Dois mundos bem distintos

Lucca é um exemplo das atuações do Criciúma: Dentro de casa, ele brilha. Quando joga fora, some. Foto: Fernando Ribeiro/CriciúmaEC

O Criciúma foi muito bem em casa contra o Atlético, horrível contra o Coritiba fora e mais uma vez fez um ótimo jogo hoje contra o Santos. Essa diferença precisa ser diminuída para que o clube continue na série A, mas pelo menos é bom ter a garantia de que o time possa ser superior sobre qualquer um dentro casa.

Quando começou o jogo, os jogadores que vestiam a camisa amarela, preto e branco estavam muito mordidos, com vontade de ganhar, enquanto os santistas pareciam não saber onde estavam, levavam o jogo como um mero rachão. Porém, com esse vontade ganhar também vinha a pressão por resultados, que já era natural pela posição do time e aumentou ainda mais com a impaciência de boa parte da torcida, que resmungava a cada passe errado. Isso fazia com que os jogadores errassem passes fáceis. Essa situação aumentou ainda mais quando Bruno Lopes saiu na cara do goleiro e chutou muito mal, mostrando que ele ainda não está preparado para atuar como titular, embora ache que um gol dará a confiança necessária a ele.


No entanto, toda essa angústia e pressão acabaram quando Lucca cobrou muito bem o escanteio e Joílson apareceu na primeira trave (falha grave aqui em não ter nenhum santista pra ficar no primeiro pau) pra completar pro gol. Enquanto isso, os garotos da vila não conseguiam construir suas jogadas, com muitas viradas de jogo mal feitas, o que acontecia também pela boa marcação pressão feita pelo time do sul do país.
Com o passar do tempo, o Tricolor Predestinado continuava criando oportunidades e mais um gol saiu depois de outra bela cobrança de escanteio de Lucca e Rodrigo Souza apareceu no meio da área para fazer 2 a 0. Esse cenário continuou até o final do 1º tempo, com o Criciúma muito melhor e o Santos totalmente perdido.

Na segunda etapa, a tônica do jogo foi a mesma, com o time da vila sem saber o que fazer com a bola e o tigre quando a tinha era objetivo, rápido e efetivo. Sem muito desespero por fazer algo a mais, outro gol saiu em uma jogada muito bem trabalhada, com uma inversão de jogo sensacional feita pelo Rodrigo Souza, achando o Eduardo na direita, que avançou e chutou/cruzou, a bola foi no ângulo e Vladimir fez ótima defesa, porém o lance ainda estava vivo e Lucca apareceu na segunda trave completando para o gol e encerrando o placar da partida. Daí em diante, o Santos até anunciou alguma pressão, porém parou nas ótimas defesas do goleiro Bruno.

O que fica como análise desse jogo é que, quando o tigre joga em casa, com a torcida o apoiando muito e fazendo pressão no adversário e na arbitragem, o bom futebol aparece, aliado com uma marcação muito forte, sem dar espaços. Também percebe-se a gana e a vontade que os jogadores têm em ganhar. Contudo, quando sai dos seus domínios, a atuação não é a mesma, já que há uma preocupação excessiva em marcar e o time abdica da ofensividade, independente do esquema. 

Nos resta esperar agora que o equilíbrio mostrado nos jogos ocorridos no Heriberto Hulse aconteça sábado contra o Fluminense, e, se o Bahia conseguiu um bom resultado lá, nada é impossível. Mesmo sem Cléber Santana, suspenso, o tigre tem que saber aproveitar a tensão que ronda o time carioca. #VamosFicarTigre
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Autor: Unknown

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