Sem trocar de roupa


As únicas mudanças na camisa de jogo são as trocas de patrocínio. Foto: Fut Fanatics

Torcedor do Massa Bruta, você já percebeu que o Bragantino está jogando há 3 temporadas com o mesmo uniforme? É isso ai! Desde 2012, quando a Kanxa passou a fornecer o material esportivo do Braga, o clube não trocou o modelo da camisa. Já foram 3 Campeonatos Paulista, 2 Brasileiros da Série B e 2 Copas do Brasil disputados com a mesma camisa.


Nos quase 3 anos de contrato com a Kanxa, o Bragantino jogou, até o momento, 138 partidas. Durante o período, as únicas mudanças na linha de material esportivo do clube ocorreram nas camisas de goleiro e no uniforme de treino. A última aconteceu apenas esse ano, quando a camisa cinza foi substituída por uma azul clara. Vale dizer que só a camisa foi mudada, o calção continua o mesmo.

Eu queria entender porque em todo esse tempo a fornecedora de material esportivo não confeccionou outros modelos de camisa para o Bragantino. Afinal, as fornecedoras de material esportivo trocam os uniformes dos clubes anualmente. A própria Kanxa, por exemplo, faz isso com outros de seus patrocinados, como o Criciúma. Sem contar que a linha de uniformes do Massa Bruta não é das mais elegantes, é simples e com poucos detalhes.

Tentei pensar em motivos para a manutenção da camisa. A diretoria do Braga e a fornecedora poderiam alegar que o uniforme dá sorte, mas o time não conquistou um resultado expressivo com o uniforme. No máximo, um vice-campeonato do Interior, em seu ano de estréia.


Embora seja simples, essa camisa ai é muito bonita. Foto: Fut Fanatics

Em 2012, a Kanxa até tornou a produzir a camisa Carijó, invenção da empresa para o Bragantino, na década de 1990. No entanto, a mística camiseta da época dourada do Braga não foi usada em nenhum jogo do clube, contrariando a promessa da presidência do Leão.

A Champs forneceu uniformes para o Bragantino entre 2006 e 2011 e, além das tradicionais camisas de mandante e visitante, diversas vezes fabricou terceiros uniformes, como a maioria dos grandes clubes mundiais fazem. Até camisa em cor laranja o Braga já usou.

A venda de camisas e demais produtos oficiais é uma das práticas que geram renda aos clubes, porém, a diretoria do Braga parece não ligar para isso. Aliás, a Kanxa, que também ganharia uma grana com a venda de artefatos ligados ao Bragantino, demonstra também não se interessar pelo assunto. A marca Bragantino não vende tanto quanto a de outros clubes de maior expressão, mas ela não está sendo devidamente explorada. 

Uma das formas que o torcedor encontra para demonstrar o amor pelo seu clube é desfilar com a camisa do time que ama. Então, por que não explorar este fator? Uso esse texto para chamar a atenção sobre este fato que pode ser considerado pouco importante, mas que pode ajudar e muito o clube.

Última versão da camisa Carijó. Foto: Site Oficial do Bragantino

Quando se fala de uniformes, muito se comenta do embate "tradição X inovação" e, eu, como bom torcedor do Bragantino, gostaria de ver a tradição imperando na camisa do Braga, a tradição da camisa Carijó! A Champs mostrou que inovar pode ser bom com a confecção de belos uniformes, e a inovação pode ser explorada, no entanto, respeitem a tradição!

Dentro dos padrões atuais, com 3 camisas de jogo na linha de material esportivo, que tal um modelo predominantemente branco com detalhes pretos, um carijó e, um terceiro, onde a fornecedora poderia estar livre para inventar. Espaço para a tradição - que chama sorte - dos bons tempos do Braga e para a inovação atual. Fica a dica, Kanxa! Tratem melhor o Bragantino!

Enquanto as mudanças não ocorrem, leitor do C11, o Braga segue sem trocar de roupa! 
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Autor: Vitor Gavirati

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