1994 - 2000 - 2014

Sport empata com o Ceará em Fortaleza, fatura terceira taça da Copa do Nordeste e está na próxima Copa Sul-Americana

Jogadores do Sport comemoram. Foto: Daniel Leal/DP/D.A. Press



Mais um título para a galeria guardada pelo lendário Baixa, na sede do Sport. A terceira conquista da Copa do Nordeste veio na noite desta quarta, 9 de abril. Com a vantagem de ter vencido a primeira partida semana passada na Ilha por 2x0, o Sport só precisava administrar a situação e sair comemorando, já que dependia apenas do empate ou até de uma derrota por 1x0. E, por um momento, parecia que isso aconteceria só para ser mais agoniante a desobstrução da garganta do torcedor rubro-negro. Um entalo que se mantinha por longas 4 temporadas, desde aquele gol de Leandrão em cima do Náutico na final do PE 2010.


Foto: ogol.com


O tricampeonato veio, fazendo o peito leonino explodir, mas foi apertado por causa da partida na Arena Castelão. O Ceará foi pra cima, tendo plena consciência de que não havia outro resultado interessante além de uma larga vitória. O Sport, por outro, lado, entrou em campo com a intenção de segurar a pressão do adversário e de sua torcida, que lotou o estádio e fazia um barulho ensurdecedor. Assim sendo, com a ausência  de Ananias, lesionado, e de Danilo, suspenso, o treinador Eduardo Baptista resolveu escalar o volante/meia Wendel ao lado de Aílton na armação, em um esquema que variava entre um 4-4-2 tradicional e um em losango no meio. Diferente, pouco usual para esse Sport. Poderia dar certo, entretanto.

Quase deu, na verdade. O Leão passou muito tempo acuado pelos cearenses, que atacavam com muito ímpeto. Porém, os mandantes esbarravam em um certo "rapaz", tratado por velho e acabado quando recontratado. Durval se manteve absoluto em campo, ganhando as divididas e assustando os atacantes com suas naturais caretas. Um monstro (adjetivo inesgotável). Outro que esteve insaciável em campo foi o camisa 9. Neto Baiano foi digno de aplausos por sua raça e determinação, em seu jeito incontrolável, há quem diga teatral. É de se duvidar um pouco. Ele realmente parece vestir a camisa com paixão.

Foto: Guga Matos/JC Imagem

O Sport se segurava, até que a apreensão chegou aos 42 minutos do primeiro tempo. Jogada de linha de fundo de Souza e cruzamento na área. Magno Alves se antecipou a Ewerton Páscoa e desequilibrou Magrão, abrindo o placar. A esperança alencarina estava renovada. O coração rubro-negro, que mesmo em vantagem nunca descansa, acelerou. O Leão voltou para o segundo tempo mais desperto e conseguiu equilibrar, com o esquecido Igor no lugar de Wendel ainda no intervalo. Sem o eventual substituto Danilo, Eduardo Baptista queria reforçar seu lado esquerdo e proteger o jovem Renê. Funcionou.

O alívio chegou cedo. Aos quatro minutos, a defesa do Ceará deu espaço e Felipe Azevedo fez belo lançamento para Aílton, que, sozinho, invadiu a área e sofreu pênalti. Neto Baiano se prontificou para a cobrança e, aos 6, fuzilou Luís Carlos no centro do gol. 1x1 e festa rubro-negra na Arena, na Ilha e em todo lugar onde havia um rubro-negro da Praça da Bandeira. O centroavante marcou seu sexto gol na competição, terminando como vice-artilheiro. A partir daí, foi questão de se segurar. Os alvinegros tentaram por diversas vezes, mas os pernambucanos contaram com a segurança da defesa, a falta de pontaria adversária e, por que não, com um pouco de sorte.


Foto: Daniel Leal/DP/D.A. Press


Campeão. Tricampeão. Neto Baiano, aguerrido, conquistou a legião das arquibancadas, acabando com a mística da camisa 9. Magrão, o aniversariante da noite, conquistou sua sétima taça em 10 temporadas na Ilha do Retiro. Eternizado. Durval, o velho, angaria mais um troféu para sua vasta coleção, zagueiro vitoriosíssimo. Eduardo segue os passos do seu pai e enche de júbilo uma torcida imensa e apaixonada, fazendo-a rememorar um momento tão fantástico ocorrido 6 anos antes. Esteja eternizado nas dependências do Sport Club do Recife o nome da família Baptista.


Eduardo se emociona ao falar com o pai por telefone. Foto: Esporte Interativo/Reprodução



FICHA DO JOGO
Ceará 1x1 Sport
Arena Castelão, Fortaleza-CE

- Ceará: Luís Carlos, Samuel Xavier, Anderson, Sandro e Vicente; Amaral, Ricardinho (Rogerinho) e Souza (Tadeu); Bill, Magno Alves e Assisinho (Leandro Brasília). Técnico: Sérgio Soares.
- Sport: Magrão, Patric, Ferron, Durval e Renê; Ewerton Páscoa (Rithely), Rodrigo Mancha, Wendel (Igor Fernandes) e Aílton; Neto Baiano e Felipe Azevedo (Oswaldo). Técnico: Eduardo Baptista.

Gols: Magno Alves (42' do primeiro tempo) e Neto Baiano (6' do segundo tempo).
Cartões Amarelos: Luís Carlos e Bill (CSC); Magrão e Neto Baiano (SCR).

Arbitragem: Jaílson Macedo Freitas (BA), auxiliado por Adson Márcio Lopes (BA) e Ailton Farias da Silva (SE).

Público: 61.280 presentes
Renda: R$ 1.476.187,00


GOL DO SPORT:

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Autor: Mike Torres

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