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Neuer segurou o forte ataque francês. (Fonte: AP.) |
França e Alemanha fizeram o um jogão de quartas de final, na Copa de 2014, no novo Maracanã. A favorita era a seleção alemã, que vem jogando um ótimo futebol nos últimos 4 ou 5 anos, já no lado francês, as expectativas da torcida e até dos jogadores era de chegar até as quartas. De qualquer forma, a Copa mostrou que a França tinha capacidade de ir mais longe, inclusive na partida derradeira de sua participação.
Sabendo que seria um grande jogo, todos esperamos ansiosamente para ver o que iria acontecer. O técnico dos franceses, lançou o time com uma modificação importante no setor ofensivo, saiu Giroud e entrou o rápido e jovem Griezmann. Além disso, ouve a manutenção do jovem com potencial de craque, mas muito oscilante ainda, Pogba, o herói da classificação das oitavas.
O jogo começou e logo mostrou tudo que esperávamos, marcação fechada de ambos os lados, com uma organização alemã chamando atenção, enquanto no lado francês, a velocidade e objetividade com a bola traziam perigo à meta de Neuer. Porém, aos 13 minutos da primeira etapa, em cobrança de falta, o monstro Hummels subiu empurrando Varane, e cabeceou para o fundo do gol.
Para um time que estava melhor do que o seu adversário, que é superior tecnicamente, era óbvio que aquele gol seria um banho de água fria nas pretensões da França de chegar as semi-finais. Nos momentos que sucederam o gol alemão, a França mostrou a mesma apatia que na partida contra o Equador, e que em momentos da partida contra a Nigéria.
O jogo foi de muita marcação, lá e cá, mas mesmo com as modificações, a França não teve forças para furar a defesa absolutamente monstruosa da equipe alemã. Quando os franceses iam ao ataque, se deparavam com Khedira, Schweinsteiger, Lahm, Hummels, Boateng, Howedes e por fim o paredão Neuer. Nas jogadas que Hummels não cortava o perigo, Neuer fazia defesas complicadas parecerem coisa de criança.
A seleção francesa pressionou, forçou, tentou, mas não conseguiu vencer a barreira imposta pela seleção alemã, em um dia defensivamente inspirado. Alguns jogadores da França, ainda muito jovens, oscilaram muito dentro da competição e até dentro do jogo, incluindo nestes Pogba e Griezmann.
De qualquer forma, para uma seleção que acreditava que haviam ao menos dez seleções melhores que a sua, ficar entre as oito melhores já foi um grande feito. A França se prepara agora, para trazer em 2018, uma seleção mais pronta para jogos decisivos, mais ligada, mais experiente, até porque é de derrotas até certo ponto injustas como a de hoje, que se cria campeões.
O sonho era possível, mas infelizmente acabou, não só por causa do gol de bola parada sofrido no início, mas também pela inexperiência e oscilação dos seus principais jogadores. A França continua forte como sempre, e com certeza vai voltar ainda melhor na próxima Copa, com um Pogba menos oscilante e um Griezmann mais ligado no jogo, para quem sabe, alçar vôos mais altos e sonhar com o título mundial novamente.
A escalação da França na partida contra a Alemanha foi: Hugo Llorris, Debuchy, Varane, Sakho (Koscielny) e Evra; Cabaye (Rémy), Paul Pogba e Blaise Matuidi; Valbuena (Giroud), Griezmann e Karim Benzema.
Pontos positivos:
A seleção francesa mostrou uma força que muitos não acreditavam que tinha, com muita movimentação e objetividade. A França pressionou e chegou a jogar melhor que a Alemanha em vários momentos do jogo. Quando se lançou para o ataque, mostrou diversas boas opções de jogadores que vinham de trás. Força, Velocidade e Objetividade, são as principais características ou pontos positivos que o time francês apresentou, não só no jogo, como na Copa toda.
Pontos negativos:
O principal problema da seleção francesa foi a oscilação de jogadores importantes, nos principais momentos do jogo. Faltou um jogador mais sanguíneo, que chamasse a responsabilidade e gritasse pro time religar, principalmente após o gol. Pogba e Griezmann, talvez por sua juventude e inexperiência, oscilaram demais durante toda a Copa. Quando estavam bem nas partidas e ligados, os dois jogadores faziam a França inteira jogar melhor, mas infelizmente no principal jogo, contra a Alemanha, os dois garotos tremeram, o que é plenamente compreensível, mas acabou fazendo falta a capacidade técnica dos dois na atuação de superação dos Les Bleus.
Notas:
Lloris - Partida segura do goleiro francês, fez ótimas defesas durante o jogo. Nota: 7,5
Debuchy - Foi razoável no apoio e consistente na marcação. Podia ousar mais e melhorar seus cruzamentos. Nota: 6,0
Varane - Seguro como sempre. Foi empurrado no lance do gol da Alemanha. Nota: 6,5
Sakho - Fez um jogo muito inseguro, errando muitos passes bobos. Nota: 5
Evra - Fraco na marcação, mas foi muito bem no apoio. Melhor atuação do interminável lateral francês. Nota: 7
Cabaye - Foi apenas regular na partida. Nota: 6,0
Pogba - Muito diferente do Pogba da última partida, sentiu muito a desvantagem no placar. Errou lances bobos, se mostrou apático e por vezes até desinteressado na partida. Nota: 5,0
Matuidi - Foi o melhor jogador da França na partida, monstro na marcação e se apresentou muito bem no ataque. Nota: 8,0
Valbuena - Tentou criar, acompanhar os laterais, mas foi um desastre na finalização. Nota: 5,5
Benzema - Fez ótimas tabelas e quase marcou, merecia o gol pelo o que fez. Nota: 7,0
Griezmann - Oscilou muito na partida, tendo momentos muito bons e outros muito fracos. Algumas vezes é apático durante a partida, lembrando o Alexandre Pato. Nota: 6,0
Koscielny - Entrou após um erro de Sakho e não contribuiu muito. Nota: 5,0
Rémy - Entrou e deu boa opção de velocidade pelo lado direito, mas sem muita efetividade. Nota: 6,0
Giroud - Entrou, não conseguiu dominar algumas bolas e acabou não tendo tempo para ser relevante na partida. SEM NOTA
Giroud - Entrou, não conseguiu dominar algumas bolas e acabou não tendo tempo para ser relevante na partida. SEM NOTA
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