Nome: Mauro Geraldo Galvão
Nascimento: 19 de dezembro de 1961, em Porto Alegre (RS)
Altura: 1,80m
Posição: Líbero, zagueiro e volante
Clubes: Internacional, Bangu, Botafogo, Lugano, Grêmio e Vasco
Principais títulos:
Internacional: Campeão Brasileiro (1979) e Tetracampeão Gaúcho (1981-1984);
Botafogo: Bicampeão Carioca (1989-1990);
Lugano: Copa da Suíça (1993);
Grêmio: Campeão Brasileiro (1996), Campeão da Recopa Sulamericana (1996), Bicampeão Gaúcho (1996 e 2001) e Bicampeão da Copa do Brasil (1997 e 2001);
Vasco: Campeão Carioca (1998, Bicampeão Brasileiro (1997 e 2000), Campeão do Rio-São Paulo (1999), Campeão da Mercosul (2000) e Campeão da América (1998);
Seleção Brasileira: Medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles (1984) e Copa América (1989).
O Capitão dos Capitães
Em 1979, entrava em campo um dos mais técnicos e habilidosos zagueiros do futebol nacional. O homem que "não sabia o que era dar um bico", fez da marcação, arte e cravou seu nome na história de gigantes do futebol nacional. Pena que, na seleção, não recebeu oportunidades quando realmente mereceu. Hoje é dia de Mauro Galvão no C11!
Aos 17 anos, o zagueiro estreou no time principal do Internacional. Vindo da base do Grêmio, onde não foi valorizado, o menino mostrou ao país toda sua técnica. Com direito a uma Bola de Prata da Placar em sua primeira temporada e o título brasileiro de 79, Galvão já entrava no patamar de grandes zagueiros do Brasil, mesmo com tão pouca idade. Sua categoria era tão assombrosa que mereceu elogios do grande Paulo Roberto Falcão. Com o tempo, Mauro Galvão se tornou peça chave da equipe tetracampeã gaúcha, não só pela técnica, como pela liderança e polivalência.
Após anos incríveis no Beira-Rio, onde foi convocado para seleção olímpica, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, Mauro Galvão foi para o Bangu, em 1985. O time de Paulo César Carpegiani tinha um projeto ambicioso: Ser campeão brasileiro. O time tinha feras como Paulinho Criciúma, Marinho, Ado e o próprio Mauro. Porém, o sonho do título inédito parou nas mãos de Rafael, goleiro do Coritiba, que garantiu o Brasileirão 85 para o Coxa.
Apesar da derrota, as grandes atuações de Mauro garantiram o zagueiro na Copa de 86. O escrete canarinho foi eliminado nas quartas de final, pela ótima seleção francesa de Platini, Tigana, Rocheteau e Bats. No final da temporada, Mauro Galvão foi, junto de Paulinho Criciúma e Marinho, para o Botafogo, que assim como o Bangu, queria sair da seca de títulos, que assolava o Clube da Estrela Solitária há anos. Depois de mais um ano de fila, o time de Mauro chegou a glória, com um gol de Maurício contra o Flamengo. No ano seguinte, ganharia mais um título estadual e iria para sua segunda Copa do Mundo, a primeira como titular.
O título da Copa América de 1989 dava a impressão de que o esquema com 3 zagueiros daria certo também em gramados europeus. Mas a seleção brasileira foi tomando golpes externos durante a preparação para a Copa do Mundo de 1990. Romário, um dos grandes destaques do time no torneio sulamericano, foi para a Itália lesionado, assim como Bebeto. O elenco, rachado, se preocupava muito mais com possíveis transações para outros times do que com o Mundial que começara. O resultado foram atuações sofríveis e a eliminação para a Argentina de Maradona nas oitavas.
Mesmo com as atuações ruins durante a Copa, Mauro conseguiu se destacar, e foi negociado com o Lugano da Suíça, onde passou seis anos. Após a passagem pelo futebol europeu, o zagueiro volta ao Brasil, pelo Grêmio, clube onde foi revelado. Jogando pelo clube do coração, foi campeão brasileiro em 1996, com gol histórico de Aílton e da Copa do Brasil de 97, sobre o Flamengo. Esse foi o último título do capitão pelo Grêmio nessa primeira passagem como profissional. Ele aceitou um novo desafio em sua carreira.
Mais uma vez em terras cariocas, Mauro Galvão veio para ser a voz da experiência no Vasco. O zagueiro veio para trazer toda sua técnica para a defesa vascaína. E deu certo! Junto de jovens como Felipe, Odvan, Juninho, Pedrinho e um tal Edmundo, em um ano espetacular, Mauro levantou a taça do Campeonato Brasileiro e levou a equipe a disputa da Libertadores da América do ano seguinte.
Mesmo sem Edmundo, o time permanecia forte. Com as chegadas de Vagner, Donizete e Luizão, o Vasco chegou como favorito ao torneio, apesar da pouca experiência, algo que tornou a classificação para a segunda fase do torneio bem complicada. Apesar disso, o time chegou voando no mata-mata do torneio. Sob a batuta do capitão Mauro Galvão, o Vasco despachou Cruzeiro, Cruzeiro, River Plate (com gol antológico de Juninho) e Barcelona de Guyaquil para chegar ao Olimpo do futebol sulamericano: O Vasco se tornava campeão da América, que tinha um novo Capitão.
O título no centenário fez a torcida sonhar com o título mundial. Não era um sonho impossível. O Vasco, batalhou, brigou, foi melhor em campo, mas acabou sucumbindo diante da genialidade de "Raul Madrid" e deixou o título escapar entre os dedos no finalzinho. Mas esse não era o fim da linha de Mauro no time vascaíno.
Na temporada seguinte, foi decisivo na conquista do Torneio Rio-São Paulo de 1999. Era a peça chave da zaga vascaína e seria impensável sua ausência na quarta-zaga do Gigante da Colina. Pois é, seria. O tempo cobrou seu preço e o zagueiro cruzmaltino foi perdendo a força de outrora e, consequentemente, a titularidade do time do Vasco. “Não é preciso portar uma braçadeira de capitão para exercer liderança.", disse o, agora, ex-capitão, que do banco, viu o título brasileiro e da Mercosul em 2000, sem deixar de mostrar sua força.
Sem espaço no elenco vascaíno. Mauro voltou ao seu amor de infância para encerrar a carreira. No tricolor gaúcho, foi campeão gaúcho e da Copa do Brasil e, enfim terminou sua carreira, aos 40 anos, com a mesma invejável técnica que desfilou no futebol desde os 17. Hoje, o Capitão América é diretor das categorias de base do Vasco, onde esperamos que tenha tanto sucesso como teve nos gramados.
Extras:
Vasco campeão da América:
Final do Rio-São Paulo 1999:
Vasco campeão carioca de 1998:
Esse texto é um oferecimento da FanPage: Um Vascaíno Citou
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