Olá, ceonzeiros! Esta é mais uma edição do Taticando para vocês. Hoje, um assunto muito comentado, também vivido no atual momento do futebol. Tática e juventude, será que combinam? Tem como fazer um garoto recém-formado ser consciente taticamente? O Raí Monteiro explica para os leitores. Confira:
Quando se é jovem, o lúdico do futebol é brincar: chutar, tocar, driblar, marcar gols como seus ídolos. Irresponsabilidade, irreverência. Depois de certo tempo, quando se vê o futuro no segmento, é hora da disciplinar. Do aprendizado, tanto no fundamento, no passe preciso e chute perfeito. Quanto na colocação em campo, cobertura, posicionamento.
Tática e juventude combinam! No tempo certo. Não adianta exigir de um garoto de 8, 9, 10 anos uma disciplina de um garoto de 17, 18, 19. É outro tempo, outro momento. O problema é entender isso e ao mesmo tempo, não deixar para depois. Nem tão cedo, nem tão tarde. Pode até parecer complexo, mas não é.
Em 2011, Ney Franco convocou a seleção brasileira para o Sul-americano sub-20. A lista trazia promessas que despontavam e davam a perspectiva de um futuro brilhante – que se confirmou depois. Entre eles, Oscar, Lucas, Casemiro e Neymar, hoje brilhando na Europa. Em campo, disciplina e comprometimento tático. Que aliados ao talento renderam uma campanha avassaladora, que terminou no título. Base que levantou o título mundial da categoria, alguns meses depois.
Foto: Reprodução | Brasil campeão do Sul-Americano Sub-20 2011, poucos meses depois, com a mesma base, venceu a Copa do Mundo da categoria. |
Nas duas últimas campeãs do mundo, também funciona assim. Talento e tática, trabalhados desde cedo. Espanha e Alemanha têm trabalhado arduamente sua base, em busca de frutos para o futuro.
Os espanhóis, campeões do mundo em 2010 e da Europa, em 2008 e 2012, têm trabalhado muito bem a base. Desde 2002, a seleção espanhola venceu seis vezes o Europeu sub-19. Significa dizer que foi a sete finais em 12 anos. Espanha que também é atual bicampeã do Europeu sub-21, dando show na última edição em 2013 com jogadores como De Gea, Illarramendi, Bartra, Thiago Alcantara, Isco, Koke e Morata.
Foto: UEFA | A Espanha que atropelou no Europeu de 2013, tinha jogadores que já eram realidade no futebol europeu. Investimento na base! |
Alemães, atuais campeões do mundo, também não ficaram para trás no quesito base. Por lá, um plano nacional para revelar jogadores existe e além do mundial no Brasil, venceu também o Europeu sub-19 neste ano. Mas, indo mais atrás, tem o Europeu sub-21 em 2009, conquistado com jogadores como Neuer, Höwedes, Hummels, Khedira e Özil. Todos campeões em 2014. Trabalho continuo.
Os exemplos acima mostram que não há segredo. Nem receita de bolo. O mais interessante hoje em dia é investir na base, dar continuísmo ao trabalho e guiar os garotos ao caminho certo. Só assim tática e juventude vão, no futuro, combinar.
Fotos: Reuters e UEFA | 2009 e 2014. As gerações se encontraram, promessas viraram realidade e hoje são o melhor futebol do Mundo. |
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