Ney Franco não é mais o técnico do São Paulo

Foto: Reprodução

A decisão foi tomada após reunião na tarde desta sexta-feira (05), quando o treinador completava um ano no Tricolor. O auxiliar de Ney Franco, Éder Bastos, também deixou o clube.

Ney Franco se reuniu com a diretoria e o presidente Juvenal Juvêncio na tarde desta sexta-feira e chegou no acordo que o tira do cargo de treinador do São Paulo Futebol Clube. A decisão foi praticamente unânime, apenas com o voto contra do diretor de futebol Adalberto Baptista. 

Nesse mesmo dia, ano passado, Juvenal anunciava Ney Franco como novo técnico do Tricolor. Durante esses 365 dias, foram 79 jogos, 41 vitórias, 16 empates e 22 derrotas - cerca de 58,6% de aproveitamento. Caiu depois de mais uma derrota para o Corinthians, no Morumbi, no 1º jogo da Recopa.

Ney não é um mal treinador. Chegou a ser campeão mundial sub-20 com a Seleção e montou um belo 4-3-3 que resultou no título da Sul-Americana e a volta para a Libertadores, em um segundo semestre ótimo que o São Paulo teve em 2012. Porém, perdeu seu jogador fundamental, não teve reposição (e isso é culpa da diretoria, que fique claro) e sofreu com esquemas táticos indefinidos, ora com dois meias, ora com três meias, ora com três atacantes. A derrota vexatória na Libertadores aumentou a pressão da torcida. Ele dispensou jogadores, trouxe da base, pediu reforços. Teve um mês para arrumar o time, sem nenhum jogo, sem nenhuma imprensa de olho no treinamento. E o time voltou o mesmo, sonolento, contra o Corinthians. 

Sempre fui a favor da manutenção do técnico, a favor da continuidade do trabalho, pois não tínhamos um treinador tão bom desde Ricardo Gomes, e achava que o demitir seria voltar à estaca zero. Mas não, nesse caso, não dava mais. O desgaste com a torcida e com o elenco estava nítido e insuportável. 

Com a queda de Ney Franco, surgem os alvos. Muricy Ramalho, Vanderlei Luxemburgo, Dorival Júnior e até Paulo Autuori são os nomes mais falados. Contra o Santos, no Morumbi, domingo, quem dirige é o Milton Cruz. E Cortez e Fabrício, atualmente afastados, podem reintegrar o elenco.

Obrigado pelo título, Ney Franco. E boa sorte.


Diogo Magri
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Autor: Diogo Magri

17 anos, são-paulino do interior. Tenho trauma de bola parada, de pênaltis e de elogios ao goleiro antes do fim do jogo. No C11, falo de futebol europeu. Na vida, tento sofr... digo, ser jornalista.
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