Salve, campeões goianos.
O que foi esse jogo!? Antes de qualquer coisa, se me permitem, gostaria de fazer um pequeno desabafo. Durante esse campeonato o torcedor do Dragão escutou muita besteira, tanto da mídia quanto das outras torcidas. Falaram que nosso time não tinha chegada, que era cavalo paraguaio, disseram que o campeonato já estava decidido desde o início e que o Goiás atropelaria todos os adversários. Até o presidente do tal clube verde (e vice) disse que a gente não passaria nem pela Anapolina na semifinal. Para cada um que duvidou, menosprezou, subestimou eu faço apenas um pedido: RESPEITE AS CORES, PORRA!
“Meu Atlético tem a mania de dar alegria pro meu coração”
O único problema é que o Atlético também tem a mania de quase me matar do coração. Que jogo sofrido, dramático, há tempos que o rubro-negro não era campeão do Goianão de forma tão emocionante. Que roteiro mais cruel, mas como a felicidade verdadeira só vem depois de muito sofrimento, podemos dizer que o torcedor do Dragão está plenamente feliz.
A história do jogo
Ontem (13) o Dragão Campineiro enfrentou, no Serra Dourada, o Goiás no segundo jogo da decisão do Goianão 2014, só a vitória daria o título ao rubro-negro. Durante todo o primeiro tempo nosso time foi com tudo para cima, só que não conseguia criar boas condições para finalizar. E o pior é que perdíamos muitas jogadas de maneira infantil, cedendo assim contra- ataques para os Verdes, quase todos perigosos.
Entretanto, foi no segundo tempo que os deuses do futebol resolveram despejar, com vontade, drama no jogo. Aos 8 minutos da etapa complementar, Artur tocou a bola com a mão dentro da área, pênalti para o Goiás. Araújo foi para cobrança, mas ele não contava que naquele momento surgiria o primeiro herói do dia. O goleiro Márcio defendeu a cobrança de forma mítica. A torcida foi à loucura “... é o melhor goleiro do Brasil, Márcio”.
Aos 18 minutos apareceu o principal candidato a vilão, o bandeirinha Marco Antônio Moreira. Juninho recebeu ótimo passe pela esquerda, invadiu a área e bateu cruzado estufando as redes de Renan, mas o auxiliar, sabe-se lá por que, resolveu dar impedimento do atacante rubro-negro. Vaias e xingamentos.
Aos 43’, quando o Dragão já tinha adotado a famosa tática “todo mundo para o ataque”, Pedro Bambu cruzou uma bola pela direita, Diogo Campos se apresentou para o papel de segundo herói, foi no terceiro andar e testou com força, o destino resolveu que não seria assim e a bola explodiu no travessão. Desespero.
Depois disso a torcida do Goiás fez festa no Serra Dourada, os afoitos começaram a cantar “tricampeão, tricampeão”, mas a história está aqui para nos contar que o grito dessa final não seria esse. Escanteio para o Dragão aos 48, último minuto de jogo, até o goleiro Márcio foi para a área tentar o cabeceio. Finalmente o segundo herói da decisão se apresentou para a plateia atleticana, o zagueiro Lino alçou voo e cabeceou a redonda no cantinho esquerdo de Renan. Explodiu a parte mais bonita do Serra, o Dragão foi campeão, sofrido, na raça, como tinha que ser. “Ôoo, o campeão voltou, o campeão voltou, o campeão voltou!” Essa música soou muito mais agradável.
Foi isso, conquistamos nosso décimo terceiro título de campeão goiano, e eu só consigo terminar esse texto dizendo a mesma coisa que escrevi no início, “o que foi jogo esse jogo”!?
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