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| Zuñiga tenta alcançar Neymar (Foto: Reprodução/Estadão) |
Foi razoavelmente interessante a reestreia do técnico Dunga no comando da seleção brasileira. A vitória, magra, por 1 a 0, gol de Neymar, marca um início de ciclo pesado. As competições serão intensas, inclusive dentro do próprio grupo, pois existem claramente poucas vagas para tantas opções, principalmente no meio de campo canarinho.
O Brasil apresentou uma base grande de jogadores que estiveram na última Copa, e dentre eles, como não poderia ser diferente, a Seleção teve em Neymar seu destaque. Com a bola nos pés, Neymar consegue desequilibrar. A Colômbia bateu, jogou duro, e tentou aproveitar os vacilos brasileiros, como na Copa, para assustar. Confesso ter estranhado a postura colombiana, assim como estranhei nas quartas de final do Mundial.
A Colômbia tem time para encarar o Brasil de frente, mas não o fez. Como na Copa, jogaram no erro brasileiro e apostaram no talento de James. Rodriguez esteve apagado durante toda a partida. O colombiano participou muito mais da recomposição tática do que propriamente da armação, algo que aconteceu também do lado brasileiro, principalmente com Willian.
Se existe uma partida perfeita taticamente, essa é a partida que fez o meia do Chelsea. O camisa 19 do Brasil teve enorme disposição para ajudar a conter as subidas de Armero e James pelo lado direito defensivo do Brasil, lado onde joga Maicon, e isso explica tamanha proteção.
Preciso destacar a excelente partida do zagueiro Miranda, o mais seguro do setor defensivo. David Luiz, afobado como sempre, estava mais preocupado em bancar o machão e arrumar encrenca do que propriamente defender. Coube a Miranda, pela direita, auxiliado por Willian, e Filipe Luis, na esquerda, auxiliado no primeiro tempo por Luiz Gustavo e no segundo por Fernandinho, as ações de proteção brasileira.
O gol do Brasil veio de falta, e bastante tempo após a expulsão de Cuadrado. O jogo, como disse, foi violento e forte, duro. Inúmeros cartões distribuídos. Três desses para o colombiano. Sem Cuadrado, a Colômbia abriu mão de jogar para segurar a partida, talvez esperando um Brasil insistente. Esse Brasil não chegou, pelo menos não até a entrada do meia cruzeirense Everton Ribeiro. Sem tremer, o craque do último Campeonato Brasileiro tomou conta do meio de campo do Brasil e incendiou a partida, provocando, então, a falta que Neymar cobrou para furar Ospina. Bela participação de Everton Ribeiro.
Phillippe Coutinho e Elias também entraram no Brasil, e assim como Tardelli, foram discretos. Tardelli jogou desde o início e manteve a regularidade de suas atuações no Atlético-MG. Manteve a média e os vícios, como aquele de posicionar-se quase que sempre na zona central do meio campo, deixando de lado o fato de estar como atacante. Oscar, que não foi tão bem nem marcando e nem criando, ficou várias vezes como referência no ataque. Deixo claro que isso está bem longe de ser algo ruim, só acho que precisa de tempo e muito treinamento para dar certo. Hoje, apesar da interessante participação na movimentação, não deu certo, tanto que se Everton Ribeiro não entra com gás e disposição, provavelmente Colômbia e Brasil teriam empatado.
Terça-feira tem Brasil e Equador. A tendência é melhorar. A vitória foi importante para Dunga.
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Sérgio Ricardo Jr. é acadêmico em Jornalismo pela UFRN e responsável por cobrir a Seleção Brasileira e o América-RN pelo C11.

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