É bom se preparar, são-paulino: 2014 vem aí!

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O elenco do São Paulo se reapresentou nesta segunda-feira para o início dos trabalhos da temporada 2014. Com basicamente os mesmos nomes de 2013, o ano tricolor (pelo menos a primeira vista) promete ser difícil e cheio de obstáculos. Entenda o porquê.

Como todo ano, um clube de futebol começa a temporada colhendo os frutos do que fez no ano anterior. E esse é o primeiro ponto que prejudica o São Paulo. O time, apesar da recuperação fundamental no Brasileirão, terminou o ano mal, tendo a sua pior fase na história do clube e flertando muito mais do que o esperado com a segunda divisão; isso sem contar a eliminação inesperada para a Ponte Preta na Copa Sul-Americana.

O fato é que o Tricolor provavelmente não disputará nenhuma competição sul-americana (vale a pena lembrar que agora a vaga na Sula depende de uma eliminação precoce na Copa do Brasil), o que faz com que a grande maioria dos bons jogadores da Europa que desejam voltar ao Brasil e até os maiores destaques nacionais de 2013 prefiram ir para um clube que jogará uma Libertadores, aonde ele tem uma projeção maior e disputa jogos muito mais importantes. O São Paulo, como sabem, não está no grupo de classificados para a Liberta. Além disso, jogadores que começaram o ano muito valorizados, como Jádson e Osvaldo, terminaram da pior maneira possível o Campeonato Brasileiro - assim, se ficarem, não temos nenhuma certeza de que voltarão a render o que um dia renderam; ou, se saírem, serviriam no máximo como simples moedas de trocas por outros jogadores que também não trariam a certeza de sucesso.

Somando tudo isso, se chega na conclusão de que vai ser complicado conseguir reforços nesse pré-temporada. Dificulta ainda mais ao saber que o mandato do presidente Juvenal Juvêncio se encerra em abril. Deste modo, para evitar problemas futuros, Juvenal quer terminar o seu mandato com um saldo financeiro positivo - e isso implica em não gastar tanto com reforços. E mesmo os dois candidatos à presidência, Carlos Miguel Aidar (situação) e Kalil Abdalla (oposição), apesar das divergências, adotam discursos bem semelhantes quanto à economia na contratação de jogadores.

Isso porque existem obstáculos que atrapalharão o planejamento e o calendário do São Paulo no ano de 2014. O maior deles é a Copa do Mundo, que engloba todo o futebol mundial mas influencia ainda mais o futebol brasileiro por acontecer aqui neste ano. Agora, o outro, importante somente para o Tricolor, deve começar no segundo semestre e terminar somente em 2015. A reforma do Morumbi, que deve incluir a modernização do estádio e a instalação de coberturas, apesar de ainda não confirmada, tem tudo para ter seu início no próximo agosto.

Concluindo que grandes reforços só viriam na janela do meio do ano por conta das eleições em abril, o fato da reforma do nosso estádio começar mais ou menos nesse período torna mais improvável o acontecimento dessas contratações de peso.

Minha expectativa para o ano de 2014 é bem "pé no chão". Espero, sinceramente, que não briguemos contra o rebaixamento de novo - acredito que o ano passado foi um ano atípico mesmo. Espero sim jogadores novos, tanto agora ainda como no meio da temporada, mas nenhum exagero - reforços pontuais, que não tenham um grande peso sobre as suas costas e estejam dispostos a se comprometer de verdade pela equipe. O resto do elenco deve ser composto pelos promissores talentos que temos nas nossas categorias de base.

Depois de 9 anos, já está na hora de voltarmos a ganhar o Paulistão. Isso é possível. Um título na Copa do Brasil seria bastante inesperado. No Brasileirão, uma vaguinha na Libertadores seria ótimo para, daí sim, montar uma equipe do porte que o clube merece em 2015.

De qualquer forma, torço pela volta dos gols de Luis Fabiano, pela recuperação do futebol perdido de Osvaldo, pela continuidade das grandes partidas de Ganso e por um grande sistema defensivo armado por Muricy Ramalho. É esperar para ver como será a temporada tricolor.


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Diogo Magri
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Autor: Diogo Magri

17 anos, são-paulino do interior. Tenho trauma de bola parada, de pênaltis e de elogios ao goleiro antes do fim do jogo. No C11, falo de futebol europeu. Na vida, tento sofr... digo, ser jornalista.
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