O colombiano Pablo Armero foi apresentado na última semana como novo jogador do Flamengo. Ídolo na Colômbia, onde tem sido presença certa na Seleção, Armero chega ao Brasil para a sua segunda passagem em território tupiniquim. O lateral-esquerdo teve passagem regular pelo Palmeiras entre 2009 e 2010, onde trabalhou com Varderlei Luxemburgo, atual técnico do Flamengo.
Apesar de possuir um currículo invejável, com passagens por Napoli, Udinese e Milan, Armero não vive boa fase há muito tempo. Arrisco-me a dizer que ele jamais viveu dias de glória como lateral. Para não ser injusto, Armero teve uma grande temporada, porém como meia, como um ala que cobria a segunda linha de uma Udinese muito competitiva. O jogador era protegido, rendia.
Após fiascos seguidos na Europa, Armero chega como solução no Flamengo (Foto: Corriere dello Sport) |
Como lateral, papel que chega para executar em um Flamengo instável, que alterna entre boas e péssimas atuações, Armero precisará ser um pouco daquilo que consegue ser na Seleção de seu país. Ao vestir amarelo, azul e vermelho, Armero transforma-se em um jogador interessante. Claro, assim como na Udinese em sua temporada de ouro, Armero tem na Colômbia um esquema de jogo que ajuda-o. Os volantes colombianos conseguem cobrir com perfeição as subidas do lateral. E o Flamengo, pergunto, está pronto para adaptar-se ao colombiano? Mudar todo um trabalho de construção de time para dar suporte ao Armero é realmente a melhor opção?
A chegada de Pablo Armero ao Flamengo é mais uma mostra de que não interessa a fase do jogador, no Brasil, sempre há espaço para aquele que, um dia, foi bom. Sempre existe a esperança desse cara voltar a ser o que era, algo que quase nunca dá certo. Sinceramente, apesar de questionar bastante a fase do lateral-esquerdo e a sua própria vocação para ostentar uma lateral, entendo a contratação por parte do Flamengo, principalmente quando lembro ser de Anderson Pico a camisa número 6 da Gávea. O Campeonato Brasileiro bate a porta e depender de Anderson Pico é realmente falhar em termos de planejamento.
Se for protegido e estiver a fim de jogo, Armero pode ser útil ao Flamengo como tem sido quando defende seu país. Se jogar exposto como em West Ham e Milan, fracassos recentes, a passagem do colombiano no Rio de Janeiro tende a ser apenas mais um fiasco. E convenhamos, tudo que Armero não precisa no momento é mais fracasso em sua carreira. A coleção só aumentará.
No entanto, se servir de consolo ao jogador, sempre haverá uma porta aberta no Brasil, que não liga para nada além de nomes famosos ou caricatos. É só dançar, Armero! Jogar? Não precisa!
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