Começo este meu texto parafraseando o poeta Raul Seixas "Eu perdi o meu medo da chuva, pois a chuva voltando pra terra traz coisas do ar!", afinal de contas a precipitação pluvial sempre foi sinônimo de limpeza, renovação e purificação para várias culturas.
A chuva não lava somente o corpo, mas também a alma. E assim o foi na noite de ontem, onde sob uma tempestade torrencial 2.800 testemunhas oculares tiveram o prazer de, junto com a Nossa Associação, escreverem mais um capítulo na história deste clube.
E por falar em lavar a alma, acredito que os bravos torcedores que se fizeram presentes no Índio Condá, viram um filme passar diante de seus olhos. E como não lembrar de todas as dificuldades enfrentadas nestes últimos 10 anos, do quase fechamento do clube à histórica participação em uma competição internacional, dos anos sem competição alguma para figurar entre as 20 melhores equipes do país e agora quiçá da América do Sul.
Apesar de jogar com um time praticamente todo reserva, a Chapecoense conseguiu impor seu ritmo de jogo e entrou em campo determinada a vencer a partida. Já a Ponte Preta, também com time reserva, jogava por uma bola.
Devido a chuva, tivemos um primeiro tempo de poucas oportunidades e bastante dificuldades para tocar a bola e chegar ao gol adversário. Roger teve as melhores chances do primeiro tempo, primeiro em um chute e depois em um desvio de cabeça que acertou a trave, mas no minuto final da etapa inicial, o juiz assinalou penalti sobre o centroavante. O próprio Roger assumiu a responsabilidade e chutou a bola no alto, com força para espantar de vez a má fase que o perseguia.
Para o segundo tempo a chuva continuou e a drenagem do Índio Condá trabalhava incessantemente para eliminar a água. O adversário entrou com alterações que deram trabalho no começo da etapa complementar, com Silvio praticando uma grande defesa.
Então Eutrópio colocou Tiago Luis no lugar de Wagner e logo em seguida o mesmo recebeu um cruzamento na área, dominou a bola no peito e chutou no cantinho do gol. Algum tempo depois foi a vez de Bruno Silva desviar de cabeça o cruzamento de Maranhão e encobrir o goleiro adversário.
Era o gol que decretava a classificação para a fase internacional da competição, a primeira que a Chapecoense disputará de muitas que ainda teremos o prazer de acompanhar. Enfim, a América conhecerá este pequeno clube do Oeste de Santa Catarina, que tem conquistado grandes feitos nestes últimos anos, com humildade e determinação.
Ainda inebriados pela conquista aguardamos nosso próximo adversário, mas sem esquecer do compromisso de domingo diante do "todo poderoso" Corinthians. Sempre é possível vencer um adversário melhor colocado na tabela e temos provado isso em várias circunstâncias, agora é a vez deste gigante tombar flechado no solo sagrado de Condá e ser devorado pela tribo que veste verde e branco.
Que o Espírito de Condá esteja conosco!
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Alma Chapecoense
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