Inenarrável

O antagonista (Foto: Fox Sports)
Foi difícil encontrar uma manchete para definir o que ocorreu hoje no Estádio Independência. Até porque, além dos incríveis dois gols contra, outros pontos também mereciam destaque: as mexidas equivocadas de Doriva, o time que usou demais a ligação direta e que, desde o jogo passado, não conseguiu apresentar absolutamente nada de interessante. Sendo assim, vamos lá. 

O Atlético/PR entrou em campo com Santos, Sueliton, Cléberson, Léo Pereira, Natanael; Deivid, João Paulo, Marcelo, Marcos Guilherme, Douglas Coutinho; Cléo.

Já de cara, um perceptível erro que se repete a muito tempo: o Marcos Guilherme NÃO É armador. Com ele jogando na função, não existe troca de passe e manutenção de bola no campo de ataque. Vencemos Criciúma e Flamengo com Bady de 10 e Marquinhos na esquerda. Deu muito certo, mas a volta de Marcelo fez com que Doriva sacrificasse, erradamente, o meio-campista de nome esquisito. Além disso, promoveu a entrada de João Paulo, o volante que não marca™, na vaga de Otávio, provavelmente a peça de maior equilíbrio no meio-campo. Assim, tivemos mais uma atuação nível Miguel Ángel Portugal, o saudoso treineiro espanhol que nos comandou de janeiro a maio. 

No primeiro tempo jogamos muito pouco. A marcação até era eficiente, mas a forma como o time se posicionava mostrava que Doriva foi cagão incapaz de acreditar em uma vitória diante do limitado Atlético/MG. Em dado momento, fomos bombardeados e o gol saiu com Leonardo Silva. Douglas Coutinho era rigorosamente o único jogador a se destacar em campo, com algumas jogadas individuais que acabaram não sendo eficientes. De resto, uma podridão. Até Marcelo, disparado o melhor jogador do time tecnicamente, ia muito mal. Ir ao vestiário perdendo apenas de 1 a 0 foi uma benção. 

A etapa complementar veio e Doriva não mexeu. Assim, o Galo seguiu mandando no jogo e até cricou boas chances, principalmente com Maicosuel. Até que veio o momento em que Marcos Guilherme, em jogada individual, deu o ÚNICO chute a gol do Atlético na partida. A bola foi no canto e Victor aceitou. Após o acontecido, Bruno Furlán, o gordo, foi o escolhido para a vaga de Marcelo. Tudo errado, professor. O time seguiu sem meio-campo e o inacreditável veio algum tempo depois. 

Levir Culpi lançou Luan na vaga de Guilherme, ouvindo inclusive, das arquibancadas, bonitos canticos em sua direção. As expressões usadas são fortes e impronunciáveis nesse site católico. Mas acontece que jogadores do CAP trataram de consagrar Levir. 

Primeiro, Luan foi até a linha de fundo e cruzou para ninguém. Léo Pereira, apavorado e com uma grosseria digna de futebol amador, deu uma pixotada e meteu contra. Minutos depois, após mais uma participação de Luan, Deivid deu um toque sutil para encobrir Santos e fazer o segundo gol-contra da partida. 3 a 1 para o Galo e números finais. 

Esses gols não vieram por acaso e foram retrato de um time desorganizado e sem meio-campo. Logo dele, Doriva, que foi perfeito em seus dois primeiros jogos frente ao Atlético. Muitos pontos devem ser corrigidos para a próxima partida, contra o Botafogo, visto que já desgarramos do grupo de cima e mais um tropeço seria inaceitável. 
Compartilhar no Google Plus

Autor: b

    comentar com Facebook