Caros leitores, hoje vou falar sobre um clássico paulista que poucos conhecem. É conhecido como clássico dos operários também e se trata de Juventus (clube tradicional do bairro da Mooca) contra o Nacional, situado na Barra Funda, em frente aos centros de treinamento de Palmeiras e São Paulo.
Pois bem, ambos os clubes passam por fases difíceis administrativas e esse clássico ficou um pouco esquecido por uns quatro anos. Mas em 2015 os dois clubes voltaram a se enfrentar pelo Paulistão da Série A3, na Barra Funda, com vitória do Nacional por 2x0. No domingo dia 2 de agosto, voltaram a se enfrentar na Rua Javari, na Mooca, pela Copa Paulista de Futebol: campeonato disputado por equipes do interior e divisões de acesso do Paulistão (exceto a quarta divisão, a conhecida como "bezinha"). Pois bem, vamos ao jogo.
O jogo contou com um bom público na Javari. Cerca de 3200 torcedores foram apoiar o time grená para a primeira vitória na competição. Porém, todo clássico é imprevisível e mesmo o Juventus vindo de um momento melhor após conquistar acesso para a Série A2 do Paulista, encontrou diversas dificuldades para tentar se impor no jogo.
O Juventus começou em cima e tomando a iniciativa com os meio-campistas Thaíde e Elvinho (ex-Atibaia), além do time contar com ótimos volantes Derli e o famoso André Bilinha. Porém, com o passar do tempo, os juventinos passaram a concentrar mais as jogadas no seu capitão e lateral direito Ferro; tais jogadas não surtiram efeitos e provocavam um certo congestionamento com uma distribuição ruim da equipe dentro campo. Tudo estava concentrado naquele lado direito.
O Nacional estava mais organizado em campo. Apesar de vir com a proposta de contra-atacar, conseguia fazer jogadas de inversão pelos lados do campo e não apenas concentrar os ataques em um único setor. Curiosamente, apesar do Juventus atacar mais pelo lado direito, o Nacional conseguiu brilhante contragolpe pelo lado esquerdo da zaga juventina e Pirajú recebeu ótimo cruzamento para fazer Juventus 0x1 Nacional.
O Juventus não se abateu e foi pra cima até conseguir um pênalti. Mas Thaíde conseguiu a proeza de desperdiçar inclusive um rebote com gol aberto. No primeiro tempo, o ataque do Juventus não produziu muito, principalmente pelo fato do camisa 9 de ofício, o Gueguel, não estar em um dia inspirado.
Veio o intervalo e mudanças eram necessárias. Entrou o camisa 18 Diogo no Juventus e o time grená começou a buscar mais o ataque com jogadas armadas pelo jogador. Mais correria, conseguiu dar um pouco de dificuldade para a zaga do time da Barra Funda, mas era necessário produzir algo a mais.
Essa alteração deixou o jogo mais aberto e qualquer equipe poderia acabar marcando. O Juventus buscava ataques com Elvinho e Diogo, ao passo que o Nacional buscava os contragolpes pelos lados. A equipe do Juventus ficou ainda mais ofensiva com a entrada de Abraão, além dos volantes Derli e André Bilinha ficarem mais no campo de ataque.
Mas a organização do Nacional acabou falando mais alto. Depois do pênalti perdido, as chances juventinas foram totalmente raras e pouco perigosas. Nos 15 minutos finais, o time da Barra Funda apenas controlou a bola e administrou o resultado muito bem conquistado. Fim de papo, 1x0 para o Nacional em plena Rua Javari. A equipe segue invicta e com 100% de aproveitamento com três jogos e três vitórias. Cabe ao Juventus agora colher os cacos, ajeitar o time e se reabilitar o mais rápido possível na competição.
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