Desfalcado, Flu consegue um empate com o Corinthians

Bruno Haddad/Fluminense FC

O Fluminense entrou em campo na noite da última quarta-feira pela décima quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Enfrentou o Corinthians, no Maracanã e empatou por 0x0 com a presença de um tímido público de 13 mil presentes. Dentro das circunstâncias atuais, um bom resultado.


Com nove desfalques no total, Vanderlei Luxemburgo se viu obrigado a quebrar a cabeça e tentar montar uma equipe para enfrentar o poderoso Corinthians, atual campeão mundial, de elenco sólido, qualificado e que detém o claro favoritismo neste Brasileirão. Apostou em três zagueiros e promoveu a estreia do menino Willian como primeiro volante. Deu certo.
 
Precisando a todo custo da vitória, o Flu dominou as ações no início do jogo. Buscou ofensividade, acionava Diguinho que vinha como elemento surpresa e apostava na garotada de Xerém pelas laterais do campo. Não houve pressão, nem chances reais, mas a busca incessante pelo gol era algo de se admirar. Troca de passes, luta, garra, suor. A molecada tem sangue. A molecada tem que ser o Fluminense atualmente. Com mais posse de bola, a boa impressão orgulhava quem acompanha esses garotos desde a base.
 
Depois de vinte minutos acanhados em seu campo, o Corinthians se encontrou e passou a atacar também. Foi até mais incisivo, mas a zaga que foi formada pelo trio de bonecos de posto (Gum, Leandro Euzébio e Edinho) se saiu bem e conseguia afastar o perigo. O menino Willian também foi um verdadeiro cão de guarda. Preparem-no, pois é o nosso 5 sem muitas dificuldades.
 
O único que não foi tão bem dos garotos pelo Fluminense foi o lateral esquerdo Ronan, que substituiu Carlinhos, suspenso. Deixava brechas e era facilmente dominado pela marcação. Compensou com muita vontade. A televisão mostrava sempre o menino com a língua de fora e a camisa encharcada de suor. O primeiro tempo passou e nada de gols.


Willian, menino da base e destaque na marcação, sendo marcado por Ibson
 
 Na segunda etapa as coisas não mudaram. Jogo aberto, com o Corinthians mais incisivo e o Fluminense com muita vontade e juventude buscando o gol da melhor maneira, do jeito guerreiro deles. Igor Julião, nosso futuro - e presente também- da lateral direita, como sempre ousado, com personalidade e indo pra cima. As melhores jogadas saíam dele. Inclusive sofreu um pênalti que não foi assinalado pelo árbitro. No geral, foram duas boas chances em que o auxiliar marcou impedimentos inexistentes. Em uma delas, Kenedy ficaria de cara com Cássio.
 
Com o passar do tempo, o cansaço bateu e a equipe alvinegra com muito mais preparo físico buscava seu golzinho da vitória, mas o Flu conseguiu segurar o empate. A zaga foi muito bem, não tem como negar e Cavalieri fez boas defesas. Próximo do fim do jogo, Gum ainda foi expulso após dar carrinho por trás em Emerson Sheik no lance que resultaria em contra ataque fatal para o Corinthians. Ficamos mesmo no zero e no lucro.
 
Praticamente não citei Diguinho no texto, mas ele foi o melhor da partida. Mostra a cada jogo que merece a titularidade no lugar de Jean, que morreu no ano de 2013 após a convocação pra seleção. Justiça é justiça, o problema é barrar. Willian foi empolgante. Durante a semana bati cabeça pensando em um cabeça de área para a próxima temporada e esse garoto mostrou em campo que ele é o dono da 5, basta que o preparem de forma correta. Chega de boneco de posto com cintura dura.
 
Nosso problema segue sendo a criação pelo meio. Felipe até tentou, mas produziu muito pouco e quando cansou, sumiu de vez. Wágner é um lesmão e Eduardo, outro menino da base, precisa ser melhor preparado, mas tem qualidade.
 
No sábado enfrentaremos o Náutico, na Arena Pernambuco e contamos com a volta de Carlinhos e Fred. Não digo Jean porque virou peça nula. Como desfalques, que soam mais como benção, Gum e Edinho ficam de fora. Elivélton em um, Willian em outro. Simples. Com o resultado, estamos na 14ª colocação, com 15 pontos.
 
Saudações tricolores.

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Autor: Clayton Mello

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