Rogério Ceni - Relembrando os sucessos de uma trajetória #5

O mito já estava se consolidando no cenário nacional. Já conquistou títulos, já fez seus gols, já virou titular e nas horas vagas salvava o Tricolor da derrota. Depois de um texto mais voltado ao time, o de hoje falará de um momento que pode não ser tão importante na carreira, afinal esse foi outro de seus um de seus gols que ultrapassam a marca centenária, certo? Bom, esse foi numa final, do glorioso Paulistão de 2000. É hora de falar do gol mais bonito da carreira de Rogério Ceni, num clássico, num Sansão.


2000 - São Paulo 2x2 Santos – o gol sanguinário


O décimo sexto gol do goleiro artilheiro. Os outros 15 foram importantes de todo jeito, afinal levaram nosso herói até o momento de hoje. Mas o de hoje, com certeza tem um carinho especial do guarda-redes do Soberano. Não basta ter sido apenas um golaço (aliás, levanto aqui a questão: existe gol de falta feio?), foi numa final, onde Rogério começaria a desenvolver sua história de protagonista, de “clutch”, o termo dos esportes americanos para jogador decisivo.

O campeonato paulista de 2000 foi aquele mesmo esquema de sempre. Várias fases, times menores entrando, times maiores entrando e os quatro grandes do estado fazendo as semifinais. De um lado o São Paulo, de Rogério, Belletti, Raí, Maldonado e o matador França enfrentava o Corinthians, recentemente campeão mundial (aham, claro) de Marcelinho Carioca, Dida e companhia. Mas não tivemos grandes problemas, com duas vitórias no confronto, o Tricolor estava na final.

Do outro lado, o Santos não teve tanta facilidade contra o Palmeiras. O Verdão precisava de dois empates pra se classificar e o primeiro jogo terminando 0 a 0 pareceu que facilitaria as coisas para o alviverde. Que pareceram mais fáceis ainda, quando o 2 a 0 foi aberto no placar. Porém é futebol e o Santos conseguiu virar, com um gol aos 45 do segundo tempo, contando com sorte de campeão diriam uns. Não sabiam do final da história, obviamente.

O primeiro jogo da final foi decidido logo no primeiro minuto do jogo, graças a ele, sempre ele, França, com mais um gol em decisões. Porém, ele foi desfalque para a final, sendo substituído por Evair na partida derradeira.

E o time da Vila abriu o placar, com Dodô, num grande momento Lei do Ex. Porém eis que o grande momento veio.

A falta era de longe, principalmente se compararmos de onde ele usualmente arrisca as suas cobranças, mas era hora de arriscar algo, afinal, estávamos perdendo em casa e vendo a taça se distanciar. Então, ele bateu dali mesmo, de uma distância muito grande. A bola viajou, cumprimentou o travessão, pingou dentro do gol e morreu lá dentro. Um golaço, um gol de especialista. Um gol de mito. Um gol de sanguinário, como disse Éder Luis na narração do gol abaixo.


Aquele seria um grande momento para a história do campeonato, do jogador e do goleiro. Mas ainda tinha jogo pela frente. De pênalti, Rincón, recém-chegado do Corinthians campeão mundial (kkkk) fez questão disso e desempatou o jogo em cobrança de pênalti, ainda dando esperanças para o Peixe, que ainda precisava de mais um gol pra sair de uma fila que durava desde 1984. Mas Marcelinho Paraíba fez o gol que definiu mais um título paulista para o São Paulo, campeão pela vigésima vez.

Aquele seria um grande momento para a história do campeonato, do jogador e do goleiro. Mas ainda tinha jogo pela frente. De pênalti, Rincón, recém-chegado do Corinthians campeão mundial (kkkk) fez questão disso e desempatou o jogo em cobrança de pênalti, ainda dando esperanças para o Peixe, que ainda precisava de mais um gol pra sair de uma fila que durava desde 1984. Mas Marcelinho Paraíba fez o gol que definiu mais um título paulista para o São Paulo, campeão pela vigésima vez e mais uma vez, afirmou que Rogério Ceni é um dos grandes da história do clube paulista.

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Autor: Allan Jones

Projeto de hipster que vive negando o rótulo. Viciado em música boa e em esportes de qualidade. Atleti desde 2008 (chupem modinhas), Chelsea, 49ers, Celtics e claro, o São Paulo, o que interessa no final das contas. Escritor do C11 e do Britfoot.
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