Será cruel

(Foto: Wellington Rocha)

Faltam três rodadas até que a Série B do Campeonato Brasileiro chegue ao seu fim. Três longas rodadas para quem briga contra a queda, contra o fantasma da Série C. O América-RN é um desses times e a vitória, hoje, no querido Nazarenão, em Goianinha, trouxe um pouco de esperança ao torcedor do clube, que encara uma situação quase irreversível. Os gols de Pimpão e Daniel Costa foram o suficiente para derrotar os cearenses do Icasa, tão ameaçados quanto.

Qualquer que seja o resultado final conseguido por esse grupo do América ao final do campeonato terá níveis de crueldade. Lutar até o final é cruel, mesmo se o objetivo for conquistado. Se não for, e tem grandes chances disso, a crueldade fará sangrar mais ainda o coração do seguidor do clube, daquele que, de fato, ama a instituição. Foram eles que carregaram esse time por muitos anos, foram eles, sim, eles, que fizeram do América um grande em nível regional. É o coração desse torcedor que me faz ficar triste com qualquer que seja o resultado.

O América não precisava estar nessa situação. O América, e quem me acompanhou ao longo do ano aqui no C11, sabe, não tem um elenco fraco, ruim. O time é bom, tem talvez seu melhor elenco dos últimos anos, mas não conseguiu superar a si mesmo, não conseguiu superar a vaidade, o abandono do seu presidente. Nem sempre qualidade é o suficiente.

Ponte Preta, Náutico e Paraná. Serão esses os próximos adversários do maior clube do Rio Grande do Norte. Três jogos complicados. A diferença para os primeiros fora da zona de rebaixamento passou a ser de três pontos, três longos pontos. A sorte não tem estado ao lado do América. Os deuses do futebol, que um dia agraciaram-nos com cinco gols no Maracanã, viram as costas. O América está nas mãos dos outros, e serão somente eles que, com muito esforço negativo, conseguiram tirar a equipe desse lugar entre os quatro últimos. Desejo que o azar alheio esteja convosco, América-RN. Cair ou ficar será cruel. Pobre torcedor. 

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Autor: Sérgio Ricardo Jr.

Sérgio Ricardo Jr. é acadêmico em Jornalismo pela UFRN e colaborador do C11 desde 2014.
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