O mais difícil foi amarrar as chuteiras

Mano, aponta para quem destruiu seu time (Foto: Site Oficial do Santos FC)

Quem foi ao estádio Urbano Caldeira na noite de quarta feira não sabia o que estava por vir. Aliás, nem quem ficou em casa imaginava esse massacre, esse estupro. Um jogo indescritível, goleada histórica, atuação monstruosa do Arouca cujo esse rapaz que vos fala tanto critica desde a conquista da Libertadores. 5x1 fora o grito de olé, o baile e os ameaços.




Finalmente. Finalmente vemos a característica que o Oswaldo quis impor. Finalmente Thiago Ribeiro jogou em 2014. Finalmente Arouca voltou a mostrar o futebol que nos encantou em 2010. E que futebol do Arouca. Que futebol apresentado pelo Santos. E de quebra ainda veio a liderança do grupo C do Paulistão.

Foi um vareio. Um baile. Só um time entrou em campo. Onde tudo deu certo. Tão certo que o Leandrinho entrou e nem precisou de seu atendimento médico que virou ritual em jogos do Santos. A superioridade do Santos foi do primeiro ao último minuto, muito diferente dos dois últimos jogos. "Quando tá valendo, tá valendo", certo?

Oswaldo, ainda sem sua principal contratação e agora oficialmente sem o jogador que tentava construir um time ao redor, montou o Santos com: Aranha; Cicinho, Neto, Gustavo Henrique, Mena; Arouca (deus, lindo, Pelé com tranças), Alan Santos, Cícero; Geuvânio, Thiago Ribeiro, Gabriel. Mano respondeu com Valter; Diego Macedo, Gil, Paulo André, Uendel; Ralf, Guilherme, Rodriguinho, Danilo, Romarinho; Guerrero. E foi nesse time bagunçado e lento do Corinthians em que o Santos ganhou o jogo. Santos conseguiu impor seu estilo de jogo com toques de bola e apoio constante de Cicinho e Mena (Bruno Peres improvisado na lateral esquerda no segundo tempo) a Thiago Ribeiro e Geuvânio. Gabigol se movimentou demais, fez um inferninho na zaga adversária e Arouca e Cícero fizeram partidas impecáveis. Isso combinado com a segurança de sempre de Aranha e com Neto e Gustavo sólidos lá atrás fizeram com que o Santos fizesse a melhor partida em muitos anos.

Foi assim que o twitter do Santos iniciou a manhã de quinta feira (Foto: Reprodução) 

O Santos foi tranquilo desde o primeiro minuto, tão tranquilo que não sei como demorou 14 minutos para abrir o placar. E veio com um cara que merecia demais. Talvez o mais criticado desse time que começou, Arouca começou a escrever a história da maior atuação de sua carreira. Não bastando ter feito seu 3º gol em 4 anos com a camisa do Santos, Arouca foi e 8 minutos depois colocou Gabigol sozinho na cara do gol para cabecear, estufar a rede, chutar a bandeirinha e ainda dançar o Lepo Lepo. Mas como é o Santos, tinha que ter aquele sustinho. Na saída de bola, uns dois toques depois e: gol do Guilherme. Aí eu parei, olhei para o meu pai e falei: "Fodeu". E o Santos não deu mais nenhum ataque até o final do primeiro tempo.

Beleza, ganhando no intervalo, aí na volta: Mena, que fazia talvez a melhor partida pelo Santos, fica no vestiário e Bruno Peres vai improvisado na lateral esquerda. Daí parei de novo, olhei para o meu pai e de novo falei: "Fodeu". Mas era a noite do Santos, a noite de Arouca. O camisa 5 iniciou contra ataque da própria intermediária, tocou para Bruno Peres que lançou para Gabigol devolver a bola para o lateral vesgo, mas ela passaria por Bruno e sobraria em Thiago Ribeiro que devolveria a tranquilidade para mim e para o Santos, mas principalmente para mim. Agora com 3x1 no placar, claro que o Santos recuaria e utilizaria toda a velocidade que tem para fazer mais um e matar o jogo de vez. E o 4º, ele veio. Geuvânio engatou a quinta marcha, deu uma meia lua espetacular no Ralf e achou Bruno Peres, sim, para bater firme de canhota e fazer o seu. Sim, Santos 4x1. Isso com mais 25 minutos para serem jogados. E 25 minutos de "olé" a plenos pulmões de pouco mais de 7.000 torcedores na Vila famosa. E ainda teve tempo para mais. Thiago passou fácil fácil por Guilherme e tocou no canto direito de Valter para fazer o 5º e fechar de vez o caixão corinthiano. Ainda tinha tempo para mais 2, mas ficou só no olé.

E acabou assim. 5x1 com aquele sentimento de que podia ter sido 8 ou 9. Jogo serviu para mostrar que com todas as suas limitações individuais, o alvinegro pode ainda fazer um ano forte com essa proposta de jogo e seu futebol jogado em conjunto.

Agora o Santos enfrenta o Botafogo no sábado de novo na Vila Belmiro e tem esperanças de que Damião possa finalmente estrear. Rildo e Lucas Lima talvez possam ser novidades para a partida.

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Autor: Unknown

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