Sempre tentei ser razoável com esta equipe do Criciúma, aliviando nas críticas, até porque o elenco é bem jovem e as oscilações são normais. Mas o resultado de hoje não pode se considerado como outra derrota qualquer. Isso acontece porque o tigre já jogou mal, mas não contra um adversário tão fraco como foi o Inter de Lajes de hoje.
Eduardo foi o único jogador a ter um pouco de criatividade em meio ao marasmo que foi o Criciúma nesse jogo. Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC |
O tigre foi a Lajes, nesta quarta-feira, esperando um jogo difícil, com campo pesado e torcida próxima. Porém, exceto as duas últimas partes, a primeira não se cumpriu, ou, se aconteceu, foi porque o time levou o jogo a ser complicado quando ele não era nem um pouco. Logo aos 3 minutos, após espaço concedido pelo volante Barreto e o erro de maração do Fábio Santana, o atacante Calyson (esse nome é mais difícil que Schweinsteiger) acertou belo chute de fora da área e fez 1 a 0.
Após o gol, a equipe ficou bem atordoada, caindo na pressão da torcida e errando passes básicos. Mas, mesmos com todos esses problemas, as jogadas aconteciam. E isso era possível pois o Inter cedia muito espaço, principalmente na entrada da área, porém a conclusão era falha, ainda mais quando chegava nos pés do Gustavo, que quando joga na base, faz gol em todo jogo, já quando participa no profissional, perde mais gol que o André do Galo. Lógico que em momentos como esse, de pressão da torcida e o time sem criatividade, a falta que Cléber Santana faz é gigantesca, no entanto, no jogo de hoje isso não pode ser usado como desculpa.
Veio o 2º tempo e o cenário não mudou muito, porém o time lageano melhorou um pouco e ficou mais com a posse de bola -até porque pior que no 1º tempo seria impossível-. O tigre continuou a perder oportunidades até que, após bate-rebate dentro da área, Maicon Silva, enfim, fez algo de positivo para a equipe e colocou a bola para dentro do gol. Depois de empatar o jogo, o tricolor do sul do estado deu espaços para o Inter cresceu na partida, e os espaços foram tantos que, aos 27 minutos, Marcelinho recebeu, pensou durante uma hora, e acertou um chutaço na meta de Bruno. E isso tudo aconteceu enquanto o volante Barreto, mais uma vez, ficou olhando tudo acontecer e não apertou a marcação. As alterações feitas pelo Luizinho Vieira também não surtiram efeito e, a partir dos 30 minutos da etapa complementar, o tigre tinha só 2 meio-campistas e 4 atacantes. Isso só poderia dar errado.
Com essa perda do setor mais importante do campo, o Inter genérico teve muito mais oportunidades que o "ofensivo" tigre, e, com espaço de sobra, Eduardo acabou fazendo um pênalti infantil que Paraíba converteu e matou com o jogo. O que me deixa mais insatisfeito com a derrota de hoje é que o Inter chegou pouco ao ataque, ganhou o jogo com 2 chutes de fora da área e um pênalti, se defendeu muito mal e, mesmo assim, o Criciúma não conseguiu ter um mínimo de técnica e jogadas coletivas para vencer o confronto.
Passado esse desastre, não é hora de se desesperar, acabar com o projeto ou trocar de técnico. Mas sim de ficar alerta para que isso não volte a acontecer, já que restam 2 jogos e os seis pontos são necessários para que o tigre não dê um vexame indo ao quadrangular da morte. Ao menos, há a espera da volta do CS10 já para a próxima partida.
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