O papel do torcedor

Arena Pernambuco Náutico x Sporting (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Torcida do Náutico. Foto: Aldo Carneiro.
O papel do torcedor é de fato apoiar; mas o apoio pode vir de diversas formas. Não existe exemplo de amor maior do que mostrar os erros e cobrar atitudes para mudança.

Existem muitas coisas erradas no clube hoje, mas também existem algumas certas, óbvio. Porém, ver os erros e tentar mascará-los, pra mim, é coisa de quem não ama o Náutico.

Futebol é momento. Não estamos disputando a Libertadores atualmente nem conquistando títulos pelo que atletas e técnicos fizeram nos anos 60. Pelo contrário, nosso último título foi há 9 anos atrás e nossa única e última participação na Libertadores foi em 1968.

Nosso técnico é nada mais nada menos que um funcionário do clube, contratado para gerar resultados positivos. Em 2011, conquistamos a nossa classificação para a Série A, mérito de Waldemar Lemos, como profissional. No ano seguinte, não rendeu no estadual e foi demitido, sendo contratado Alexandre Gallo. Em 2013, Gallo foi para a Seleção Sub-20, vieram depois: Vágner Mancini, Silas, Zé Teodoro e, o mais recente, Jorginho. É assim que funciona o mercado de trabalho e não seria diferente no Clube Náutico Capibaribe.

Jean Rolt, João Filipe, Jones Carioca, Eltinho, Rogério, Olivera, Maikon Leite, Rodrigo Souto, Martinez, são todos profissionais, e a torcida está no seu direito de cobrar, de aplaudir e de vaiar nas arquibancadas e virtualmente. Um médico, engenheiro, advogado, dentista, e todos os profissionais, têm suas obrigações, e quando solicitamos algum, queremos que desempenhem sua função devidamente.

Poderíamos estar na zona de rebaixamento? Sim. Mas não da forma como estamos, ou seja, na zona de rebaixamento desde a primeira rodada! Na lanterna do Campeonato Brasileiro! A impressão que dá é que todos apenas estão assistindo uma réplica do filme Titanic, que já sabemos da história, mas sempre assistimos, ou seja, estamos vendo simplesmente o Náutico afundar e esperando o tempo passar para acabar o ano e finalmente caírmos.

Técnicos e jogadores passam, o Náutico fica. Se entrarmos num caminho de queda e chegarmos a uma Série B, C e D, como o Santa Cruz, estaremos junto com o Náutico, ou pelo menos eu estarei, mas com certeza Jean Rolt, Martinez, Rodrigo Souto e cia LTDA, já terão saído muito antes. Portanto, não idolatrem ser humano nenhum e desempenhem sim, os seus direitos de torcedores.

Até onde sei, os salários estão em dia, inclusive, este mal não está presente nos noticiários do Timbu há um bom tempo. Portanto, cobrem! Eles são profissionais, se não aguentam as consequências de suas profissões, devem procurar outro caminho para trabalhar. Se não aguentam pressão nem vaia, não deveriam ter escolhido a profissão de jogador ou técnico.

Só não concordo quando são feitas as vaias DURANTE os jogos, pois, apesar do momento crítico, o torcedor não deve ser mais um problema, mais um obstáculo para o time, independente de quem esteja vestindo o manto sagrado. Mas depois do jogo, claro, a torcida tem o total direito de mostrar a sua insatisfação através das vaias, que, querendo ou não, são uma forma de protesto pacífico, mostram que algo não está bem, que algo precisa melhorar, motivando assim, os jogadores para um empenho maior no próximo jogo.

As vaias vêm juntas do apoio. Quem vaia também ama. Quem critica também ama. Quem cobra também ama. Do mesmo jeito que elogiamos, também criticamos. Torcer é isso!
 
Hexa é LUXO e sempre será!
 
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Autor: Anônimo

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