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| Michel Bastos e Luís Fabiano tiveram ótimas atuações (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net) |
Enfim, uma vitória convincente. É raro o São Paulo deixar o seu torcedor ir dormir tranquilo, sem muitas preocupações, então tratemos de aproveitar o momento. Com um início avassalador, o time construiu a vitória logo nos primeiros minutos e liquidou a fatura na segunda etapa, fechando o placar em 3x0. Mais do que isso: o Goiás pouco ameaçou a meta do nosso capitão, muito por conta do bom desempenho do sistema defensivo como um todo.
Michel Bastos foi, sem dúvidas, o melhor jogador em campo. O camisa 7 deu simplesmente todas as assistências do jogo e ditou o ritmo da equipe, sendo a melhor opção ofensiva do time e oferecendo sempre muita velocidade no apoio. É ótimo ver que Michel chamou a responsabilidade e foi decisivo num jogo em que Ganso foi discreto. Não podemos ser dependentes da criatividade do nosso maestro e já contávamos com Kaká para auxiliá-lo na condução do time - hoje, Michel provou que também tem essa capacidade.
Logo nos primeiros minutos da partida, o São Paulo já abriu boa vantagem no placar. Instantes depois de cobrar falta para Edson Silva cabecear e abrir o marcador, Michel Bastos fez ótima jogada pela esquerda e serviu Luís Fabiano, que, todos sabemos, não perdoa dentro da área. Estávamos com muitas saudades dos seus gols, Fabuloso (e ainda estamos, então trate de fazer mais). O atacante, além do gol, mostrou muita vontade e lutou por cada lance, usando sua inteligência para ajudar na construção das jogadas. Foi um dos melhores em campo, sem dúvidas.
O São Paulo seguiu controlando o jogo até o final do primeiro tempo, sem se esforçar muito para ampliar a vantagem. Na segunda etapa, o gol que liquidou a fatura veio dos pés de - adivinhem quem - Michel Bastos. O meia cobrou escanteio na cabeça de Kardec, que encerrou o jejum de 11 partidas sem balançar as redes. Pois é, pode parecer estranho mas foi isso mesmo que aconteceu: O São Paulo marcou em um escanteio. Não vão se acostumando, são paulinos, porque isso é que nem Copa do Mundo: acontece de quatro em quatro anos.
E o Boschilia, hein, Muricy? O jogo estava definido desde os 15 do segundo tempo, sabíamos do calendário complicado do São Paulo nesta semana - o time ainda enfrenta o Emelec na quinta e o Criciúma no domingo - e Ganso fazia uma partida abaixo da média. Era a oportunidade perfeita para poupar o camisa 10 e dar mais tempo de jogo ao garoto, que vinha merecendo chances pelas atuações recentes. Em vez disso, nosso treinador lançou Osvaldo, Ademilson e Maicon. Somos todos eternamente gratos por tudo o que Muricy já fez e vem fazendo pelo São Paulo, mas sua teimosia irrita muito.
O Goiás chegou a obrigar Rogério a fazer uma boa defesa, mas nada que tenha assustado o torcedor. Falando nele... É, eu admito: não consigo fazer um texto sem falar dele. Sua aposentadoria está chegando e eu quero aproveitar cada oportunidade para falar o máximo possível do nosso eterno camisa 1, que já deixa saudades antes mesmo de se aposentar. Mas hoje eu tenho um bom motivo para citá-lo: ele enfim ultrapassou o lendário galês Ryan Giggs e tornou-se o jogador com mais vitórias por um clube: 590 (a FIFA considera apenas jogos oficiais). É tanto recorde que eu já até perdi a conta.
O último destaque fica por conta do público no Morumbi. Tive o prazer de comparecer ao estádio junto às 32 mil pessoas que lá estavam, excelente público para uma partida ocorrida às 20:30 de uma segunda-feira. É sempre importante lembrar que não há como chegar lá de metrô, o que dificulta imensamente o acesso de muitos torcedores e influencia diretamente no público presente, considerando ainda que o trânsito de São Paulo é caótico a partir das 18h. Apesar das dificuldades, o torcedor compareceu, apoiou o tempo todo e está de parabéns, com uma única ressalva: devia ser proibido gritar "o campeão voltou" até que o campeão realmente volte. Essa música é amaldiçoada.
Estamos a 5 pontos do líder Cruzeiro, que não nos deixa parar de sonhar. Será que ainda dá?
Autor: Victor Castro
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