[Especial: Brasileirão 2015] Santos e a década de 60: a maior hegemonia da história do futebol brasileiro

O Santos FC ao longo da história do Campeonato Brasileiro conquistou diversos formatos diferentes no certame nacional. A competição de início, criada em 1959, teve o nome de Taça Brasil de Clubes, na qual a classificação se alcançava pelos Campeonatos Estaduais, que por sua vez, dava classificação à Copa Libertadores, chamada na época de Copa dos Campeões da América

O Santos nesse período estabeleceu a maior hegemonia nacional da história do futebol brasileiro, sendo então Pentacampeão Brasileiro consecutivo entre 1961 a 1965, batendo adversários fortíssimos, verdadeiros esquadrões de todos os estados brasileiros, em jogos decisivos na chamada “Era de Ouro do Futebol Brasileiro” onde o país conquistou Três Copas do Mundo (sendo o Santos uma das bases mais importantes nos Mundiais) e a posse definitiva da Jules Rimet.

“O país necessitava de um Campeão Brasileiro de Clubes para representar o país na América do Sul” (Presidente João Havelange).

Depois da Taça Brasil, que cumpriu seu papel como Campeonato Brasileiro, foi criado o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Taça de Prata) com o mesmo objetivo, que era dar ao Campeão, o título de “Campeão Brasileiro”. Um novo formato foi adotado, abrigando mais clubes e abrangendo mais jogos. Em 1968 o Santos sagrou-se Campeão do novo formato, conquistando seu sexto Título Brasileiro. Na época, o clube tornou-se o maior Campeão Nacional do Brasil, com as conquistas de 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968, estabelecendo a maior Hegemonia Nacional da história do país.

Uma geração histórica e os Esquadrões do Santos FC nos anos de 1960.

Gylmar, Lima, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Mengálvio; Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Essa é a escalação do quadro Santástico I na primeira metade da década de 1960, time que conquistou todos os títulos possíveis mais de uma vez, um dos esquadrões mais grandiosos e vitoriosos da história do futebol mundial – se não for o mais.

Cláudio, Carlos Alberto, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Clodoaldo e Lima; Abel, Toninho, Pelé e Edu. Essa é a mais provável e possível escalação do Santos FC entre 1967 a 1969. O Santástico II, ou SeleSantos, como ficou conhecido, voltava a praticar seu grande futebol de maneira irresistível. Além de servir de base da Seleção Brasileira nas eliminatórias e posteriormente na Copa do Mundo de 1970, o grande esquadrão conquistou o Tricampeão Paulista 1967/68/69, foi Campeão Brasileiro de 1968, Campeão da Recopa Sul-Americana e Recopa Mundial em 1969.

Além das conquistas do Campeonato Brasileiro (Taça Brasil) de 1961 a 65 e de 1968, o incomensurável Santos FC foi, ao lado do Botafogo, a grande base da Seleção Brasileira nas Copas do Mundo, onde o país conquistou a posse definitiva da Jules Rimet. Mais do que isso, como Instituição de futebol se transformou no grande Embaixador do esporte brasileiro, popularizando e elevando o Brasil a um patamar representativo no futebol mundialmente. O Santos FC em seu momento mais sublime excursionava pelo mundo todo, conquistando títulos, parando guerras e estabelecendo marcas, sendo a base da seleção brasileira em toda a “Era de Ouro do país” e, com isso, mostrando sua pujança e opulência do seu valor inestimável como clube de futebol.

Campeonato Brasileiro 1961.


A primeira Conquista do Santos FC na então recém criada Taça Brasil de Clubes, ocorreu nesta edição de 1961. Na decisão, uma revanche histórica contra o Bahia. Na época o Santos era o atual Bicampeão Paulista (1960 e 61) e, com isso, qualificou-se com ênfase à Competição Nacional que definiria o Campeão Brasileiro aquele ano e, com o título, a vaga no ano seguinte a Copa dos Campeões da América. O Santos iniciava seu período mais glorioso, através do apogeu de conquistas nacionais com a primeira geração histórica dos anos de 1960, que apenas iniciava sua trajetória apoteótica.

Nos embates Semifinais da Competição, o “Campeão Paulista” Santos FC enfrentou o “Campeão Carioca” America/RJ, que eliminou o Palmeiras, Campeão Brasileiro do ano anterior. No primeiro jogo, disputado no RJ, um bom público compareceu para incentivar a equipe carioca. No entanto, viram a vitória santista por 6 a 2 em São Januário, com gols de Pelé (3), Pepe (3) e Coutinho. Na volta, dia 19 de novembro, o America/RJ surpreendeu o SFC, num jogo em que Pelé foi expulso por Armando Marques, derrotando os paulistas por 1 a 0 na Vila Belmiro. O regulamento previa uma 3º partida em caso de igualdade de pontos e, sendo assim, Santos/SP e América/RJ voltaram a se enfrentar para uma partida desempate, realizada no estádio do Pacaembu/SP. No terceiro e decisivo jogo, o ataque santista voltou a ser o diferencial, o SFC venceu pelo exorbitante placar de 6 a 1, com dois gols de Pelé, dois de Coutinho, um de Dorval e outro de Pepe, classificando-se para a decisão contra o Bahia/BA.

A Primeira Conquista Nacional e a Revanche Histórica.

Os duelos finais dos quadros de Santos/SP e Bahia/BA colocavam à frente dois grandes times, dois grandes esquadrões do futebol brasileiro. O Bahia era na época o melhor time do Nordeste, melhor time Baiano, primeiro Campeão Brasileiro em 1959, primeiro representante brasileiro na Copa Libertadores, conquistaria ainda o Tricampeão Baiano de 1960/61/62 naquele período. O Santos iniciava a sua caminhada de glórias. Na decisão, o Glorioso Alvinegro da Vila, comandado pelo técnico Lula, mostrou que era o melhor time do país e enfrentou os Baianos para se estabelecer nacionalmente e conquistar o primeiro Título Brasileiro. 

No primeiro jogo da decisão o SFC, com gol marcado por Coutinho, conseguiu um empate em 1 a 1 no estádio da Fonte Nova/BA. No segundo jogo, em Vila Belmiro/SP, o SFC se impôs e com sua extraordinária linha ofensiva aplicou uma goleada por 5 a 1 no Bahia, com show da dupla Pelé (artilheiro da competição, marcou 3 gols na decisão) e Coutinho (marcou 2 gols). Ao final do jogo, sob comemorações e festa, o Sr. Paulo Machado de Carvalho fez a entrega ao Sr. Athiê Jorge Coury, presidente do Santos, de uma cobertura de flores, oferecida pelo Sr. Tancredo Neves então primeiro ministro. O Santos conquistava o primeiro Campeonato Brasileiro de sua história e dava início a uma hegemonia no futebol nacional.

Campeonato Brasileiro 1962


O Santos era o atual Bicampeão Paulista (1960/61) e Campeão Brasileiro (1961), qualificações que o levaram à Taça Brasil de Clubes de 1962. Com a segunda conquista, o SFC tornou-se na época o primeiro clube Bicampeão Brasileiro/Nacional do país e primeiro a vence-lo de maneira consecutiva até então (1961/62). A competição ficou marcada pelos embates finais da decisão entre Santos e Botafogo/RJ, que apresentaram em decisão memorável o maior jogo da história do futebol brasileiro. 

Nas partidas Semifinais da Competição, o SFC enfrentou o Sport/PE, vencedor da chave Norte/Nordeste e atual Bicampeão Pernambucano de 1960/61 - era até então a principal força de Pernambuco e do Norte/Nordeste aquele ano no país. Na Ilha do Retiro/PE a partida terminou empatada por 1 a 1 no Recife - o gol santista foi marcado por Coutinho. Na partida de volta o Santos só precisava vencer, e venceu com facilidade o Sport goleando por 4 a 1 no Pacaembu, em São Paulo, com quatro gols do gênio da área, Coutinho. Classificando-se assim, para a histórica decisão, entre os dois melhores times do país: Santos/SP e Botafogo/RJ nas finalíssimas da Taça Brasil (Campeonato Brasileiro) de 1962. 

O Bicampeonato Brasileiro no Maior Jogo da História do Futebol Nacional.

A Decisão do Campeonato brasileiro de 1962, pôs em disputa os Campeões Paulista e Carioca, os dois melhores times do país, os dois maiores jogadores: Pelé e Garrincha. Sobretudo mostrou, o embate histórico das duas bases da seleção brasileira. É considerado o maior jogo da história do futebol brasileiro e reuniu em campo 8 Campeões Mundiais: Gilmar, Mauro, Nílton Santos, Zito, Zagallo, Mengálvio, Pepe, Garrincha, Pelé, Amarildo e Coutinho. Juntos conquistaram o Bicampeonato com a Seleção Brasileira no Chile/62.

No primeiro jogo da maior decisão da história do Campeonato Brasileiro e do futebol nacional, disputada dia 19 de março de 1963, o Santos venceu o Botafogo por 4 a 3, com dois gols de Pepe, um gol de Coutinho e outro de Dorval, no estádio Pacaembu, em São Paulo. No jogo de volta no estádio Maracanã, o Botafogo/RJ descontou e venceu o Santos/SP com placar convincente de 3 a 1, animando a torcida carioca que acreditava que o Botafogo de Garrincha pudesse bater o Santos de Pelé. Tanto foi que compareceu em peso no terceiro jogo.

Empatados em pontos nas partidas de decisão, com uma vitória para cada lado, o terceiro e decisivo encontro ocorreu novamente no estádio do Maracanã/RJ. Nesse emblemático jogo, o Santos de Pelé deu aula de futebol, mostrou porque era o maior time do mundo, dominou o Botafogo de Garrincha, dando espetáculo e aplicando um memorável 5 a 0 com Pelé inspirado, fazendo dois gols, um gol de Coutinho, artilheiro do Campeonato, um de Dorval e outro de Pepe. Diante de um público de mais de 70 mil pessoas, o Santos FC conquistava o Bicampeão Brasileiro de futebol (a Taça Brasil de Clubes de 1962) no maior jogo da história do futebol brasileiro.

Campeonato Brasileiro 1963


O Tricampeonato Brasileiro conquistado possibilitou ao Santos FC ser coroado com a alcunhas de “Supercampeão Brasileiro”, dando-lhe a posse definitiva do troféu da Taça Brasil de Clubes. O SFC na época era o maior Campeão Brasileiro/Nacional do país e, tornou-se o primeiro clube Tricampeão Nacional/Brasileiro consecutivo (1961/62/63), o que conquistou a competição pela primeira vez de modo invicto. Nessa edição fez grandes duelos eliminatórios (mata-matas), batendo no melhor time gaúcho e baiano da época. 

Nas partidas da fase Semifinal, o SFC enfrentou o Grêmio/RS, vencedor da Chave Sul e melhor time gaúcho da época, que contava com uma geração vencedora no futebol gaúcho. O imortal tricolor Conquistou oito Campeonatos Gaúchos nos anos de 1960, dominou a década e era o atual Bicampeão em 1962/63, que sucedeu-se com o Heptacampeonato Gaúcho consecutivo. O primeiro jogo decisivo no estádio Olímpico/RS, com renda recorde em Porto Alegre e público de 50 mil pessoas. O Santos não tomou conhecimento do Bicampeão Gaúcho, aplicando 3 a 1 com gols de Coutinho (2) e Pelé no primeiro jogo Semifinal no Sul. Pelé e Coutinho ainda proporcionaram um lindo lance nessa partida, uma tabelinha da dupla que não resultou em gol, mais em aplausos dos gaúchos. No segundo jogo, realizado em São Paulo, no estádio do Pacaembu, uma nova vitória imponente, marcada por Pelé ter ido jogar no gol depois da expulsão de Gilmar. O SFC venceu por 4 a 3 com três gol de Pelé e um de Pepe, classificando-se e reeditando novamente a decisão com o Bahia/BA.

A Conquista do Tricampeonato Brasileiro e posse definitiva da Taça Brasil dando ao Santos FC a Alcunhas de “Supercampeão Brasileiro”.

Os jogos decisivos da finalíssima do Campeonato Brasileiro de 1963 acabaram ocorrendo apenas no primeiro mês de 1964. O Santos FC praticava o fino do futebol e mostrou porque era considerado o melhor time do mundo, contra um Bahia que nada pode fazer, sendo derrotado nos dois jogos da decisão. No primeiro embate decisivo, realizado em 25 de janeiro de 1964, em São Paulo, no estádio do Pacaembu, o Santos dominou e encurralando o adversário desde o início goleou o Bahia por expressivos 6 a 0 com gols de Pelé (2), Pepe (2), Coutinho e Mengálvio. Mesmo com a acachapante goleada o tricolor baiano só precisava vencer para forçar o terceiro jogo, mas o SFC, em função da atuação no jogo de ida em SP, estava confiante na conquista do Campeonato. No jogo da volta no estádio da Fonte Nova/BA, em 28 de janeiro de 1964, com Pelé marcando os dois gols, o “Supercampeão do Brasil” obteve uma nova e importante vitória, frente ao maior Campeão Baiano e conquistou o Tricampeonato Brasileiro invicto.

Campeonato Brasileiro 1964


Para conquistar a IV edição do Campeonato Brasileiro, o Santos FC teve que enfrentar três gigantes: Atlético/MG, Palmeiras e Flamengo. Com a conquista do Tetracampeonato da Taça Brasil de Clubes em 1964, tornou-se o primeiro clube Tetracampeão Brasileiro/Nacional do país. Além disso, foi também o primeiro e único Bicampeão Brasileiro invicto, com as conquistas das edições de 1963 e 1964.

Humilhando o Supercampeão Mineiro Atlético.

O Atlético MG tinha um esquadrão famoso a nível nacional, era o maior Campeão Mineiro até então, assim como nos dias de hoje, e havia aquela época conquistado o Bicampeonato Mineiro em 1962/63. As partidas de quartas de finais foram disputadas no dia 18 de outubro de 1964. no estádio Independência/MG. No primeiro jogo decisivo, diante de um forte Atlético/MG supercampeão, estadual o Santos obteve exorbitante vitória por 4 a 1 com gols de Pepe (2), Pelé e Toninho. Na partida de volta outro resultado magnifico a favor do Santos, no dia 4 de novembro de 1964, vitória por 5 a 1 em São Paulo, no estádio Pacaembu; os gols da partida foram marcados por Pelé (2), Toninho (2) e Peixinho. Com o resultado o Santos classificou-se para as Semifinais para enfrentar o Palmeiras/SP.

Na Semifinal um saudoso Clássico da Saudade. 

O Palmeiras de Julinho Botelho e Ademir da Guia foi o único clube paulista que impediu conquistas do Santos de Pelé nos anos dourados do futebol brasileiro, onde o Alvinegro reinou quase que absoluto. Aquela Academia do Palmeiras conquistou os Campeonatos Paulistas de 1963 e 1966, o Torneio Rio-São Paulo de 1965 e, sobretudo o Campeonato Brasileiro de 1960. Não é necessário dizer que na época a rivalidade era grande no Clássico da Saudade a cada duelo entre os dois. No primeiro jogo Semifinal, o Santos venceu o rival por 3 a 2 com gols de Coutinho, Pelé e Pepe, no estádio Pacaembu/SP. Na volta no mesmo estádio Pacaembu/SP, outra vitória santista, dessa vez por 4 a 0 com Pepe marcando dois gols, um de Coutinho e outro de Peixinho. O Santos estava classificado para a grande decisão contra o Flamengo.

O Tetracampeonato Brasileiro do Santos FC contra o Campeão Carioca CR Flamengo do atacante Evaristo de Macedo e do técnico Flavio Costa.

Campeão Carioca de 1963 e 1965, Vice em 1962, Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1961, o Flamengo tinha como principal jogador o atacante e ídolo Evaristo de Macedo, no banco a figura de Flavio Costa. O primeiro jogo da decisão ocorreu em São Paulo, no estádio Pacaembu, no dia 16 de dezembro e o SFC como de costume, em uma grande atuação, aplicou mais uma de suas goleadas: 4 a 1, com Pelé sendo o dono do jogo, marcando três gols e Coutinho um gol. Na partida de volta no estádio do Maracanã/RJ, dia 19 de dezembro, a torcida Rubro Negra lotou as arquibancadas (em torno de 55 mil pessoas) e acompanhou a perda do título na primeira participação do Flamengo em Brasileiros. O Santos sagrou-se Tetracampeão Brasileiro após um empate sem gols no Rio de Janeiro. Era o Tetracampeonato de um Santos arrasador e Supercampeão Nacional, novamente invicto e com o artilheiro do Campeonato, o Rei Pelé.

Campeonato Brasileiro 1965


A última das “Cinco Coroas Nacionais” do Santos no Campeonato Brasileiro (Taça Brasil) ocorreu na edição de 1965. A maior hegemonia da história do futebol brasileiro foi estabelecida na época de Ouro do futebol nacional, o Pentacampeonato consecutivo (1961 a 65) asseguravam o SFC como o maior Campeão Brasileiro/Nacional do país, primeiro clube Pentacampeão Brasileiro da história e único a vencer a competição por três vezes de maneira invicta (1963/64/65), um legado nacional do Santos de Pelé & cia.

Em 1965 o Santos volta a enfrentar novamente o Palmeiras de Ademir da Guia, na Semifinal da Taça Brasil de Clubes. Os dois jogos foram disputados no estádio do Pacaembu/SP. No primeiro confronto, o Santos venceu por 4 a 2 com Toninho marcando três gols em grande atuação e Abel um gol. No duelo da volta o Santos, termina empatado com o Palmeiras por 1 a 1 com gol de Pelé e acaba qualificando-se para a sua quinta decisão de Taça Brasil consecutiva contra o Vasco da Gama/RJ

O Pentacampeonato Brasileiro do maior Esquadrão da História do Futebol Mundial.

O primeiro jogo da decisão do Campeonato Brasileiro de 1965 ocorreu no dia primeiro de dezembro, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. O Santos aplicou 5 a 0 no Vasco da Gama, Campeão da Guanabara, em jogo espetacular para os jogadores santistas, com gols de Dorval (2), Toninho (2) e Coutinho. Na volta no dia 8 de dezembro o Santos voltou a vencer o Vasco que era um adversário forte na marcação e bem organizado taticamente. Dessa vez o triunfo ocorreu em pleno Maracanã, com gol de Pelé, conquistando o legitimo título de Pentacampeão Brasileiro. Com a conquista o Santos se tornou o maior campeão nacional e sacramentava sua Hegemonia no país como o melhor e maior clube do futebol brasileiro. Em 1966 voltou à decisão, bateu na semifinal a nova força do nordeste e do futebol Pernambuco, o Náutico, mais perdeu a decisão para o brilhante Cruzeiro de tostão, mas essa é outra história…

Campeonato Brasileiro 1968

Santástico parte II.


No Campeonato Brasileiro de 1968, o Santos fez sua estreia com derrota, quando foi até Curitiba enfrentar o Atlético PR e acabou sendo derrotado por 3 a 2. Apesar da estreia com derrota (que em toda a competição foram apenas três, inclusive na última rodada contra o Botafogo), o Campeonato era longo, possibilitando uma recuperação do Santos, que ocorreu logo na partida seguinte: o time venceu o Flamengo por 2 a 0 no Maracanã (RJ), com público de 78.022 pessoas, terceiro maior da edição Nacional de 1968. Depois de empatar duas e vencer outra, o SFC acabou derrotado para o Vasco por 3 a 2 no Maracanã, na sexta partida, deixou o Santos com 6 pontos ganhos em 6 jogos, situação inferior ao Vasco e embolado com Grêmio, Atlético MG e São Paulo. Porém, a partir da vitória na sétima rodada sobre o arquirrival Corinthians (que até então estava invicto), por 2 a 1 de virada, com gols de Toninho e Pelé, o time deslanchou na Competição. Depois da vitória contra o rival, o Santos engrenou seu grande futebol naquele campeonato, o Bahia sentiu isso, sofrendo a maior goleada da Competição por 9 a 2, com um Santos arrasador! Em seguida não mais perdeu encerrando com vitória diante do Grêmio por 3 a 1 com gols de Carlos Alberto, Pelé e Toninho, garantindo a classificação antes da última rodada. 

O Santos terminou a primeira fase com uma grande campanha, sendo o primeiro do grupo B, com 22 pontos. Em 16 jogos disputados, o time do Santos obteve 9 vitórias, 4 empates e apenas 3 derrotas. O segundo do grupo foi o Vasco, com 20 pontos, ambos classificaram-se para a Fase Final. No outro grupo, Palmeiras com 24 pontos e Internacional com 20 pontos (pelo critério de desempate), foram os outros times classificados pela campanha agrupamento A.

Um quadrangular final de gigantes do futebol brasileiro.

O Quadrangular decisivo reuniu os clubes de melhor campanha nos respectivos grupos da primeira fase, Palmeiras e Internacional pelo segundo ano consecutivo se qualificaram no grupo A; já no grupo B, Santos e Vasco foram os clubes com a melhor campanha. 

A primeira rodada foi favorável aos paulistas. Enquanto o Palmeiras venceu o Vasco por 3 a 0, no Morumbi, o Santos visitou e derrotou o Internacional, no estádio Olímpico por 2 a 1. Na segunda rodada da fase final, o Palmeiras favorito se isolaria na liderança em caso de vitória contra o Santos. No outro jogo, o Vasco venceu o Internacional, por 3 a 2, e ficou com dois pontos e saldo negativo de dois gols - na última rodada, enfrentaria o Santos no Maracanã. No Morumbi, o embate decisivo no clássico entre Santos e Palmeiras reservou uma grande partida por parte do alvinegro, O Santos dominou e mandou no jogo vencendo por 3 a 0 o Palmeiras.

Na última rodada do Quadrangular decisivo, todos os times tinham chances matemáticas de serem Campeões, desde que o Santos perdesse seu jogo, contra o Vasco. Na partida em Porto Alegre, o Internacional acabou vencendo o Palmeiras por 3 a 0, resultado que acabou assegurando o Vice-Campeonato aos gaúchos.

Na noite de 10 de dezembro, todas as atenções estavam voltadas a partida decisiva no Maracanã/RJ. Para este jogo, os santistas vieram concentrados e cientes, sabendo ser o grande favorito à conquista, já que com um simples empate já garantiria seu sexto título nacional na década, o Hexacampeonato Brasileiro. O Santos precisou apenas do primeiro tempo para liquidar o jogo e o título, com gols de Toninho e Pelé. O espetáculo do primeiro tempo foi suficiente, o Vasco até diminuiu mais o jogo, terminando 2 a 1 com o “Peixe” com o melhor ataque, Toninho Guerreiro artilheiro da Competição e o Santos FC Conquistando o Hexacampeonato Brasileiro no Maracanã/RJ

--

Este foi o primeiro texto da série que relembra os títulos do Campeonato Brasileiro (unificado) do Santos. O que achou? As duas publicações foram feitas pelo convidado Kadw Becerra, torcedor fanático do Santos, em parceria com o Acervo Histórico do Santos Futebol Clube. Gostaria de conversar mais sobre o tema com ele? Encontre-o pelo Facebook.

Acompanhe-nos:

C11 no Facebook
C11 no Twitter
C11 no Youtube
C11 no Google Plus
C11 no seu coração 
Compartilhar no Google Plus

Autor: Unknown

    comentar com Facebook