É Sul-Americana, mas temos que encarar como Libertadores


Ele merece demais esse título. É assim que o Morumbi tem de estar hoje


É difícil de acreditar que o jogo de hoje pode ser o último de Rogério em competições internacionais. Estamos tão acostumados a vê-lo jogar em torneios continentais, principalmente a Libertadores, portanto perder a vaga na final hoje seria uma tragédia. Rogério Ceni à parte, a temporada do São Paulo foi boa e coroá-la com um título continental, ainda que não da Libertadores, seria ótimo. A torcida será essencial hoje.

Pode parecer que não, mas a torcida realmente faz a diferença. São os números que mostram isso: quando levou mais de 50 mil pessoas ao Morumbi, o São Paulo nunca foi derrotado em partidas internacionais. Foram 18 jogos, com incríveis 15 vitórias e 3 empates. Dentre esses jogos, o mais recente foi justamente a final da Sul-Americana de 2012, contra o Tigre - sim, aquele jogo que na verdade foi só meio jogo -, com público de 67 042. O péssimo sistema de transportes públicos prejudica o torcedor, que fica quase sem alternativas para ir embora do estádio, mas hoje, mais do que nunca, vale a pena o sacrifício. Nem que seja para ficar esperando o metrô abrir às 4:40 da manhã.

Kardec e Pato eram dúvidas devido às lesões que haviam sofrido recentemente, mas foram liberados pelo departamento médico e estarão à disposição. O primeiro deve ser titular, formando dupla de ataque com Luís Fabiano, enquanto o camisa 11 provavelmente será opção - importante - no banco. Com isso, especula-se que Michel Bastos será usado na lateral-esquerda. É claro que o camisa 7 rende muito mais atuando no meio-campo, mas tê-lo na lateral torna o time mais ofensivo e incisivo. Vale lembrar que precisamos vencer por, no mínimo, dois gols de diferença para garantir a classificação sem pênaltis.

O jogo de hoje tem a cara de Luís Fabiano. Ele está acostumado a decidir partidas assim, tanto positivamente, sendo decisivo e marcando gols importantes, quanto negativamente, sendo expulso e prejudicando o time. Nosso camisa 9 é o 5º maior artilheiro da história do São Paulo e sempre mostrou uma lealdade incrível ao clube. Pode ser que este torneio seja sua última oportunidade de contribuir diretamente para um título internacional e sabemos que ele é capaz. Eu, que costumo frequentar o Morumbi em quase todas as partidas, arrisco dizer que seu nome é gritado com mais intensidade pela torcida do que o nome de Rogério. Estamos com você, Fabuloso

Precisamos demais do título dessa Copa Sul-Americana que mais parece Copa Libertadores da América. Em caso de classificação, enfrentaremos Boca ou River na final, dois adversários complicadíssimos e tão tradicionais quanto o São Paulo em competições continentais. Esse time de 2014 tem fragilidades, é claro - se não tivesse teria sido campeão brasileiro -, mas em nenhum momento deixou de mostrar vontade e garra. Que o time jogue por nós, torcedores, e pelo nosso eterno capitão.



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Goleiros: Rogério Ceni, Dênis, Renan Ribeiro
Laterais: Auro, Luís Ricardo, Alvaro Pereira, Reinaldo
Zagueiros: Toloi, Edson Silva, Antônio Carlos, Paulo Miranda
Volantes: Souza, Denilson, Hudson
Meias: Ganso, Kaká, Michel Bastos, Boschilia
Atacantes: Luís Fabiano, Kardec, Pato, Osvaldo, Ademilson, Ewandro

Time provável: Rogério; Hudson, Toloi, Edson Silva, Michel Bastos; Denilson, Souza; Ganso, Kaká; Kardec, Luís Fabiano.



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Autor: Victor Castro

Apaixonado por futebol acima de tudo, são paulino fanático desde criança, estudante de engenharia na Poli-USP e fã de Iron Maiden. Escrevo no C11.
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