova, diante de mais de 77 mil torcedores. A partida de volta foi no Morumbi e mais de 88 mil torcedores vibraram com a vitória palestrina por 2x0, com gols de Edmundo e Evair. Era o 7º titulo do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. E Vanderlei Luxemburgo começava ali a sua carreira vitoriosa com o seu primeiro título nacional; o treinador seria bicampeão brasileiro logo em seguida, com o mesmo Palmeiras...


Em 1994, o Verdão conseguiu mais um bicampeonato no Brasileiro e dessa vez foi em cima do arquirrival Corinthians. Tem algo melhor? Vanderlei Luxemburgo também era o técnico e viu os seus comandados passearem em campo. O campeonato foi disputado por 24 clubes, divididos em 4 grupos de 6 clubes em dois turnos na primeira fase, classificando-se os 4 primeiros de cada grupo. Na fase seguinte, 16 clubes, todos contra todos, classificando-se os 8 melhores, na próxima fase. Depois vieram as quartas-de-final, semifinais e a final. Nas quartas-de-final, o Palmeiras venceu o Bahia duas vezes por 2x1 e pegou o Guarani na semifinal. O Verdão venceu o Bugre por 3x1 e 2x1 e enfrentaria o Corinthians na grande decisão pois o Alvinegro havia passado por Bragantino e Atlético-MG.

E Rivaldo, ex-jogador do Corinthians, colocou seu nome na história do clássico e do próprio campeonato brasileiro ao marcar gols nas duas partidas decisivas daquele Brasileirão - e olha que era só o ano de estreia de Rivaldo no Palmeiras; claro que depois ele não ficaria muito tempo no Brasil. Na partida de ida, o Verdão venceu por 3x1, com dois de Rivaldo e um de Edmundo; Marques descontou para o alvinegro. Na partida de volta, Marques abriu o placar logo no início da partida, mas não deu para o Corinthians, pois Rivaldo empatou quase no fim e coroou aquele elenco e aquele time vencedor do Verdão.

Sim, ganhamos um Brasileirão em cima do Corinthians e, sem sombras de dúvidas, de uma maneira incontestável. Basta agora recordar de tantos bons momentos e torcer para que possamos novamente estampar as manchetes dos jornais como a equipe a ser batida, pois não podemos só viver de passado. #ForzaPalestra, o Palmeiras é grande, nunca duvidem disso!

[VÍDEO] Palmeiras bicampeão brasileiro (1993/94)


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Este foi o último texto da série que relembra os títulos do Campeonato Brasileiro do Palmeiras. O que achou? As publicações foram feitas pelo convidado Rodrigo Carvalho, torcedor fanático do Palmeiras. Gostaria de conversar mais sobre o tema com ele? Encontre-o pelas suas redes sociais: Twitter | Facebook.

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Autor: Unknown

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