AFP |
Agradeço a Deus por ser tricolor. Na derrota, na vitória, na angústia, na emoção. Meu sangue e minha alma pulsam pelo Fluminense. Meu coração é verde, branco e grená. Foi emocionante. Estou emocionado, até agora. Esse cara da foto, é meu herói e de toda a nação tricolor. Fred, muito obrigado. Time, muito obrigado. Nós estamos nas quartas-de-final da Libertadores da América.
Com um São Januário pulsando Fluminense, assim como eu estou desde oito e cinquenta e sete da manhã de ontem, nosso tricolor mais amado do Brasil entrou em campo precisando de apenas um gol para avançar no torneio continental. Fizemos dois, mas sofremos. Se não é sofrido, não é Fluminense.
O time entrou com muita vontade de vencer, eu sentia no olhar de cada um. Na arquibancada, o meu maior orgulho, se esgoelando pelo Fluminense. Foi mágico aquilo tudo, estou arrepiado só de lembrar. O Emelec só entrou querendo saber de bater, de interromper nosso ímpeto de guerreiros. Conseguiram nos segurar, durante trinta minutos, até Fred mostrar que aqui, não há catimba que nos derrube. De cabeça, 1x0. Explodiu o Rio de Janeiro. Na minha casa, na sua, em São Januário e no Brasil, em cada tricolor que existe neste país que respira futebol.
Não era pra ser tão difícil. Nosso time é imensamente superior em qualidade técnica, mas eu já me cansei de pensar e tentar entender esse time. Agora eu só comemoro, porque a cada crítica em cima desse elenco e do futebol apresentado por eles, damos um passo a frente na Libertadores. E assim, vamos chegando...
Fred, com fome de bola, comemorando seu gol. |
Chegamos a tomar sufoco do time equatoriano, só pra aumentar nosso sofrimento. Mas ninguém furava a cara de mau e o peito de ferro de Digão e muito menos a tranquilidade e qualidade do melhor goleiro do Brasil, Diego Cavalieri.
Com o passar do tempo, os adversários se desesperaram e voltaram a bater sem a mínima descrição. O árbitro peruano colocou dois deles pra rua da eliminação. Os outros nove, ainda permaneceriam em campo, para ver a consagração do nome da noite: Carlinhos.
Nosso lateral-esquerdo jogou tudo o que podia ontem e foi coroado com o gol da classificação no final. Na comemoração, ajoelhou de frente pra torcida, que abraçou o jogador desde o começo do mês, quando o mesmo perdeu seu filho de três meses em um aborto espontâneo.
Nosso lateral-esquerdo jogou tudo o que podia ontem e foi coroado com o gol da classificação no final. Na comemoração, ajoelhou de frente pra torcida, que abraçou o jogador desde o começo do mês, quando o mesmo perdeu seu filho de três meses em um aborto espontâneo.
Final de jogo e o alívio no nosso coração que estava aflito desde segunda-feira. O Fluminense venceu com alma de guerreiro e fez o sorriso do torcedor tricolor voltar a aparecer. Isso é culpa de Carlinhos, Fred, Digão e Edinho, que jogaram muito bem e nos passaram segurança. Wágner, que não foi tão bem, merece entrar na lista pela garra e luta na partida. Saiu arrebentado de tanta porrada, mas com espírito de guerreiro, vencedor.
Já Thiago Neves e Wellington Nem, o contrário. O segundo, nosso técnico insiste em dizer que devemos apoiar incondicionalmente, mas não diz o motivo. Talvez a barriguinha de chopp explique algo. Acorda, moleque! Thiago vem voltando de lesão e a gente percebe o esforço dele, mas o meio-campista não encaixou ainda desde que voltou ao Fluminense, no ano passado. A gente sempre torce e apoia dentro de campo, mas não é justo ignorar os fatos.
Com a classificação, aguardamos o vencedor de Tigre e Olimpia. O time argentino tem a vantagem por um empate no jogo de volta, fora de casa. Vale lembrar que em caso de classificação do Tigre, faremos a primeira partida fora, decidindo no Rio. Se for o Olimpia, primeira partida em terras tropicais, decidindo no Paraguai.
Nós estamos vivos e que venha o próximo, daqui duas semanas.
Saudações Tricolores.
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