Palmeiras goleia Guarani e faz a quina

O Palmeiras goleou o rebaixado Guarani numa tarde fria no Pacaembu, pela penúltima rodada do Paulistão, e chegou à sua quinta vitória consecutiva: três pelo Estadual e duas pela Libertadores. O objetivo agora é terminar no G4.

Foto: Fernando Borges / Terra

Não dava pra jogar com o mesmo espírito da Libertadores. Não por não ser o mesmo time do jogo de quinta contra o Libertad, porque o elenco inteiro está fechado e qualquer um que jogar vai jogar com a mesma raça, vontade e determinação. Mas sim porque o adversário não apresentava um grande teste para o Palmeiras, até porque entrou em campo já rebaixado (inclusive chupa!).

Mesmo assim, o time conseguiu apresentar um espírito. Um espírito guerreiro, brigador. Um time de Gilson Kleina que se consolida a cada jogo como roubador de bolas e que marca a saída do adversário, recuperando a posse com muita facilidade (no caso de hoje).

O primeiro gol saiu aos 11 minutos. E marcou o gol um dos jogadores que não poderá ser inscrito na próxima fase da Libertadores, apesar da tentativa da diretoria: Léo Gago, que já havia sido inscrito pelo Grêmio. O outro é Leandro, que não jogou hoje por estar suspenso. Tiago Real foi o autor do passe na chegada pela esquerda, setor frágil do Guarani, por onde Vinícius estava deitando e rolando.

Aos 29, Souza cruzou e Vilson, livre na área, cabeceou bem e o Renan Mão-de-Alface, ex-Corinthians, confirmou o apelido e praticamente espalmou a bola para dentro. Foi o terceiro gol de Vilson pelo Palmeiras, o terceiro de cabeça.

No segundo tempo a equipe claramente diminuiu o ritmo, administrando e levando o jogo na boa. Ayrton, machucado, deu lugar à Weldinho, e Denoni saiu para a entrada de Rondinelly. Estava tudo tranquilo, até que aos 27, numa grande falha da defesa, o Guarani deu seu primeiro chute pro gol e marcou. Uma piada. O jogo mudou totalmente de figura. Conseguimos levar pressão de um time já rebaixado. O que aconteceu dali até os 42 minutos pode ser esquecido.

Kleina tirou Souza e colocou Charles aos 34. E a alteração surtiu efeito. Rondinelly, sonolento e preguiçoso em campo (não me animou nem um pouco em seu primeiro jogo que eu assisto), rolou para o responsável pela explosão no Pacaembu na quinta chutar cruzado e matar definitivamente o jogo. Eu já não posso mais critíca-lo. Virou peça fundamental. Parece que aprendeu a chutar. Mas levou cartão amarelo e ficou suspenso para o difícil jogo da última rodada contra o Ituano, fora de casa. Difícil porque a equipe de Itu luta contra o rebaixamento. Mas Charles volta no mata-mata.

Ainda deu tempo de, aos 46, Vinícius, do meio campo, dar um passe sensacional de costas para Ronny, que carregou até a área e bateu cruzado. Final: 4 a 1.

Resta-nos te agradecer, Mirassol. Você devolveu o nosso Palmeiras!
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Autor: Kaique Pedaes

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