Imagem: NetVasco.com.br
Era noite do dia 20/12/2000, Vasco e Palmeiras duelavam no
Palestra Itália pela final da Copa Mercosul. O improvável estava prestes a
acontecer, deixando bem claro que o termo “impossível” não faz parte do
dicionário cruzmaltino.
A partida tinha início às 22h45min de uma quarta-feira, o
jogo começou truncado, os dois lados estavam equilibrados, até que aos 36
minutos da primeira etapa Júnior Baiano foi infantil, fez pênalti e Arce
converteu, a torcida palmeirense ia a loucura, o Vasco se desequilibrou, ficou
desatento, no minuto seguinte Magrão ampliou para o time da casa, o empate
parecia impossível, a torcida do Palestra já fazia a festa, o banho de água
fria veio aos 45 quando Tuta fez o terceiro do Palmeiras. Nem o mais otimista vascaíno
acreditaria no empate, menos ainda na vitória.
O Vasco seguia para a quarta derrota em decisões naquele
ano, o time dirigiu-se ao vestiário cabisbaixo com o resultado de até então.
Eurico Miranda, então vice-diretor do clube foi até onde estavam nossos
meninos, assumiu toda a culpa da derrota até ali, o que para muitos atletas
aliviou a barra e motivou-os para a segunda etapa.
O estreante Joel Santana tirava Nasa que era volante para a
entrada de Viola, atacante. O time ficava mais ofensivo e com isso a vontade de
vencer aumentava, bem como a qualidade técnica do time se mostrava com maior
facilidade, um gigante pode ajoelhar-se, mas nunca será derrubado, Vasco
demonstrou isso naquele dia.
Aos 14 minutos da etapa complementar o árbitro dava pênalti
sobre Juninho Paulista, Romário vai para a cobrança e converte, a vitória ainda
parecia impossível, até que em outro lance, aos 23 outro pênalti, o baixinho
novamente converte, o Vasco pressionava, Joel Santana e Vasco finalmente se
entendiam, falavam a mesma língua. Aos 40 minutos mesmo errando Romário acerta,
a bola cai nos pés de Juninho Paulista, o meia manda para o fundo das redes. O
Gigante de São Januário chegava ao tão improvável empate e não parou ali, no
último minuto de jogo a bola procurava os pés do artilheiro, o baixinho mandava
pro gol para fechar o placar de Palmeiras 3 x 4 Vasco. Fim de papo no Palestra
Itália, Vasco campeão da Mercosul de 2000 após uma vitória maiúscula e o time
da colina se sagrava assim “O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do
amor!” e por mais que imitem, nós seremos sempre o Gigante da Virada.
Confiram a seguir
a ficha técnica do jogo:
Local: Palestra Itália (São Paulo)
Data: 20 de dezembro de 2000
Árbitro: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Gols: Arce aos 36, Magrão aos 37 e Tuta aos 45 minutos do 1º tempo; Romário aos 14, 23 e aos 48; Juninho Paulista aos 40 minutos do 2º tempo.
Cartões amarelos: Flávio e Juninho (Palmeiras); Hélton, Odvan, Jorginho Paulista e Nasa (Vasco).
Cartão vermelho: Júnior Baiano aos 32 minutos do 2º tempo.
PALMEIRAS - Sérgio, Arce, Gilmar, Galeano e Tiago Silva; Fernando, Magrão, Taddei e Flávio; Juninho e Tuta (Basílio). Técnico: Marco Antônio.
VASCO - Hélton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho (Paulo Miranda); Nasa (Viola), Juninho e Juninho Paulista; Euller (Mauro Galvão) e Romário. Técnico: Joel Santana.
Assim como em 2000 vamos virar essa situação, ainda podemos lutar por posições melhores, mesmo sem o elenco desejado poderemos sim terminar o campeonato em uma posição melhor. Por hoje é isso, cruzmaltino, até a próxima e não se esqueçam de apoiar o Gigante.
#VascoSempre
Saudações Cruzmaltinas.
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