Por que times grandes não jogam em Itápolis?

Vista aérea do Estádio dos Amaros, localizado em Itápolis.
Todo torcedor gosta de ver de perto seu time do coração. Por isso, uma pergunta é feita pelos amantes de futebol que moram em Itápolis e, principalmente, pelos torcedores do Oeste: por que os grandes times não jogam em Itápolis?

Um dos maiores sonhos dos itapolitanos fanáticos por futebol era ver o Oeste na primeira divisão do Campeonato Paulista e disputando o Campeonato Brasileiro e, assim, poderem acompanhar jogos de clubes como Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos em Itápolis. Mas não tem sido assim. Aliás, em 2014 nem os times "menores" têm jogado aqui.

Desde que o Oeste chegou à elite do Paulistão, apenas em cinco oportunidades os grandes clubes de São Paulo jogaram nos Amaros, estádio usado pelo Rubrão: o Palmeiras, em 2004, num amistoso, e em 2009 e 2011 pelo Campeonato Paulista, e o Santos em 2004 e 2011 também pelo Paulistão.  Corinthians e São Paulo jamais visitaram a Cidade das Pedras.

Uma das explicações tem como base as limitações do Estádio dos Amaros, que frequentemente está interditado e com problemas. Por que então não fazem as adequações necessárias no Estádio? Aliás, estádios pequenos como o do Linense e do Noroeste já receberam (e recebem frequentemente) grandes times. Podemos citar também o acanhado estádio do Luverdense, que abrigou jogo contra o Corinthians na Copa do Brasil 2013. Sem dúvida, colocar a culpa no tamanho e na estrutura do Estádio é uma "desculpa esfarrapada". Se o Estádio, por menor que seja, estiver "em dia", tem condições de abrigar qualquer partida do Paulistão.

Mas as explicações mais convincentes para entendermos o porquê dos times grandes não jogarem aqui residem na "política" e nos "negócios". Cito a política porque a diretoria do Oeste e o Prefeito de Itápolis vivem em "pé de guerra", o que dificulta a utilização do Estádio, que é Municipal. E cito os "negócios" porque talvez seja mais "lucrativo" para o Oeste jogar contra Corinthians e São Paulo, por exemplo, em cidades como São José do Rio Preto, Presidente Prudente ou até Araraquara.

Enfim, uma coisa é fato: o torcedor itapolitano não tem sido tratado com prioridade. Qualquer motivação parece mais importante do que nossa torcida. Aliás, o fato de o Oeste não ter o fator-casa ao seu favor para enfrentar os "grandes" do futebol talvez explique também o fato de o Rubrão jamais ter vencido um time grandes em partidas oficiais.

Assim, o torcedor do Rubrão fica com as seguintes opções: viaja quilômetros para ver o time jogar, vê pela televisão ou acompanha as bairristas transmissões feitas pelas rádios itapolitanas.
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Autor: Renan Gouvea

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