A busca pelo capitão de 2015

Reprodução lancenet.com.br

2015 está logo aí e provavelmente Rogério Ceni não estará mais atuando como jogador profissional. Tudo tem um fim e infelizmente a carreira do M1TO deve se encerrar após a temporada atual – apesar dos rumores de estender por mais um tempo, no mínimo até o final da Libertadores do ano que vem. A questão que fica é: e a faixa? Depois de tanto tempo sendo o capitão e referência do São Paulo, quem deve assumir essa condição?

Sabendo disso, Muricy e Rogério deram início a um pequeno rodízio de capitães durante alguns jogos. O primeiro a fazer parte desse processo foi Kaká, que em seu retorno ao Morumbi, usou a braçadeira e liderou o time contra o Vitória. Apesar disso, o camisa 8 também não deve ficar no time e deve ser peça desconsiderada para a nova hierarquia.

Outro jogador a receber a honra foi Álvaro Pereira. O uruguaio é um exemplo de raça, isso é inegável. A prova disso foi na partida contra o Huachipato, em que o lateral havia acabado de chegar do Oriente Médio, após amistoso com a seleção do Uruguai e não só se apresentou para a partida no Chile, como também foi escalado como titular e devido ao esforço, o jogador foi visto como exemplo a ser seguido e foi o capitão daquela partida.

Apesar disso, o lateral que no início despontou como um candidato a ídolo devido à sua vontade, se encontra agora como um jogador que divide opiniões. Enquanto alguns ainda o consideram um bom titular,  outros acham que o “Palito”, como é chamado é titular apenas pelos seus parafusos a menos. Todas essas características o tornam como uma escolha questionável.

Já no segundo turno contra o mesmo Vitória, foi a vez de Edson Silva viver seu dia de Rogério Ceni. Naquele dia, o zagueiro que se estabeleceu como um dos melhores do campeonato, teve uma boa atuação e foi um bom capitão, o que lhe torna como uma das possíveis escolhas acertadas.

O que pode atrapalhar seria uma incerteza sobre sua capacidade. Seria o Edsão de 2014 o verdadeiro zagueiro que o São Paulo contratou, aquele que seria a resolução dos nossos problemas defensivos até o fim dos tempos (ok, nem tanto) ou isso tudo seria apenas uma boa fase e logo mais, o camisa 21 voltaria a ser aquele pífio zagueiro dos anos anteriores? Caso mantenha a regularidade, a faixa teria um bom dono no cabeçudo.

Denilson foi mais um a passar pelo rodízio. Depois de um 2012 excelente, em que junto com Wellington formou uma das melhores duplas do país, um 2013 ridiculamente abaixo do ano anterior, o que quase o descartou para a temporada atual, hoje em dia ele é um dos pilares do meio do Tricolor. Contra o Emelec na Colômbia, o São Paulo saiu de campo derrotado, mas ainda sim classificado e o camisa 15 foi o dono da braçadeira.

Seu caso é semelhante ao de Edson. Conseguiria o volante manter o nível no ano que vem? Se sim, também pode ser considerado para a vaga, afinal, Denilson foi revelado pelo São Paulo e já está no time faz um bom tempo, além da vontade com que joga em campo. Outro problema porém, seria o excessivo número de cartões, tanto amarelos quanto vermelhos.

Olhando para um dos mais experientes do time, que recentemente reassumiu a condição de titular, Luis Fabiano não participou do rodízio, é verdade. Mas o artilheiro não pode ser descartado, pois conta com uma experiência que pode ser essencial ao time, além de ter sido o capitão do time no ano em que Rogério se machucou.

Mas se existe um fator que pode impedi-lo de assumir o posto, é ele mesmo. O fator psicológico sempre foi o maior problema da carreira do camisa 9 e com isso, ele passaria longe de ser um exemplo a ser seguido. Mas, dado que o time teve um bom rendimento em 2012, quando assumiu a posição, o Fabuloso não pode ser descartado.

Por fim, falarei daquela que seria a minha escolha. Paulo Henrique Ganso foi o dono da faixa contra o Criciúma, no duelo segundo turno do Brasileirão em Santa Catarina. Naquele jogo, o São Paulo venceu por 2 a 1.

O camisa 10 é uma escolha que não possui muitos contras. Ganso é um jogador muito acima da média brasileira, com um pensamento muito além dos jogadores tupiniquins. A instabilidade de outrora, não é mais a mesma e ele tem acumulado bons jogos em sequência. O maestro também não se envolveu em muitos problemas desde que chegou e em seus dois anos no Morumbi já conquistou o respeito de praticamente toda a torcida, que não duvida de seu talento.

Os contras, porém, seriam a possibilidade de a qualquer hora um time da Europa ou do Oriente Médio fazer uma proposta milionária e levar o ex-santista. Também pode ser citado o quão jovem é o jogador, que tem 25 anos – sim, já é o suficiente para ter uma experiência, mas conseguiria ele aguentar a pressão de ser o líder do maior time do Brasil?


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Autor: Allan Jones

Projeto de hipster que vive negando o rótulo. Viciado em música boa e em esportes de qualidade. Atleti desde 2008 (chupem modinhas), Chelsea, 49ers, Celtics e claro, o São Paulo, o que interessa no final das contas. Escritor do C11 e do Britfoot.
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