Inovação e ajustes táticos: o Atlético-PR de 2013

Fala nação rubro-negra! Nesse post, irei falar um pouco sobre o Furacão de 2013, sobre a inovação no começo do ano, sobre os frutos que estamos colhendo neste final de temporada, será praticamente um resumo de toda a temporada, que para nós, ainda restam 7 jogos (contando Brasileirão e Copa do Brasil).

Após conseguir o acesso, que por sinal foi muito sofrido, no final de 2012, o presidente Mário Celso Petraglia resolveu usar a base do clube e se voltar para dentro do time, com o objetivo de melhorar o clube em geral e executar a pré-temporada para disputar os torneios nacionais deste ano. No Paranaense 2013, foi usado o time reserva, ou o "sub 23", seja lá como for o nome, misturado com jovens promessas da equipe e jogadores apostas ou não utilizados. Com certeza isso deu certo, pois a equipe, comandada pelo "técnico" (não considero esse cara treinador de nenhuma equipe) Arthur Bernardes conseguiu a vaga para a final do estadual após vencer o segundo turno, além de uma história vitória sobre a equipe titular do rival, o Coritiba, pelo placar de 3 a 1. Na final deu a lógica, Coritiba campeão, mas em si foi bom para o clube, pois assim a equipe principal estava preparada para a longa temporada que iria se iniciar, com Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.

Porém, o que ninguém esperava aconteceu: a equipe ainda comandada por Ricardo Drubscky iniciou o Brasileirão de forma desastrosa, com duas vitórias em sete jogos, e assim caiu Drubscky. Para seu lugar, chegou o desacreditado Vágner Mancini, cotado por muitos o provável responsável para rebaixar a equipe ao fim da temporada. Na estréia, um empate contra o Corinthians, sob uma Vila Capanema coberta por muita chuva. A possível arrancada atleticana aconteceu de forma histórica: o time venceu o Atlético-MG, atual campeão da Libertadores, em seus dominios, no famoso Horto, e acabou assim com a invencibilidade do adversário no estádio. Ali iniciou uma recuperação histórica por parte do time atleticano, pois só viria a perder no Brasileirão apenas para o Cruzeiro, na abertura do returno. Com uma recuperação sensacional, vista por muitos como impossível, Mancini e a equipe do Furacão estão na vice-liderança do Campeonato, sem chances de conquistar o título, que já é do time do Cruzeiro, digasse de passagem, e está a apenas duas vitórias de confirmar sua vaga na Taça Libertadores da próxima temporada. Mais além, comentarei sobre o esquema tático utilizado por Mancini ao delongo de toda a temporada, desde que assumiu a equipe.

Vágner Mancini é um dos responsáveis pela campanha vitoriosa do Furacão (Foto: infoesporte)
Além do Brasileirão, o Atlético ainda disputaria a Copa do Brasil. Enfrentamos o Brasil de Pelotas na primeira fase, ganhamos no Rio Grande por 1 a 0, e no Janguito, na volta, fizemos 2 a 0 e garantimos nossa vaga para a 2ª fase, onde enfrentaríamos o América de Natal. Na partida de ida, não tomamos conhecimento e enfiamos logo 6 a 2 no adversário, matando a partida de volta e indo a 3ª fase. Vinha pela frente o Paysandu, empatamos no Norte e ganhamos suado pelo placar de 2 a 1 em Curitiba. Aqui começava as pedreiras, pegariamos o Palmeiras, que havia sido eliminado da Taça Libertadores e é uma boa equipe. Em São Paulo, conheceríamos a primeira derrota de Mancini no comando do Atlético, perdemos por 1 a 0, gol de Vilson. Mas a Vila Capanema esperava o Porco, e, sem dó, goleamos pelo placar de 3 a 0, com show do artilheiro da equipe, Ederson, e passamos para as quartas, onde enfrentariamos mais uma pedreira das muitas que viriam, o Internacional. Conseguimos o empate por 1 a 1 em Novo Hamburgo, e jogamos com o regulamento "no braço" em Curitiba, empatando por 0 a 0 e nos garantindo nas semis pela primeira vez. Nas semis, mais um gaúcho, o copeiro Grêmio, onde muitos cravaram (inclusive o jornalista Paulo Brito) que o Grêmio passaria por cima do Furacão, o que não aconteceu. Na Vila Capanema, a mais nova "panela de pressão" atleticana, "goleamos" pelo placar de 1 a 0, gol do ex-colorado Dellatorre, e fomos para a Arena OAS em vantagem. Desde o primeiro minuto, o Grêmio pressionou a todo tempo, mandou bola na trave, teve gol anulado e gol tirado em cima da linha por Luiz Alberto, o que confirmaria que a vaga era mesmo do Atlético. Agora, temos pela frente o Flamengo, onde se jogarmos com humildade e qualidade, podemos sim vencer um dos maiores clubes do Brasil, se não o maior, e levarmos a taça para Curitiba. Os jogos estão marcados para os dias 20 e 27 de Novembro.

O ESQUEMA TÁTICO
O atual esquema tático do Atlético-PR
Desde que chegou, Mancini implantou seu 4-3-1-2 (imagem). No gol, Weverton começou a se destacar e se tornou um dos pilares da equipe na temporada, inclusive foi o herói da classificação em Porto Alegre. No miolo de zaga, Luiz Alberto e Manoel se completam e se tornaram uma das melhores duplas de zaga que eu já vi jogar no Atlético. Ambos estão jogando demais, Manoel inclusive já merece uma vaga na seleção brasileira, abre o olho Felipão. Nas laterais, Léo e Pedro Botelho se revezam muito em quem sobe para o ataque e quem fica, nas últimas partidas quem vem jogando pela esquerda é Juninho, já que Botelho está lesionado. Já o Léo, pra mim, é o melhor lateral-direito do Campeonato, chegou desacreditado no clube, foi expulso no primeiro Atletiba do ano, quando ainda jogava pelo sub-23, mas superou isso e está fazendo uma temporada espetacular, merece inclusive destaque. Fixo no setor defensivo no meio-campo (o chamado volante), está Bruno Silva, que veio por empréstimo da Ponte Preta. Quando a fase é boa, todo mundo joga bem, é o que acontece com Bruno, o cara tá jogando muito, desarma demais na meia-cancha e ultimamente ainda sai pro jogo com qualidade. Seu companheiro é João Paulo, o famoso "Guerreiro da Baixada". João, que chegou ao clube na Série B do ano passado e se declarou atleticano desde infância, demonstra uma raça impressionante, tem tudo para se tornar ídolo no clube. Sai pro jogo com uma qualidade incrível, tem um ótimo passe, certa visão de jogo e bate bem na bola. Além disso, João Paulo é o típico segundo volante, que sobe mais para o ataque e ajuda na saída de bola, dando qualidade a mesma. Caindo pelo lado esquerdo do setor ofensivo temos um dos melhores jogadores da equipe nesta temporada: Everton. Nunca vi um cara correr tanto, impressionante, além de correr muito e ser o "escape" pelo lado esquerdo, quando não temos a bola ele ainda volta e ajuda na marcação, essencial no esquema de Mancini. Centralizado temos o "eterno" Paulo Baier, com 150 anos só de Atlético. Brincadeiras a parte, o "velinho" é quem comanda as ações no meio-campo, e compensa sua falta de resistência e velocidade com sua experiência e qualidade no passe, com certeza merece levantar a Copa do Brasil pelo clube, além de jogar a Libertadores na nova Arena da Baixada. No setor de ataque, temos os dois melhores jogadores do Atlético no ano: Ederson e Marcelo. Ederson não é o artilheiro do Brasileirão por acaso, com uma força sensacional em seu chute, além de ser o famoso "matador" (porém sem altura), o baixinho vem fazendo a melhor temporada de sua carreira, sua função é revezar com Marcelo pelos flancos e confundir a defesa adversária, pois assim seu colega de ataque pode chegar com toda sua velocidade ao campo de ataque. Já Marcelo é, com certeza, a revelação do torneio. No começo do ano era contestado por boa parte da torcida, mas com a chegada de Vágner Mancini se tornou um dos pilares da equipe e do esquema tático, com muita velocidade no lado direito do campo, e apoiado por Léo, Marcelo geralmente faz a festa na defesa adversária e desfila pelo lado direito.

O ano de 2013 ainda não chegou ao fim para nenhuma equipe, mas para o Furacão tudo se encaminha para terminar da melhor forma possível. No sábado, podemos confirmar de vez nosso passaporte para a Taça Libertadores da próxima temporada, além disso, podemos conquistar nossa primeira Copa do Brasil, 12 anos depois de nossa maior conquista, o Campeonato Brasileiro de 2001. Se terminarmos a temporada deste jeito, e nosso presidente Petraglia conseguir manter os destaques da equipe, e junto com a reinauguração da nova Arena da Baixada, totalmente reformada para a Copa do Mundo, podemos sonhar mais alto, com uma possível conquista no Campeonato Brasileiro e, quem sabe, de uma Libertadores?
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Autor: Anônimo

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