Nas últimas semanas, iniciamos uma série sobre os fundamentos táticos de nosso esporte bretão, em busca de uma maior compreensão de nossos leitores e amigos. Falamos sobre o dilema função x posição, os pontos negativos e positivos dos esquemas com três zagueiros, falamos do 4-2-3-1 - que se tornou o esquema da moda-, sobre combinação tática e juventude, além de mostrar a evolução tática do futebol nacional no quesito compactação.
Hoje, traremos ideias, sugestões para os professores elevarem ainda mais o nível do futebol brasileiro, tendo em vista o que é praticado na Europa, que hoje é o grande pólo do futebol mundial.
Marcação pressão: Na Europa, é muito usual a pressão alta, como gostam de falar por lá. Os times saem pressionando lá em cima, para tomar a bola com rapidez e perto da meta adversária. No Brasil, o Cruzeiro usa muito isso com Goulart e Moreno pressionando junto a Everton e Willian, deixando mais curto o caminho do gol. Outros times podem/devem aderir, pois é um caminho muito interessante.
Reprodução: Premier | Cinco jogadores do Cruzeiro pressionando a saída do Inter, que tem oito em sem próprio campo. |
Paciência a procura de espaço: Como romper uma defesa fechada? Quase sempre é com paciência e troca de passes. O que muitas vezes se mostra em falta no Brasileirão: rodar a bola, tocar e procurar o espaço para invadir a área adversária. Chutar aleatoriamente ou ficar chuveirando a bola na área nem sempre é a solução.
Compactação: Como dissemos no último post, o futebol brasileiro está mais compacto. Os times estão mais inteligentes taticamente e estão fechando melhor os espaços. Porém, mesmo assim, muitos times ainda apresentam buracos defensivos. Convites a goleadas.
Reprodução: Premier | As duas linhas de quatro do São Paulo fechando os espaços na tentativa ofensiva do Cruzeiro. |
Intensidade: A polêmica declaração de Muricy - falando do calendário e que o futebol brasileiro, por conta disso, não era intenso - faz sentido. Mas, mesmo com esse fator, o jogo é mais intenso, mais corrido. Claro que o calendário que amontoa jogos atrapalha, porém os times têm conseguido remediar e atribuir essa intensidade ao jogo, porém, por outro lado, têm perdido jogadores por lesão.
Qualidade na troca de passes: Com o perdão da redundância, o passe é o fundamento mais fundamental do futebol. Se um time erra uma seqüência de passes, não tem jogo. Não tem fluidez e nem organização que suporte. Um bom passe é o caminho para uma boa jogada. Telê, com razão, sempre foi muito preocupado com isso.
Estatísticas: Footstats | Com exceção do Flamengo, os times que mais acertam passes estão na briga pela parte de cima da tabela. Dos que mais erram, três brigam para não cair. |
O detalhe tem se tornado cada vez mais fundamental. Os tópicos acima são para refletirmos e concluirmos: o que está faltando para elevar o nível de nosso futebol? Cabe a nossos “professores” implantarem técnicas que construam um futebol mais bonito, organizado e vencedor. Só assim, poderemos ser chamados de país do Futebol.
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